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Alegorias, nostalgia e fantasia: resenha de "I Saw the TV Glow" (2024)

Lançado em 2024, o longa de Jane Schoenbrun chegou ao catálogo da Max em abril.

Luiza Cardoso - Revisado por Vanessa Maria
01/05/2025 19h14 - Atualizado há 1 mês
4 Min
Alegorias, nostalgia e fantasia: resenha de "I Saw the TV Glow" (2024)
Capa de 'I Saw the TV Glow'. (Reprodução: A24/ Rua - UFSCar).

Assim como em diversas outras produções da A24 (‘A Bruxa’, ‘Imaculada’, ‘O Farol’, ‘Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo’), ‘I Saw the TV Glow’ é um daqueles filmes no qual você a muito tempo se perguntando “o que está acontecendo aqui">Jane Schoenbrun, observamos uma história que não segue exatamente uma ordem cronológica, mesclando cenas de diferentes momentos para conseguir construir a narrativa. Schoenbrun utiliza-se, mais uma vez, de uma base extremamente pessoal para produzir agora seu segundo longa, tendo sido o primeiro ‘We’re All Going to the World's Fair’ (2022), um terror psicológico sobre o amadurecimento na era da internet.


 

Nesta trama, acompanhamos Owen (Justice Smith), um jovem garoto socialmente inapto, que se torna amigo de Maggy (Brigette Lundy-Paine). Por influência dela, ele a a assistir um programa de TV chamado ‘The Pink Opaque’, que logo se torna uma obsessão para o personagem. O seriado com episódios semanais trata sobre duas garotas, Tara (Lindsey Jordan) e Isabel (Helena Howard), que se conhecem em um acampamento, descobrem uma ligação telepática entre ambas e enfrentam novos monstros – que me pareciam todos possíveis de aparecerem em um programa da TV Cultura, se me permite dizer – toda semana, além de lutarem contra o grande vilão do programa, Mr. Melancholy.

 

Os limites entre a realidade e a ficção vão desvanecendo ao o que ele e Maddy afundam no universo da série, buscando se distanciar do desconforto de suas vidas. Durante o longa, mergulhamos cada vez mais dentro da cabeça de Owen, que, desconectado da realidade, revisita suas memórias agora embaralhadas e misturadas aos episódios da série.


 

A sensação de confusão e desconforto alcança o espectador desde o começo, principalmente devido aos diversos cortes e a própria movimentação das câmeras, além da já citada narrativa não-linear. À medida que conhecemos mais o protagonista, amos a entender melhor os acontecimentos, sendo possível perceber também a alegoria queer presente na obra. 

 

Longe de ser um filme de terror que assusta através de elementos gráficos, sustos ou o sobrenatural, nesta obra vemos um horror muito mais real, palpável e próximo: o de se sentir sufocado em sua própria família, em seus próprios sentimentos, de ter que esconder uma parte de si não apenas de outros, mas também de si mesmo. Apesar de não ser dito explicitamente na trama, Owen a por uma experiência bastante semelhante à de diversos jovens queer no processo de autodescoberta, tentando ignorar algo dentro dele que o assusta, mas do qual não consegue se libertar, ando pelo sentimento de ser um narrador da própria vida, observando de longe sem de fato vivê-la. Em contraponto, Maddy lida diretamente com estas questões, optando por fugir sozinha da cidade e assumir a própria identidade de maneira confiante, algo que Owen não consegue ter coragem de acompanhar, acabando por ceder a uma vida monótona e sufocante, preso em um corpo que talvez não o pertença, nem jamais pertencerá.

 

Resgate de uma época perdida

 

Na era digital atual, é muito simples encontrar pessoas com gostos semelhantes aos seus. Com uma pequena pesquisa, é possível encontrar grupos de fãs dos mais variados tipos de mídia, como bandas, séries e livros, e se tornar parte de uma comunidade. Contudo, antes da internet facilitar todas estas relações, estabelecer conexões com iradores de obras semelhantes era muitíssimo mais complexo. ‘I Saw the TV Glow’ evoca nostalgia e recobra esta exata época, em tempos onde, por exemplo, um novo episódio daquele programa que você assistia só era lançado semanalmente e você precisava estar ali no momento exato, na frente da televisão, ou perderia talvez um momento chave da trama. Onde encontrar alguém que conhecesse ou gostasse da mesma obra era como conversar em um idioma que só vocês entendem, como se teletransportar para outra realidade.

 

Owen e Maddy são essas exatas pessoas, que se conectam através do interesse mútuo no seriado ‘The Pink Opaque’ e sentem que, talvez, aquela realidade alternativa seja o lugar ao qual realmente pertencem.

 

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