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Sabemos que os rios brasileiros estão ando por momentos difíceis por conta da seca que já atinge várias nascentes importantes do nosso país. Mas a seca não é um problema isolado, infelizmente temos outros problemas, como a contaminação por elementos tóxicos, como o mercúrio, que atualmente afeta principalmente os rios amazônicos.
Um estudo da ONG WWF-Brasil, indica que quatro bacias da Amazônia, onde estão territórios indígenas sob ameaça do garimpo ilegal, apresentam grande risco de contaminação por mercúrio acima de níveis considerados seguros.
E não podemos falar da contaminação dos rios sem antes falarmos do garimpo ilegal, que é hoje o maior responsável por isso. A presença de garimpos ilegais de ouro é um problema social e ambiental, que cresce cada vez mais na Amazônia Legal. Na busca por este metal nobre, garimpeiros invadem ilegalmente áreas protegidas, como Terras Indígenas e Unidades de Conservação, descumprem a legislação e deixam um rastro de destruição.
Essa contaminação começa pelo processo de extração do ouro, porque, para fazer a separação entre o ouro e outros materiais, garimpeiros usam com frequência o mercúrio. No processo, o mercúrio acaba sendo lançado de forma incorreta no solo, na água e no ar, com isso contaminando nossa fauna e flora, e claro, as pessoas.
Os povos indígenas e tradicionais são os principais afetados pela extração irregular do ouro pelo garimpo ilegal na Amazônia, e isso não é de hoje. Há anos, muitos povos indígenas sofrem com a ocupação de seus territórios por garimpeiros.
Além da contaminação pelo mercúrio, o garimpo ilegal também está fortemente ligado ao aumento no desmatamento, à sedimentação dos rios, à grilagem de terras e ao aumento da violência no seu entorno. Além disso, a cadeia clandestina e irregular do garimpo é muitas vezes utilizada para lavar dinheiro do crime organizado, como tráfico de armas e drogas, e corrupção.
Os resultados do estudo da WWF, mostram um risco extremamente alto de contaminação em mais da metade das sub-bacias analisadas. A projeção foi feita a partir de um modelo de probabilidade, desenvolvido pela Agência Ambiental Norte-Americana. Esse modelo usou dados do "Observatório do Mercúrio", sobre a distribuição e acúmulo do metal nas quatro bacias. Dos rios Tapajós, que a por Pará, Mato Grosso e Amazonas; rio Xingu, Pará e Mato Grosso; e os rios Mucajaí e Uraricoera, esses dois últimos no norte de Roraima, área onde vive o povo Yanomami.
As concentrações de mercúrio seriam mais baixas nas cabeceiras dos rios e aumentariam ao longo do curso dos rios. O mercúrio se acumula na cadeia alimentar, especialmente em peixes consumidos pela população local.
O estudo também traz várias recomendações, como a implementação de um monitoramento mais adaptado às condições das diferentes sub-regiões; e à criação de um sistema de informações para apoiar ações governamentais.
O mercúrio é um neurotóxico potente e pode causar danos ao sistema nervoso central, tremedeira, problemas de coordenação motora, insônia e pode levar à morte em casos agudos.
Segundo a pesquisadora da UNICAMP Lara Dias, o mercúrio é perigoso para gestantes e mulheres que estão amamentando. “No corpo da mãe, o metilmercúrio, principalmente, tem um efeito teratogênico, ou seja, ele é capaz de ser transmitido para a criança”.
Segundo ela, o mercúrio tem a capacidade de ar para o feto durante a gestação através da placenta, o que pode levar a problemas de malformação. Já para o recém-nascido, o mercúrio chega pelo leite materno e pode fazer com que a criança tenha deficiências neurológicas.
*Com informações da ONG WWF e Rádio Agência.