{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type" : "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "url": "/", "logo": "/images/1731419915.png", "sameAs": ["https:\/\/facebook.com\/dicasjornalismo","https:\/\/instagram.com\/dicasdejornalismo","https:\/\/twitter.com\/dicasjornalismo"] }, { "@type": "BreadcrumbList", "@id": "/#Breadcrumb", "itemListElement": [ { "@type": "ListItem", "position": 1, "name": "Lab Dicas Jornalismo", "item": "/" }, { "@type": "ListItem", "position": 2, "name": "Cinema", "item": "/ver-noticia/32/cinema" }, { "@type": "ListItem", "position": 3, "name": "Resenha do filme Vitória" } ] }, { "@type" : "Website", "@id": "/noticia/14837/resenha-filme-vitoria#Website", "name" : "Resenha do filme Vitória", "description": "O longa original Globoplay estreou em 13 de março e já alcançou 500 mil telespectadores, arrecadando R$ 10 milhões até o momento", "image" : "/images/noticias/14837/30032025130820_WhatsApp_I.jpeg", "url" : "/noticia/14837/resenha-filme-vitoria" }, { "@type": "NewsMediaOrganization", "@id": "/noticia/14837/resenha-filme-vitoria#NewsMediaOrganization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "alternateName": "Lab Dicas Jornalismo", "url": "/", "logo": "/images/ck/files/lab600.jpg", "sameAs": ["https:\/\/facebook.com\/dicasjornalismo","https:\/\/instagram.com\/dicasdejornalismo","https:\/\/twitter.com\/dicasjornalismo"] }, { "@type": "NewsArticle", "@id": "/noticia/14837/resenha-filme-vitoria#NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "/noticia/14837/resenha-filme-vitoria" }, "headline": "Resenha do filme Vitória", "description": "O longa original Globoplay estreou em 13 de março e já alcançou 500 mil telespectadores, arrecadando R$ 10 milhões até o momento", "image": ["/images/noticias/14837/30032025130820_WhatsApp_I.jpeg"], "datePublished": "2025-03-30T12:57:30-03:00", "dateModified": "2025-03-30T12:57:30-03:00", "author": { "@type": "Person", "name": "labdicasjornalismo.informativocarioca.com", "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/images/ck/files/lab600.jpg", "width": 600, "height": 600 } } } ] }
Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90

Resenha do filme Vitória

O longa original Globoplay estreou em 13 de março e já alcançou 500 mil telespectadores, arrecadando R$ 10 milhões até o momento

Giovanna Santana Mota Moreto - Revisado por Danielle Carvalho
30/03/2025 13h08 - Atualizado há 2 meses
4 Min
Resenha do filme Vitória
Fernanda Montenegro, aos 95 anos, incorpora uma personagem determinada a documentar os crimes cometidos na sua vizinhança (Foto: Reprodução/Globoplay)

 

Lançado no mês ado, o filme estreou em primeiro lugar nos cinemas brasileiros, superando Capitão América: irável Mundo NovoMickey 17O Macaco e Ainda Estou Aqui. Estrelado por Fernanda Montenegro e dirigido por Andrucha Waddington – genro da atriz –, Vitória é o segundo longa original do Globoplay.

 

Vitória é inspirado em uma história real. Joana Zeferino da Paz, sob o pseudônimo de Dona Vitória, foi peça-chave na denúncia de uma quadrilha no Rio de Janeiro, composta por cerca de 30 criminosos, incluindo policiais corruptos. Durante dois anos, ela gravou 22 fitas da janela de seu apartamento e contou com o apoio do jornalista Fábio Gusmão para levar a denúncia adiante. O caso veio à tona em 2015, na série Janela Indiscreta, do jornal Extra. Inserida no Programa de Proteção à Testemunha, Joana manteve sua identidade em sigilo por 17 anos. Apenas em 2023, após sua morte aos 97 anos em Salvador, o país descobriu quem era Vitória.


(Foto: arquivo pessoal)
(Foto: arquivo pessoal)
Joana Zeferino da Paz e o jornalista Fábio Gusmão.

 

A polêmica sobre Fernanda Montenegro interpretar uma mulher preta não se sustenta aqui. Na época da produção e gravação do filme, a identidade de Vitória ainda era desconhecida – e a escolha da atriz também ajudaria a preservar a segurança de Joana. Em entrevista ao Terra, o jornalista Fábio Gusmão declarou: “Testemunhei, por várias vezes, o desejo de Dona Joana de ser interpretada por Fernanda Montenegro. É querer retirar dela o desejo, em vida, de ser representada pela maior atriz brasileira, e uma das maiores atrizes do cenário mundial”.

O longa apresenta Dona Nina em sua rotina: indo ao mercado comprar carne, voltando para casa, tomando café. Descobrimos rapidamente que ela mora sozinha e, talvez, seja um pouco solitária. Algumas pessoas desmarcam encontros com ela – seja uma amiga ou uma cliente – por conta dos constantes tiroteios na região. A exceção é Marcinho, um menino do morro que Vitória ajuda sempre que pode.

O sentimento de indignação da protagonista é palpável desde os primeiros minutos. De sua janela, ela observa o domínio do tráfico e a atuação da facção criminosa. Decide, então, comprar uma câmera e começar a registrar o que vê. No entanto, ao tentar entregar as gravações às autoridades, percebe que não terá apoio – a corrupção chega até o comandante da polícia. A confiança na segurança pública é rompida, e não há volta.

Quando o jornalista entra em cena, a investigação finalmente avança. Mas para que o processo continuasse, Dona Nina precisava estar em segurança. Relutante, ela resiste à ideia de deixar seu apartamento – conquistado com tanto sacrifício – e mudar de identidade. “Vou ter que morrer para não morrer” e “não sou bandida” são algumas de suas frases mais marcantes. Apesar da resistência, acaba aceitando.


(Foto: Reprodução/Globoplay)
(Foto: Reprodução/Globoplay)
Fernanda Montenegro e Alan da Rocha em Vitória


O filme tem um ritmo mais lento no início, mas isso serve para nos imergir na realidade de Dona Nina, em seu cotidiano. Conforme o enredo se desenvolve, acompanhamos sua crescente desilusão com a polícia – ou apenas reforçamos um sentimento já existente. As relações da personagem com o ambiente e as pessoas ao seu redor são bem construídas, mantendo a atenção do público até o final. Algumas frases que ela diz ressoam profundamente: “Alvo parado é mais fácil de acertar” e “o perigo vem da janela, não da criança”.

Uma cena, em especial, me marcou: a xícara quebrada e a tentativa de colá-la. O café escorre pelas rachaduras, tornando a porcelana inútil. Esse momento permite pelo menos duas leituras: a confiança na segurança pública, que uma vez destruída, não pode ser restaurada; e a transformação irreversível da vida de Dona Nina ao denunciar o crime e entrar no Programa de Proteção – nada jamais voltaria a ser como antes.

Joana nos ensina sobre firmeza e coragem, sobre seguir nossos princípios até o fim e arcar com as consequências. Nem todos precisam enfrentar o tráfico como ela fez, mas a coragem está presente em pequenas ações do dia a dia. Basta abrir os olhos para enxergá-la.

 

Tags »
Notícias Relacionadas »