O Ministério da Educação (MEC), no dia 4 de abril, suspendeu por 60 dias o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio no Brasil. À espera de uma consulta pública, que pode revogar, ajustar ou reestruturar as mudanças criadas a partir do novo modelo, o MEC pretende agir com base no diálogo com especialistas e entidades. 1z3j55
O Novo Ensino Médio é o novo modelo obrigatório de ensino vigente no Brasil. Criado a partir da Lei nº 13.415/2017, que previu mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o projeto estabeleceu um aumento progressivo na carga horária das escolas e mudanças na organização curricular.
Anteriormente a esse modelo, iniciado a partir de 2022, as escolas brasileiras contemplavam apenas a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a referência obrigatória do ensino básico. Com as mudanças, as escolas devem determinar 1.800 horas (60% da carga horária total de 3.000) para a BNCC e dedicar as 1.200 horas restantes para os itinerários formativos.
Os itinerários são um conjunto de disciplinas e projetos acadêmicos que os estudantes poderão escolher durante a sua formação. Atualmente, o Ministério da Educação definiu cinco modelos de itinerários: Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, além da formação técnica profissional (FTP). Os itinerários foram definidos de forma a permitir o aprofundamento dos alunos em determinadas áreas do conhecimento.
No entanto, apesar dos trâmites para a aplicação do Novo Ensino Médio serem discutidos desde 2017, as movimentações e protestos da comunidade acadêmica e docente contra o projeto vem ganhando força com o ar dos anos.
Segundo a advogada especialista em Direito e Gestão Educacional Ana Cláudia Ferreira Julio, a falta de participação social tornou o novo modelo complementamente engessado: “Em momento algum houve um debate amplo e claro sobre as propostas que iriam compor o novo ensino médio, ou mesmo sobre os detalhes da operacionalização do programa proposto. Ao contrário, uma pesquisa do SENAI realizada em fevereiro deste ano apontou que 55% da população está pouco ou nada informada sobre o tema."
Não obstante as críticas, o projeto, apesar da suspensão programática, ainda está em vigor nas escolas e de acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a revogação do Novo Ensino Médio não está em discussão. Entretanto, ajustes nos modelos atuais devem ser feitos, principalmente no que diz respeito ao modelo da principal prova de vestibular do país, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
O ENEM, criado em 2005 pelo MEC, aria por mudanças consideráveis a partir de 2024, as quais estavam previstas no calendário suspenso do Novo Ensino Médio. A suspensão pode rever o cronograma de aplicação das mudanças ou até mesmo ajustá-las conforme a revisão do protótipo.
No modelo previsto para 2024, o ENEM, que tradicionalmente já possui dois dias de exame, manteria este molde com provas intrinsecamente diferentes do modelo atual. De acordo com o protótipo, o primeiro dia seria voltado para as Bases Nacionais Comuns Curriculares (BNCC), com destaque para português e matemática; e o segundo dia seria dedicado aos conteúdos dos itinerários formativos, selecionados pelos alunos durante o ensino médio.
Em termos de prazos, o governo tem até o dia 5 de junho, fim da suspensão, para definir as mudanças ou revogações no projeto e criar um novo cronograma de implementação para as escolas brasileiras.
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Mesmo tendo sido aprovada em 2017, durante o governo de Michel Temer, a reforma do ensino médio entrou em vigor e começou a modificar a vida dos estudantes em 2022. Desde que foi proposta, suas alterações diretas no ensino vem sendo questionadas por profissionais da área da educação e pelos alunos, o motivo é objetivo, para eles o que era para ser uma reforma positiva, planejada para atualizar a educação brasileira faz justamente o contrário, precarizando ainda mais o ensino e sucateando cada vez mais o sistema educacional.
A reforma do ensino médio é fruto da lei nº 13.415/2017, que promoveu uma mudança na estrutura básica do ensino. Assim, afetando principalmente a organização curricular, fazendo com que a jornada do aluno fosse composta pela formação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) com o complemento de matérias que poderiam ser escolhidas pelos estudantes, os itinerários formativos.
Um grande problema apontado pelos especialistas e pelas entidades educacionais ligadas à defesa dos direitos dos estudantes seria que a estrutura do ensino público brasileiro não conseguiria ofertar aos estudantes itinerários formativos tão atuais para garantir uma educação de qualidade. Outro problema abordado estaria na maneira como a nova organização do ensino seria feita, podendo prejudicar a formação básica dos alunos, já que disciplinas como sociologia, filosofia, arte e educação física poderiam não ser ofertadas durante os três anos completos de formação.
“A gente acha que o estudante vai ficar feliz, porque vai ter uma redução na carga horária de matérias que antes eram obrigatórias. Mas quando entramos em contato com eles, percebemos que eles sabem muito bem da importância de cada uma delas, estudante não é burro e sabe que vai acabar sendo prejudicado quando tem uma matéria de sociologia substituída por uma aula de como fazer brigadeiro, por exemplo”. disse Juliana Gomes, vice-diretora da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBEs) do Rio de Janeiro.
O ato em Campinas foi gigante!
Seguimos em mobilização em defesa da educação!#RevogaNovoEnsinoMédio #RevogaNEM pic.twitter.com/cJ3ShOZ0hq
Muitos estudantes acreditam que com a mudança em seus currículos, ficará cada vez mais difícil ingressar em universidades públicas. Sem conseguir continuar estudando em um ensino superior a maior parte dos jovens terá então que ingressar no mercado de trabalho mais cedo que o desejado. “O novo ensino médio foi uma reforma imposta aos estudantes, não houve uma conversa sobre o que seria melhor para quem estuda em escolas públicas, é simplesmente uma imposição de um ensino que parece novo, mas, na verdade, é velho. Um ensino que dificulta o o dos estudantes às universidades públicas porque precariza o o a matérias importantes para arem nos vestibulares…” comentou Juliana.
Unindo forças de todos os lugares do Brasil, o movimento estudantil se juntou com professores e membros da sociedade educacional a fim de reivindicarem pela revogação completa do novo ensino médio. No dia 15 de março pelo menos 55 grandes cidades do país registraram protestos. Lua Quinellato, estudante de pedagogia pela Universidade Federal Fluminense, esteve presente no ato que ocorreu no centro da cidade do Rio de Janeiro, ela reforça como o novo ensino médio também se mostra negativo para os professores que foram “desrespeitados” quando não foram ouvidos sobre essa importante reforma na educação.
“As manifestações mostram a insatisfação dos estudantes e professores com a reforma e como ela foi feita. O antigo ensino médio também não era o que queremos para a educação. O ensino médio que queremos é um construído em conjunto com a população, estudantes e professores, que forme pessoas com senso crítico, que conheçam a própria história.” afirmou a estudante.
Diante de tanta movimentação para barrar a reforma educacional, o presidente Lula se manifestou através de suas redes sociais.
Conversei com o ministro @CamiloSantanaCE sobre o novo ensino médio. O @min_educacao vai fazer um debate com alunos e professores, para fazer uma nova proposta. Vamos fazer o que for melhor para os estudantes.
— Lula (@LulaOficial) March 21, 2023
O Ministério da Educação suspendeu a portaria que estipula o cronograma de implementação do novo ensino médio. “Hoje estou assinando uma portaria que nós vamos suspender a portaria 521, que aplica o cronograma de aplicação do Novo Ensino Médio” afirmou o ministro da educação Camilo Santana em entrevista. A justificativa é que a suspensão está sendo proposta por causa do novo ENEM, que deveria ser iniciado em 2024. Segundo o ministro, é preciso tempo para fazer os ajustes necessários no meio do processo de debate.
“Muitas vezes estamos na rua e as pessoas duvidam da força dos movimentos estudantis. Estamos fazendo grandes provocações ao governo, para mostrar que a população brasileira que de fato frequenta a escola não está satisfeita com essa situação. Quando nos manifestamos estamos chamando atenção para a luta pelos nossos direitos. Queremos estudar!” conclui Juliana.
No dia 6 de junho, a editora catapulta lançou o título “invisível”. Escrito por Tom Percival, um britânico de 45 anos. Seus livros, apesar de serem voltados para um público infantil, possuem uma temática emocional e com o ar dos anos tem se tornado reconhecido internacionalmente. Com apenas 32 páginas, o livro conta uma delicada história a respeito de olhar para as pessoas que em algum momento se tornaram invisíveis e ignoradas pela sociedade a que pertencem e como elas têm o direito de fazer parte de algum lugar, de pertencer.
A obra relata a história lúdica de Isabel, uma criança criada por uma família humilde e de classe média baixa. Eram felizes, enxergavam beleza na simples vida que levavam, pois davam valor e acreditavam que o tinham era suficiente. Afinal, o que poderia ser melhor que ter uns aos outros? Mas, em determinado momento, por problemas financeiros, a família precisa se mudar para o lado oposto da cidade. É nesse momento que a pequena começa a não se sentir notada e solitária e através desse sentimento ela a a notar algo que não tinha visto antes — outras pessoas invisíveis também. Muitas delas. — narra um trecho do livro.
Ao final do livro, o autor, Tom Percival, compartilha: “A lembrança mais antiga que tenho de mim, é espiando dentro de um pequeno armário em uma carroça. Eu não sabia na época, mas aquela carroça na área rural de South Shropshire seria minha casa pelos seis anos seguintes. Era antiga, e as portas faziam um som oco e chato quando eram fechadas. Não tínhamos televisão, não tínhamos o à rede elétrica e havia lamparinas a gás na parede que precisavam ser acesas com um fósforo. Eu dividia meu pequeno quarto com meu irmão mais velho”.
Tom explica que essa situação se deu, em resumo, porque eram pobres. Apesar da falta de dinheiro, apesar das roupas baratas e dos sapatos de segunda mão, tinha muito de duas coisas: amor e livros. Havia um serviço de biblioteca móvel, próximo da sua casa. A biblioteca permitia que as crianças pegassem quantos livros quisessem. “Mas algumas pessoas não têm a mesma sorte que eu. Não têm o àquele bote salva-vidas literário e à beleza e ao encantamento do interior que eu tinha à vontade na infância. Algumas pessoas não têm amor”. — descreve o autor.
Foi exatamente pensando nisso que Percival deu vida a Isabel. Segundo levantamento realizado pela Fundação ABRINQ, hoje, existem cerca de 12 milhões de crianças e adolescentes em situação de pobreza e 7 em situação de extrema pobreza no Brasil. São milhões de seres humanos que não têm comida suficiente, que sentem frio e cansaço, que não têm materiais básicos para estudar e que não têm as mesmas chances que a maioria. Essas crianças costumam ser ignoradas, e foi por isso que o escritor optou por explorar essa temática e a ideia de invisibilidade.
“Claro, a pobreza não é a única maneira pela qual as pessoas são ignoradas pela sociedade; existem muitas formas de o mundo dizer: vocês não têm lugar aqui. Eu quis tentar mudar isso, eu quis dizer: ‘sim, vocês têm um lugar aqui’.” — finaliza Tom.
]]>De acordo com matéria publicada no G1 em agosto de 2021, a crise econômica intensificada pela pandemia, gerou um aumento no número de jovens que tentam conciliar trabalho com estudos. A maioria dos entrevistados, relataram que os pais ou responsáveis trabalhavam de forma autônoma antes da pandemia, como vendedores ambulantes e cabeleireiras, por exemplo. Profissões que foram diretamente afetadas com a chegada do Covid-19. Esses fatores acabaram limitando a renda dessas famílias. Assim, esses jovens tiveram que trocar a escola por trabalhos integrais para complementar a renda familiar.
Os entrevistados relatam que durante o ensino remoto, apesar de não assistirem às aulas, conseguiam entregar os trabalhos propostos pelos professores. Entretanto, com a volta do ensino presencial, os alunos terão que optar entre continuarem matriculados na escola ou trabalharem. Em vista disso, Pedro Henrique Gavioli, de 18 anos, entrevistado pelo G1, afirma que se pudesse com certeza voltaria á estudar, porém, o jovem hoje, é responsável por 70% da renda de sua família, que foi altamente afetada após o início da pandemia visto que, a mãe de Pedro Henrique trabalhava como cabeleireira, o que impossibilita o jovem de parar de trabalhar nesse momento.
o ao ensino superior
A entrada na universidade também ficou mais difícil para alguns jovens durante a pandemia. Segundo a pesquisa Juventude e Pandemia, divulgada pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e publicada pelo G1, seis a cada dez estudantes estavam procurando emprego durante o final de 2021. Além disso, aponta também que 11% dos estudantes do ensino médio não estavam conseguindo acompanhar as aulas remotas, enquanto outros 70% declararam não estarem se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Fatores que comprovam que a pandemia atrasou e impediu que uma parcela de jovens adentrasse na universidade.
Além da etapa escolar, o ensino superior também foi atingido pela pandemia. De acordo com uma pesquisa da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), instituto que representa as mantenedoras do ensino superior no Brasil, obtida com exclusividade pela Globonews e publicada no ano ado, a taxa de evasão do ensino superior privado bateu recorde entre 2020 e 2021. Além disso, as taxas de inadimplência também subiram nas universidades privadas. Segundo a Semesp, pela primeira vez em 2020 a taxa de inadimplência quase chegou aos 10%.
Permanência na universidade
Além das universidades privadas, as universidades públicas também sofreram as consequências da pandemia. Desde o fechamento das instituições em 2020, o governo vem anunciando cortes consideráveis do orçamento destinado às universidades públicas no país. O mais recente anunciado em junho de 2022, decretou o corte de 7,2% do orçamento. Em matéria publicada pela CNN Brasil, a Andifes afirmou que os cortes somados a alta da inflação promovem uma situação crítica e até inviabiliza o funcionamento de alguns institutos federais. Vale ressaltar que, os estudantes das universidades públicas contam com auxílios de permanência, alimentação, alojamento, além de bolsas destinadas a pesquisas científicas. Os cortes orçamentários, portanto, acabam comprometendo até mesmo a permanência de jovens nas instituições, visto que muitos são de baixa renda e dependem desses auxílios para ocuparem o espaço acadêmico. Além de paralisar diversas pesquisas brasileiras. Esses fatores fizeram também com que vários alunos dessas instituições públicas tivessem que sair em busca de emprego para conseguirem se manter na universidade.
O Lab conversou com duas alunas da Universidade Federal de Juiz de Fora que tiveram que começar um novo emprego durante a pandemia e contam um pouco de como está a rotina depois da retomada das aulas presenciais.
Lorena Medeiros, de 22 anos, conta que durante a pandemia, a UFJF anunciou a diminuição do valor do auxílio e da bolsa de treinamento profissional que ela recebia e utilizava para se manter em Juiz de Fora, visto que, sua família mora em outra cidade mais afastada, na zona rural de Minas Gerais. Com isso, a aluna diz que ficou insegura e que o orçamento ficou apertado, por isso resolveu procurar seu primeiro emprego. Hoje, a estudante trabalha como vendedora, num shopping da cidade e relatou um pouco da sua rotina:
“Muito cansaço, não sobra tempo para me dedicar como queria para a faculdade, porque eu gosto muito do curso e fico triste de não poder me dedicar como antes. Depois do trabalho, por conta do excesso de interação e de demandas, não tenho energia para estudar nem para ter um pouco de lazer“.
Além de Lorena, o Lab conversou também com Paola de Araújo, estudante de Ciências Sociais da UFJF, e hoje também trabalha com mídias sociais. Assim como Lorena, Paola também se queixa do seu rendimento na universidade:
“Por mais que a bolsa da UFJF seja um incentivo, não é suficiente para que eu possa me manter na universidade, por isso parar de trabalhar não é uma opção. Apesar do meu trabalho ser home office, sinto que me prejudica no rendimento, tento ler todos os textos e prestar atenção na aula mas não é como antes“.
]]>A Câmara dos deputados aprovou na quarta-feira (18) o texto base sobre a educação domiciliar. A proposta que agora segue para ser votada no senado federal é considerada uma pauta de costumes do governo Jair Bolsonaro (PL). Aliados do presidente e da bancada mais alinhada ao governo consideram que as escolas podem doutrinar os alunos com supostas ideologias, e que o homeschooling é uma forma dos pais controlarem a educação ada aos filhos.
Especialistas em educação discordam da medida, e concordam que o ensino domiciliar afasta os estudantes do convívio social da escola e traz riscos principalmente para crianças e adolescentes.
O governo federal e aliados defendem o ensino domiciliar como garantia dos pais de educar os filhos livremente de supostas ideologias. O deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), defendeu o ensino domiciliar através de uma postagem nas redes sociais:
“o homeschooling são os pais professores educando seus próprios filhos”, afirmou o deputado.
A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também saiu em apoio ao PL 3179/12. Em uma rede social, Alves disse que o modelo de ensino é um direito das famílias de educar seus filhos e a fiscalização por parte do Estado está assegurada.
“Entendam que defendemos o direito das famílias a essa modalidade de ensino, não a obrigatoriedade. E estão asseguradas a convivência comunitária e a fiscalização por parte do Estado. Outros países têm experiências muito boas a esse respeito”, afirmou Damares.
A Associação Nacional de Educação Domiciliar defende o formato de aprendizagem conduzido no ambiente doméstico e enfatiza a utilização de novas estratégias de aprendizagem.
“A educação domiciliar proporciona maior amadurecimento, desenvolve a disciplina de estudo e o gosto pelo aprendizado, facilita o emprego de novas estratégias de aprendizado, favorece o empreendedorismo, gera adultos seguros e produz excelentes resultados acadêmicos”, pontua a ANED.
A EDUCAÇÃO DOMICILIAR É UM RISCO
O Todos pela Educação se posicionou contra a adoção do modelo de ensino domiciliar e manifestou preocupação com o projeto de lei e alertou para os riscos da aprovação do homeschooling, e cita a importância da escola no combate à violência doméstica e outras violências sofridas pelos alunos no seio familiar.
“Regulamentar a prática de Educação Domiciliar não afeta apenas os atuais adeptos da prática, mas também os milhões de estudantes que hoje não o fazem, especialmente os mais vulneráveis. O risco é regulamentar a Educação Domiciliar para um pequeno grupo e a prática abrir espaço para comportamentos de risco na família, como abandono escolar, violência doméstica e exposição às mais diversas situações de privação e estresse tóxico, que hoje são diretamente enfrentadas pelas escolas.”, disse o Todos em nota
A nota reforça o posicionamento contrário ao projeto de lei e finaliza dizendo que não há evidências na literatura internacional sobre a eficiência da educação domiciliar comparado ao atual sistema de ensino.
“Não existem evidências na literatura internacional de que, quando controlado pelo nível socioeconômico do aluno, crianças e jovens em homeschooling têm desempenho escolar melhor em relação a um estudante em Educação formal. Isto é, não há evidências que indiquem que uma criança aprenderia mais na Educação Domiciliar do que na escola.”
Parlamentares de oposição também criticam o PL do homeschooling e defendem que o projeto seja derrubado no Senado. Para a senadora Zenaide Maia (PROS-RN) que compõe a Comissão de Educação no Senado, propostas como essa do ensino domiciliar são como um “ataque sistemático à educação pública do país”
“Esses projetos de lei que estão aí assustam. Porque são projetos que aparentemente são "salvadores da pátria", mas na verdade retiram aqueles recursos que, obrigatoriamente, independente de que governo for, tem que rear para educação” — disse a senadora em debate na Subcomissão Temporária para o Acompanhamento da Educação na Pandemia.
O texto que agora segue para o Senado deve encontrar resistência dos parlamentares de oposição, além da pressão da sociedade civil, como o “Manifesto Contra a Regulamentação da Educação Domiciliar e em Defesa do Investimento nas Escolas Públicas” que soma mais de 400 s, incluindo entidadesO SAS Plataforma de Educação confirma participação na edição especial de 20 anos do GEduc, principal congresso sobre gestão educacional do país, que acontece entre os dias 30 de março e 1 de abril, no Centro de Convenções Rebouças. O professor de Linguagens e Coordenador de Ensino e Inovações da plataforma, Vinícius Beltrão, será convidado para debater no Metodologias Ativas em Modelos ivos, no XI Fórum de Inovação Acadêmica, trazendo considerações para as escolas de educação básica, no dia 31 de março, às 16:20h.
A partir de pesquisas, tendências e experiências de escolas, o especialista vai mostrar que as metodologias ativas vão além de reorganizar o espaço escolar ou dispor de tecnologia de última geração. Trata-se de uma série de ações mediadas pelo professor que promovem a participação ativa dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem. Em outras palavras, o estudante assume a construção do seu conhecimento.
A proposta ganha cada vez mais força nos modelos de ensino escolares, impulsionado pela demanda de formar um aluno mais protagonista. Isso só é possível quando entendemos o professor como mediador desse conhecimento, e as tecnologias como potencializadoras de todo e qualquer processo que envolva metodologias ativas. Vinícius Beltrão irá abordar soluções que podem ser implementadas nos métodos de ensino por meio dos educadores, fomentando as discussões dentro do tema desta edição, “Enxergando Futuros”.
“É uma grande oportunidade para todos nós do SAS compartilharmos conhecimentos sobre metodologias e promover debates construtivos no âmbito da educação básica, principalmente para um evento de relevância nacional como o GEduc. Queremos trazer experiências práticas que envolvam gamificação, aula invertida, aprendizagem por situação problema, rotações por estações e tantas outras atividades “mão na massa” que colocam o estudante como protagonista”, conclui Vinícius Beltrão.
O GEduc trará em sua programação fóruns de líderes educacionais, gestão do ensino híbrido, inovação acadêmica, gestão de pessoas e de habilidades socioemocionais. Além disso, haverá também a jornada de marketing, fóruns de educação tecnológica e o salão de imprensa. Os participantes interessados em participar podem se inscrever no link: https://www.geduc2022.com.br/inscricoes. O evento seguirá todos os protocolos de saúde e segurança da OMS.
Sobre o SAS Plataforma de Educação
SAS é uma Plataforma de Educação que, há 18 anos, oferece soluções educacionais de forma completa e integrada, para mais de 1000 escolas parceiras em todo o Brasil. Seu portfólio de serviços conta com materiais didáticos atualizados anualmente, tecnologia educacional propositiva e engajadora, avaliações digitais e presenciais que geram relatórios diagnósticos para direcionar a aprendizagem, formação de equipe e acompanhamento personalizado com consultores pedagógicos. Ao longo do tempo, as escolas parceiras do SAS vêm formando alunos por todo o Brasil, além de acumular excelentes resultados nos principais exames do país, como o Enem, estando há 9 anos entre as oito primeiras em aprovação no SISU.
Contato para imprensa: [email protected]
Site: https://saseducacao.com.br/
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Instagram: instagram.com/saseducacao/
Linkedin: linkedin.com/company/saseducacao
]]>Som de tiros, presença de agentes policiais, correria, invasões, marcas de balas, medo e terror. Esses são aspectos presentes no dia a dia dos moradores das periferias do Rio de Janeiro. Alguns impactos dessa violência constante não podem ser facilmente mensurados, e exigem uma observação mais aprofundada. É o caso dos efeitos que as operações policiais causam no processo educacional de crianças e jovens residentes das comunidades.
Um estudo sobre esses prejuízos, divulgado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), mostrou que 74% das escolas e creches da rede municipal do Rio foram afetadas, pelo menos uma vez, por tiroteios com presença de agentes da segurança pública. A pesquisa teve como base dados divulgados pelo Instituto Fogo Cruzado e pela Secretário Municipal de Educação, e levou em consideração o ano de 2019 - antecessor à pandemia do Coronavírus que afetou os padrões educacionais.
“Além das deficiências do ensino público, tais como falta de investimento, estruturas precárias e professores sem formação adequada para os diferentes níveis educacionais, o Estado brasileiro tem contribuído com sua política proibicionista e bélica em relação às drogas para expor escolas e estudantes à violência, submetendo-os, especialmente em algumas cidades como o Rio de Janeiro, a rotinas de operações, incursões e tiroteios justificadas como necessárias para combater grupos de traficantes que controlam e disputam territórios”, analisa o relatório do CESeC.
Segundo o Fogo Cruzado, 31% dos tiroteios/disparos de arma de fogo contabilizados em 2019, na região metropolitana do Rio, foram feitos ao redor de escolas e creches tanto da rede pública quanto privada. Isso significa que, em média, houveram 12 disparos por dia letivo. A Vila Kennedy lidera a triste estatística, contabilizando 150 registros. Logo após vem Cidade de Deus (124) e Tijuca (71).
Para além de dados sobre as operações em nome da chamada “guerra às drogas”, o estudo do CESeC se empenhou para entender os efeitos emocionais e psíquicos para as crianças e adolescentes, bem como desenhar os futuros prejuízos em relação a renda desses estudantes comparado aos que não aram por situações violentas.
“Diversos estudos têm mostrado que a constante preocupação com a segurança afeta diretamente a capacidade de foco e de atenção dos estudantes, provoca medo e estresse, além de aumentar o risco de abandono escolar e de associação a grupos criminosos locais. A exposição à violência também tem sido relacionada a casos de baixa autoestima, ansiedade, depressão e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), síndromes que afetam o vínculo com o ambiente escolar, podendo prejudicar a aprendizagem de forma permanente e afetar severamente tanto o desenvolvimento social e cognitivo das crianças quanto suas expectativas futuras de renda”, destaca o texto intitulado Tiros no Futuro.
DÉFICIT NO APRENDIZADO
De acordo com o estudo, os alunos do 5° ano do ensino fundamental, tiveram uma queda de 64% no processo de aprendizagem de Língua Portuguesa. Ou seja, os alunos apresentaram níveis bem mais baixos do que era esperado para a faixa etária.
Já em relação à Matemática, o resultado foi ainda mais preocupante. O levantamento mostrou que a perda foi de pouco mais de 80%. Isso ocorre por se tratar de uma matéria que necessita de um auxílio maior dentro da sala de aula para que haja um entendimento pleno.
IMPACTOS NA RENDA
A maior parte dos cargos de trabalho exigem níveis consideráveis de escolaridade. Sabemos que quanto maior a formação estudantil do indivíduo, mais alto será o seu cargo, e consequentemente sua renda. Percebe-se então, outra esfera de impacto: a queda na renda futura do alunado exposto à violência durante a vida escolar.
O estudo da CESeC levou em consideração que um trabalhador médio da capital fluminense durante seu ciclo produtivo (entre 16 e 65 anos), acumula anualmente R $617.440,00 (em valores de 2019). Entretanto, quando analisamos a renda futura de uma pessoa que estudou na rede municipal durante a infância, e esteve em contato com a violência gerada pela “guerra às drogas”, esse valor reduz em R $24.698,00.
“O que significa para um indivíduo pobre perder 24 mil reais, em valores de 2019, por redução de pontos na proficiência decorrente de ter estudado sob tiroteios? Significa, por exemplo, deixar de adquirir 48 cestas básicas ou 377 botijões de gás. Ou deixar de pagar 6.098 agens de ônibus municipais na cidade do Rio de Janeiro, que possibilitariam o deslocamento com duas agens diárias de segunda a sexta-feira por cerca de 13 anos de trabalho” destaca as conclusões do estudo do CESeC.
]]>O empreendedorismo feminino só confirma o quanto a mulher consegue se sair bem, tanto quanto os homens na carreira e vem quebrando várias crenças de que ela deve se dedicar apenas ao lar e aos filhos, não que isso não seja o bastante, na verdade é uma jornada tripla, portanto, valorizar isso é algo que todos devem fazer e aprender, ter empatia, união, companheirismo e não julgamento.
"Acho que a mulher especialmente no Brasil é muito subjugada. A própria mulher não se valoriza ou vive em função de um marido/ companheiro. O maior desafio é ser independente. Autoconfiante e pró-ativa . Acreditar que você não precisa DOS OUTROS para ter sucesso. E, claro, conciliar filhos, casa e trabalho." - Marcela Rosa, empreendedora, jornalista e professora
Como tudo começou na sua carreira?
Putz! Muita coisa. Resumindo: 27 anos em Televisão : Repórter, apresentadora, editora. Cheguei aos maiores cargos. Diretora por 10 anos . Chutei o balde. E foi muito antes da pandemia. Por decisão própria demiti a empresa que trabalhava (chama-se rescisão indireta) e resolvi empreender no digital. Estou há 3 anos vivendo da minha empresa e estou feliz.
Quais os critérios que você usa na hora de contratar uma pessoa?
Desenvolvi um radar muito aguçado para descobrir talentos. Ajudei a formar muitos profissionais de vídeo. Mas não é uma tarefa fácil. No digital, por exemplo, é bem complicado achar gente preparada. Na maioria das vezes, tento ensinar, formar meus colaboradores.
Com base na sua trajetória e nas suas experiências pessoais, entende que as mulheres podem fomentar o empreendedorismo? Se sim, de qual maneira?
Divulgar, compartilhar suas dores e suas vitórias. Os vídeos são ótimos para esta finalidade. Ter sororidade. Apoiar uma outra empreendedora ao invés de sempre competir, julgar outra mulher.
Quais as diferenças que você percebe entre homens e mulheres no setor de empreendedorismo?
Os homens são mais focados, perdem menos tempo com bobagens, não misturam sentimentos com trabalho. Mulheres por outro lado tendem a ser mais criativas. O restante sinceramente não vejo grandes diferenças.
Qual a sua percepção sobre o impacto das mulheres empreendedoras para a economia do Brasil?
A mulherada sustenta o Brasil. Somos maioria em tudo. No entanto, ganhamos menos, vendemos mais barato e ainda não sabemos nos profissionalizar em alguns setores da economia.
Você se sente vulnerável e que sua autoestima empreendedora é menor com relação a de um homem empreendedor?
Muitas vezes somos levadas a acreditar nisso sim. Mas hoje não tenho mais tanto complexo de inferioridade. Tenho medos que são absolutamente normais e que não me param. Pelo contrário, me impulsionam.
Percebo que as pessoas têm dificuldade com relação ao perfeccionismo, muito planejamento e pouca ação. Existe um momento certo para lançar um projeto?
O momento é agora. Procrastinar só vai te dar prejuízo. E o empreendedor nunca está totalmente pronto. A ideia é aprender fazendo.
Qual o conceito de sucesso pra você?
Sucesso para mim é ser independente. É ter liberdade geográfica. Trabalhar onde quiser. É ter voz e principalmente é saber que além de te trazer lucro financeiro, o teu projeto realmente ajude outras pessoas.
Por fim, quais são as dicas para as mulheres que estão começando a empreender?
Se joga! Não há momento certo. Ninguém vai pegar na sua mão ou te carregar. Você precisa sair do pedestal e lutar. Estudar, ralar muito e ter humildade. Se você tem um projeto com um propósito definido e tem foco, ele vai dar certo!
Beatriz Modestro, 26 anos - Engenheira Civil
Curitiba, PR
"Ser mulher requer que tenhamos que nos impor em muitas situações e ter firmeza sempre. Somos testadas a todo tempo e muitas vezes, sinto que existe muito machismo por parte de clientes e até mesmo colegas de profissão. Acredito que isso está diminuindo na mesma proporção em que as mulheres ocupam espaço nesse mercado." - Beatriz Modesto, engenheira e empreendedora
Quais os desafios da mulher empreendedora? Por exemplo: vida pessoal, o ao crédito, etc...
É bastante desafiador ser empreendedora na área de engenharia, visto que além de ser uma área ainda bastante conservadora, é também em grande parte ocupada por homens. Porém, agindo de forma profissional, buscando especialização, contatos certos e experiência, as coisas têm tomado forma. Em sociedade com outro engenheiro, que inclusive é o meu noivo, conseguimos uma parceria com uma holding a qual estamos prestando serviço de istração de obras e para tanto, precisamos aumentar o capital social da empresa para participarmos de licitações utilizando o nome da nossa empresa.
Foi bastante desafiador e tivemos que ir até os principais bancos, explicar a situação e mesmo assim o crédito liberado ainda não era o suficiente. Então, fomos até a Caixa Econômica Federal, e por sorte e/ou coincidência do universo, a gerente que nos atendeu era uma conhecida de infância do meu sócio e então foi muito mais fácil para que conseguíssemos encontrar alguma solução junto ao banco. Foi assim então que conseguimos uma linha de crédito para capital de giro, por meio da Caixa Econômica Federal em parceria com o SEBRAE. Mas resumidamente, ainda é muito difícil conseguir crédito junto aos bancos e fornecedores quando estamos iniciando. No meu caso, posso dizer que tenho tido muita sorte e aquele empurrãozinho do universo me dizendo “só vai!” rsrs
Quais as diferenças que você percebe entre homens e mulheres no setor de empreendedorismo?
Acredito que o próprio mercado confia mais num empresário quando é homem e por isso acredito que assim como os homens se apoiam, as mulheres tem que se apoiar com parcerias, indicações, contratações, etc….
Qual a sua percepção sobre o impacto das mulheres empreendedoras para a economia do Brasil?
Somos maioria em número no país, mas ainda estamos crescendo em espaço de ocupação de mercado, principalmente na área de engenharia.
Que fatores contribuem para o crescimento do empreendedorismo feminino no Brasil?
O marketing é um fator muito importante para fomentar o empreendedorismo feminino, digo no sentido de incentivar e dar voz aos assuntos feministas. Redes sociais e até mesmo programas de TV, têm contribuído para a divulgação de tal assunto e isso influencia e incentiva as mulheres que muitas vezes se sentem inseguras de dar o primeiro o.
Qual a característica que mais te impulsionou para você entrar e persistir no mundo do empreendedorismo?
Tenho um perfil bastante independente e autônomo, por isso não me enxergo como funcionária de uma empresa, fazendo a mesma coisa todo dia pro resto da minha vida. Não gosto de comodismo e adoro um desafio. Além disso, acredito que devido à atual situação da economia do Brasil, os salários estão muito abaixo do que deveriam ser para atender ao piso salarial do engenheiro. Isso tudo me motiva e impulsiona para persistir no empreendedorismo.
Percebo que as pessoas têm dificuldade com relação ao perfeccionismo, muito planejamento e pouca ação. Exite um momento certo para lançar um projeto?
No início, eu pensava muito e ficava com medo de fazer as coisas, confesso que sempre existe um medo na hora de mandar uma proposta ou de postar algo pra divulgar o trabalho. Mas, não podemos esperar o momento certo para fazer as coisas, devemos assumir um certo risco quando queremos empreender. Perfeição não existe, existe sim um aperfeiçoamento constante. E também não vai existir um momento certo, temos que arriscar sempre.
Qual o conceito de sucesso pra você?
Sucesso pra mim é ter independência e autonomia.
Por fim, quais são as dicas para as mulheres que estão começando a empreender?
Primeiramente, saber o que quer fazer, estudar o mercado e público alvo, se especializar no serviço/ produto que quer vender, divulgar o trabalho, ter paciência e persistir.
]]>Ter dinheiro suficiente para pagar todas as contas e investir em momentos de lazer, como uma viagem é o desejo de muitas pessoas. Em alguns casos, pode parecer um sonho distante, já que as dívidas não param de chegar. Mas o investimento na educação financeira pode contribuir para o controle dos gastos e na conscientização das escolhas financeiras.
"A educação financeira é um processo, ou seja, não é apenas uma ação, mas um conjunto de ações, conceitos e ferramentas que permitem que os indivíduos desenvolvam valores e competências necessárias de forma a estarem mais conscientes e, assim, poderem fazer boas escolhas financeiras com o objetivo de melhorar o seu bem-estar e a qualidade de vida da comunidade em que está inserido", explica a mestre em Ciências Contábeis e especialista em Finanças Pessoais e Comportamentais, Grazielle Santana.
Não existe uma idade adequada para ter o a conteúdos sobre o assunto. Mas, segundo pesquisas sobre alfabetização financeira realizadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é muito importante que seja o mais cedo possível, ainda na infância. Por exemplo, a Letícia Alves, 22, desde pequena conhece a importância do controle financeiro.
"Fui ensinada desde criança a me preocupar financeiramente, pois assim quando chegasse à vida adulta pudesse usufruir do meu dinheiro sem acumular dívidas. Também me preocupo com os gastos dos demais integrantes da família, sempre dando um aviso quando estão ando dos limites, fazem o mesmo por mim", afirma.
Para Santana, as crianças que aprendem a ter limites e sabem a importância de poupar para conseguir algo que querem muito, possuem mais chances de se tornarem adultos mais conscientes.
Os problemas financeiros geram consequências que não param na carteira vazia. Pessoas endividadas podem ter sérios problemas de saúde, como insônia, estresse, queda de concentração e desempenho, depressão e ansiedade. Além disso, criminosos aproveitam essa condição para aplicar golpes.
Por onde começar:
De acordo com Santana, a primeira dica para quem quer economizar é perder o medo de falar sobre dinheiro.
"Dinheiro faz parte da nossa vida e é uma ferramenta essencial para realização de sonhos. Há, ainda, um tabu sobre esse assunto, de forma que as pessoas evitam falar sobre suas vidas financeiras até mesmo com seus parceiros e filhos. Falar de dinheiro é essencial, principalmente para as famílias, de forma que todos compreendam e participem".
Além disso, outras duas recomendações devem ser levadas em consideração: saber para onde o seu dinheiro está indo e com o que ele está indo; e, saber aonde se quer chegar, definir objetivos.
Os "vilões" das finanças:
Além da ausência de educação financeira adequada, Santana listou outros problemas financeiros que afetam diretamente a conta bancária das pessoas:
1. Não planejar;
2. Gastar mais do que ganha;
3. Não poupar;
4. Usar crédito (cartão de crédito, cheque especial, financiamentos) de forma excessiva;
5. Achar que é cedo para pensar na aposentadoria;
6. Tomar decisão com base na emoção;
Cursos para todas as idades:
Ficou animado para dar os primeiros os na educação financeira? Abaixo tem uma lista de cursos online e gratuitos:
- Plataforma Meu Bolso em Dia, desenvolvida pelo Banco Central (BC)e pela Federação Brasileiras de Bancos (Febraban)
- Educação Financeira e Finanças Pessoais, oferecidos pela escola virtual da Fundação Bradesco
- Curso de Educação Financeira para Jovens, oferecido pela plataforma de cursos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
- Extra: O canal Criança e Consumo, no YouTube ensina educação financeira para crianças
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Quando perguntada sobre a captação efetiva das escolas em seu público alvo, crianças e adolescentes, Geovana complementa: "A captação está sendo bastante efetiva, na atualidade as escolas possuem projetos para proporcionar um ambiente prazeroso e com qualidade, sendo os alunos acolhidos por toda a gestão pedagógica".
Sobre a segurança nas escolas e o que pode ser feito para que o ambiente seja mais seguro e atrativo para a comunidade em que está inserida, Geovana Pereira prossegue:
"Todas as escolas são construídas visando segurança e bem estar do desenvolvimento dos alunos, portanto, a comunidade se faz presente para que em conjunto seja um ambiente seguro e atrativo. Nas escolas também existem protocolos de segurança e projetos para visar a qualidade de ensino".
Segundo o Censo Escolar do Governo Federal existem cerca de 179.533 escolas públicas e privadas de Educação Básica no Brasil. Dados da revista Educação Pública citam quem pelo menos 81% dos estudantes e 90% dos profissionais de educação já souberam de casos de violência em suas escolas. Sendo que as ocorrências mais frequentes de violência envolvem bullying, agressões verbais, físicas e atos de vandalismo.
Ou seja, a violência na comunidade escolar infelizmente é retrato de uma sociedade genuinamente violenta em boa parte do país.
Matheus Cursino ainda cita que: "Projetos como o Aprender+, aulas de música, esportes, reforço escolar, dentre outras atividades poderiam ser oferecidas de forma gratuita e integral, fazendo com que o aluno ficasse mais tempo na escola, tendo em vista que o espaço escolar se tornaria mais atrativo".
Geovana Pereira, que leciona em Taboão da Serra no estado de São Paulo, complementa:
"A violência com os profissionais da educação vem se destacando cada vez mais e isso nos assusta como profissionais da área e para a nossa segurança as estratégias contra esses ataques devem ser revistos, pois o que desencadeia essas ações são bullyings, famílias desestruturadas, convívios com drogas e bebidas. Tanto os alunos devem respeito aos profissionais do âmbito escolar quanto os profissionais para com os alunos, caberá a instituição projetar as medidas para que isso não ocorra. Podendo ser oferecido preparos maiores para os profissionais e até mesmo para os alunos para que essas situações sejam controladas."
O Brasil tem tudo para ser um país referência no que diz respeito a educação básica. Mas isso começa desde os primeiros os da vida escolar da criança ando por projetos de inclusão social e colaborando assim com a formação de verdadeiros cidadãos de bem, que respeitem, de fato, seus professores e todos aqueles que agem em prol de seu desenvolvimento.
“O que mais atrapalha são as instabilidades no aplicativo: muitas vezes cai, não aparece o conteúdo compartilhado pelos professores ou até mesmo ocorrem erros ao tentar entrar em uma sala.”
“Tudo se tornou difícil, principalmente por ser um curso de Nutrição que exige horas de aulas práticas, que foi o que justamente não tivemos até o momento. Ficaria mais fácil compreender, na prática, como os equipamentos da área são utilizados e muitas outras coisas. No geral, as aulas são boas, mas sinto falta do presencial.”
Os faltantes de baixa renda têm até este domingo (26/09) às 23h59 para solicitar sua isenção no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que deverá ser realizado na Página do Participante.
Os critérios continuam os mesmos: ter cursado o ensino médio em escola pública ou ter sido bolsista integral em escolas particulares, estudantes que estão cursando a última séria na rede pública, e para quem está em situação de vulnerabilidade socioeconômica por ser de família de baixa renda e estar cadastrado no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Decisão foi tomada pelo STFO Supremo Tribunal Federal (STF) teve que determinar a reabertura do pedido de isenção após uma ação movida pelo Educafro e outros partidos e entidades ligados à educação. Isso aconteceu porque o Ministério da Educação (MEC) divulgou um edital onde dizia que os alunos com direito à isenção e não compareceram nos dias da prova na última edição, só poderiam ter novamente a gratuidade caso justificasse sua ausência.
A edição de 2020 do Enem ocorreu em janeiro deste ano, durante o aumento de infecções pela Covid-19. A consequência foi o maior registro de abstenção da história do exame.
Conforme as normas, as justificativas devem ser comprovadas documentalmente, que incluem acidentes de trânsito, emergências médicas, morte de algo familiar, assaltos, entre outras. O medo de contrair a Covid não está descrito, por isso o STF entendeu que as provas foram aplicadas em período atípico, por isso a exigência de uma comprovação viola diversos preceitos como o o à educação e a eliminação da pobreza.
“Realizei a prova da edição ada presencialmente, não senti tanto receio, mas entendo as pessoas que não compareceram por fazer parte de algum grupo de risco, por querer cumprir a quarentena em casa, dentre outros motivos. Por isso acredito que essa medida do Governo é injusta, por se tratar de uma pandemia, as normas para quem faltou deveriam ser flexibilizadas. Estamos vivendo um momento de exceção”, diz a estudante Thainá Souza.
Enem 2021 mais elitista e brancoUm levantamento feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), divulgado pela Folha de S.Paulo, em 02/09, mostrou que com a atitude anterior do MEC, a edição de 2021 recebeu o menor número de inscritos nos últimos 14 anos. O exame, que já teve mais de 8,7 milhões de inscrições, tinha até o momento apenas 3,1 milhões.
Isso teve um reflexo direto nas camadas mais baixas da sociedade. Em 2016 os candidatos negros eram mais de 1,1 milhão. Neste ano, apenas 362,3 mil.
Os pardos, no período do levantamento, representavam 42,2% dos participantes. A menor taxa percentual desde 2012, quando eram 41,4% do total. Um grupo que já ultraou 4 milhões de inscritos, tinha apenas 1,3 milhão neste ano.
Redução expressiva também entre os estudantes de baixa renda, que teve uma queda de 77% em relação à última edição. Dos alunos de escola pública, que têm o direito automático à isenção, só 910 mil receberam a gratuidade, o menor número desde 2017.
Direito recuperado
Outro ponto interessante desta edição é que os candidatos têm até o dia 27/09 (segunda-feira) para solicitar o tratamento pelo nome social.
As inscrições do Enem 2021, neste modelo, são exclusivamente para o impresso.
Nessa modalidade, as provas serão aplicadas nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022, com a realização do Enem para Pessoas Privadas de Liberdade e jovens que estão sob medida socioeducativa que inclua a privação de liberdade (Enem PPL).
Para os outros candidatos, de forma geral, o exame será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro deste ano. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 3.109.762 pessoas foram confirmadas para as provas na versão impressa e digital.
]]>O presidente Jair Bolsonaro sancionou, em 30 de setembro de 2020, o Decreto n° 10.502 da nova Política Nacional de Educação Especial (PNEE), que tem sido bem criticada por várias entidades dessa área.
O ponto que chamou mais atenção, e criou discordância, foi tirar a obrigatoriedade de escolas comuns matricular estudantes com deficiência e incentivar a volta do ensino regular em escolas especializadas. Entidades especialistas nessa área apontam que isso é um retrocesso à educação inclusiva no nosso país, além de violar a Constituição.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, entrou em vigor em 2008, engloba tanto as escolas públicas quanto as privadas. O artigo 4° do Estatuto com Deficiência informa que:
“toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades como as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. Cabe ao Poder Públicos e às escolas, através de recursos apropriados, garantir estes direitos à pessoa com deficiência, na escola inclusiva”.
Visto como um avanço, essa Política fez desde sua implementação aumentar o número de estudantes com deficiência matriculados em redes de ensino. De acordo com dados do Censo Escolar INEP/MEC 2020 o total de alunos é de 1.308.900 graças a educação inclusiva.
Entidades da área do ensino apontam que a diversidade em sala de aula é benéfica para ambos os lados. Auxilia a tornar a sociedade mais empática e enxergar a deficiência como parte e não como exceção, e para a pessoa portadora de alguma especialidade, ajuda no desenvolvimento para a sua independência futura.
Supremo Tribunal Federal
Com o temor de que o novo decreto gere uma segregação, o PSB recorreu da decisão e o assunto foi para as mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), que realizou audiência pública, em 23/08, para decidir a ação.
O assunto já havia sido suspenso pelo ministro Dias Toffoli, em 1° de dezembro, que também é o relator da ação. Após o plenário a suspensão foi mantida, agora o mérito do caso deverá ser julgado.
O governo argumenta que o decreto não gera segregação.
Em entrevistas sobre o assunto, as falas do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, que defende o decreto, causaram indignação. Em 19 de agosto, durante uma entrevista em Recife, o titular da pasta afirmou que algumas crianças com graus de deficiência tornam “impossível a convivência”. Uma semana antes, também disse que alunos com deficiência podem atrapalhar o aprendizado dos outros.
A adoção do ensino remoto é a medida prática mais cabível diante do atual cenário pandêmico, mas existem consequências que essa modalidade de ensino ocasiona, mais especificamente no desenvolvimento infantil.
A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) afirma que crianças com menos de 2 anos não devem ser expostas à telas, enquanto crianças com idade entre 2 e 5 anos podem, desde que esse tempo de exposição não ultrae 1h por dia. Entretanto, com o ensino remoto, a exposição às telas por parte das crianças é maior que o indicado, e fica evidente que as medidas adotadas no ensino online poderão gerar retrocesso na aprendizagem das crianças, segundo a SBP.
A tecnologia é uma aliada do ensino online, mas o uso demasiado das telas traz prejuízos para as crianças. A psicóloga Clínica Juliana Macêdo explica que o maior prejuízo causado pelo uso excessivo da tecnologia está vinculado à formação do imaginário infantil, pois “a capacidade imaginativa da criança só será ampliada se ela tiver contato com uma realidade concreta e não abstrata como é a tecnologia''.
A pandemia também afeta a saúde mental das crianças, uma vez que elas estão imersas no contexto de isolamento domiciliar e estresse emocional. Uma pesquisa feita pela da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), mostra que 75% dos médicos que atendem crianças durante a pandemia, relatam que um dos maiores impactos em crianças está relacionado ao humor, por conseguinte vêm a irritabilidade, depressão, irritação, ansiedade, entre outros.
Danos à escolarizaçãoAlém dos prejuízos mentais que a pandemia pode causar nas crianças, existe, também, danos à escolarização. O Banco Mundial divulgou em maio de 2021 uma pesquisa afirmando que 71% dos brasileiros, diante do atual contexto, podem não aprender a ler. Um dos aprendizados mais básicos pode estar comprometido e um dos imes que contribui para esse fato é a restrição ao o a internet, além do ensino remoto desestimular algumas crianças a participarem das aulas. Esse problema pode impactar no futuro dessas crianças, podendo afetar a absorção de conteúdos.
A psicopedagoga clinica e institucional Nívea Maria de Oliveira Castro entende que um dos problemas também está relacionado a atuação do corpo docente. “Apesar dos esforços, o corpo docente (não generalizando) está levando o ensino com o único intuito de cumprir as atividades escolares de forma a não perder o ano letivo. Desta forma, prioriza-se o cumprimento do calendário e não a aprendizagem em si. Na visão socioeducacional, compreende-se que toda essa fase pandêmica é de adaptabilidade e de aprendizado, nem tudo o que pode ser feito é feito e essa é a realidade dos educadores e das famílias. Por mais que se esforcem as lacunas do ensino remoto repercutirá anos afins, isso é notório”, afirma.
O isolamento social exige que as pessoas estejam restritas às suas casas, quando necessário sair devido às demandas de trabalho ou por precisar de um serviço de emergência, o indicado é não ter contato físico e com isso, parte da interatividade se perde. Para as crianças, o isolamento social é ainda mais rigoroso, todavia, é importante “fazer com que a rotina se torne diversa mesmo estando em um ambiente limitado”, ratifica Juliana Macêdo. Isso pode acontecer, por exemplo, por meio:
Da dança; Dos jogos de memória e tabuleiro; Das pinturas e desenhos; Das leituras; Da escrita.Além disso, a execução de uma rotina é importante para as crianças. Ter horários delimitados, para os estudos, para as atividades recreativas e para atividades domésticas, pode amenizar os impactos que a pandemia pode causar no desenvolvimento das crianças. A constância de uma rotina corrobora positivamente no desempenho das funções por parte dos familiares, visto que quando as crianças possuem uma rotina que se encaixam com as demandas dos pais, o gasto exagerado de energia é acentuado e o estresse também. Afinal, “numa situação de pandemia esses papéis [crianças como alunos e pais como “professores”] serão afetados de alguma forma, mas não necessariamente elas serão prejudicadas completamente, ainda há a possibilidade de respostas adequadas para uma circunstância pandêmica”, diz a psicóloga.
]]>A leitura é um hábito que traz inúmeros benefícios à vida. Entretanto, no Brasil, apenas 52% da população relata ter esse hábito, conforme a pesquisa ‘Retratos da leitura no Brasil’ realizada pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural, divulgada no final de 2020. Além disso, a média de livros inteiros lidos em um ano por pessoa, ficou em 4,2, ainda considerado um número baixo. O destaque vai para os livros religiosos e a Bíblia, que foram apontados como a principal fonte de leitura.
Por outra perspectiva, o número de crianças entre 5 e 10 anos adquirindo o hábito da leitura, foi a única faixa etária que apresentou aumento. Enquanto os pré-adolescentes, de 11 a 13 anos, se mantiveram na colocação de faixa etária que mais lê, totalizando 81%.
Cláudia Rodrigues De Sant'ana, pós-graduada em Letras/Literatura e docente da Rede Estadual e Municipal de ensino em Guarapari/ ES, explica que a ação precoce da família e da escola, ao incentivarem essa prática na vida das crianças, terá um saldo positivo e satisfatório no decorrer de suas vidas.
"Quando falamos em leitura logo vem à nossa mente as práticas leitoras desenvolvidas pela escola. Mas antes de adentrar nessa instituição de ensino o indivíduo já está inserido em uma família, na sociedade e por este motivo realiza inúmeras leituras de mundo", expõe.
Ela completa dizendo que, dessa forma, a leitura é uma necessidade, por meio dela o ser humano desenvolve o intelecto, estimula a memória, aprimora a capacidade de interpretação e mantém o raciocínio ativo.
Esse estímulo à leitura pode ser realizado a partir de qualquer momento da vida. Cláudia relata que a partir de sua experiência de vida e das atividades realizadas em sala de aula, acredita que desde a gestação seja possível iniciar a influência.
"A letra de uma canção, a leitura feita pela mãe direcionada ao feto, dessa maneira o estímulo está acontecendo", ressalta.
Ela também aponta que inserir a leitura na vida das crianças desde cedo ajuda no desenvolvimento cerebral, facilita o processo de aprendizagem e estimula os processos cognitivos, e que estudos mostram resultados positivos em indivíduos que foram inseridos no mundo da leitura desde a tenra idade.
Nesse momento em que as crianças estão todas em casa, e a maioria a muito tempo em telas, “a grande dificuldade, quando falamos em leitura, para os pais e as escolas está justamente na questão da tecnologia, que possui uma linguagem mais atraente segundo as crianças, adolescentes e jovens”, diz.
Completa expondo que independente do cenário, é importante que o incentivo à leitura do livro físico, bem como a do livro digital aconteça. O indivíduo precisa ter contato e necessita do estímulo necessário para desenvolver o apreço pela leitura.
Formas eficazes para incentivar as crianças e criar nelas esse hábito
Cláudia aponta que não se pode falar em apenas uma forma eficaz de incentivo à leitura, visto que cada criança é estimulada e desenvolve o hábito de maneira diferente.
“No entanto, a leitura proferida por um adulto, leitura encenada, rodas de leitura, contação de histórias, dentre outras são meios interessantes para serem realizados”, comenta.
Impactos positivos para a qualidade de vida
Ela conclui dizendo que o saldo para o indivíduo leitor sempre será positivo. “Teremos no presente e no futuro pessoas mais informadas e críticas, essas serão capazes de refletir e agir diante das demandas apresentadas em sua vida cotidiana”, finaliza.
REFERÊNCIAS
G1. Brasil perde 4,6 milhões de leitores em quatro anos, com queda puxada por mais ricos. G1. 11 de set. de 2020. Disponível em: o em: 30 de abr. de 2021