Que o cinema brasileiro tem ganhado cada vez mais destaque, tanto nacional quanto internacionalmente, é inegável. O Último Azul é um grande exemplo dessa ascensão. Dirigido por Gabriel Mascaro — já reconhecido por obras como Boi Neon e Divino Amor —, o filme conquistou recentemente o Urso de Prata no Festival de Berlim, consolidando-se como um forte candidato nas próximas premiações cinematográficas.
É a primeira vez desde 1978 que um filme brasileiro conquista o Grande Prêmio do Júri, feito anteriormente alcançado por A Queda, de Ruy Guerra e Nelson Xavier. O Brasil também já levou o Urso de Ouro duas vezes: com Central do Brasil (1998), de Walter Salles, e Tropa de Elite (2008), de José Padilha.
Ambientado em um Brasil distópico, "O Último Azul" narra a história de Tereza, uma mulher de 77 anos que reside em uma cidade industrializada na Amazônia. Ao receber uma ordem governamental para se mudar para uma colônia habitacional destinada a idosos, Tereza decide embarcar em uma jornada pelos rios amazônicos para realizar um último desejo antes do exílio compulsório. Essa viagem transforma sua vida de maneiras inesperadas, explorando temas como sonhos, resistência e a busca por significado na terceira idade.
Premiação impulsiona a atenção internacional aos filmes brasileiros.
(Foto: Guillermo Garza / Desvia / Divulgação)
O filme é estrelado por Denise Weinberg no papel de Tereza, com Rodrigo Santoro interpretando Cadu. O elenco também conta com Miriam Socarrás e Adanilo. "O Último Azul" é uma coprodução internacional envolvendo Brasil, México, Chile e Holanda, refletindo a colaboração multicultural presente na obra.
Além do Urso de Prata, o filme recebeu o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost no Festival de Berlim. Durante a estreia, Gabriel Mascaro destacou: "O 'Último Azul" fala sobre o direito de sonhar e a crença de que nunca é tarde para achar significado na vida."
Com a estreia mundial bem-sucedida e os prêmios já conquistados, "O Último Azul" está no radar para futuras premiações. A previsão é que o filme seja lançado nos cinemas brasileiros ainda em 2025, permitindo que o público nacional confira essa obra que já conquistou alguns críticos internacionais.
