Lab Dicas Jornalismo h1t14 Notícias | Meio Ambiente / Laboratório para estudantes e profissionais pt-br WEBSG Meio Ambiente 30 Sat, 14 Jun 2025 00:00:00 -0300 Lab Dicas Jornalismo - Laboratório para estudantes e profissionais - Todos os direitos reservados. Lab Dicas Jornalismo h1t14 Notícias | Meio Ambiente / /images/ck/files/lab600.jpg /noticia/14523/seca-calor-extremo-e-queimadas-atingem-o-brasil <![CDATA[Seca 3q3c4a Calor Extremo e Queimadas atingem o Brasil]]> /noticia/14523/seca-calor-extremo-e-queimadas-atingem-o-brasil Fri, 20 Sep 2024 14:13:45 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Por Giovanna Cassador-Editada por Caroline Gonçalves) <![CDATA[Brasil enfrenta temperaturas muito acima da média histórica, resultando em um aumento alarmante das queimadas em diversas regiões do país]]> <![CDATA[

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam um aumento expressivo no número de queimadas, especialmente na Amazônia e no Cerrado. Somente em agosto e setembro, os satélites identificaram mais de 30 mil focos de incêndio na Amazônia, representando um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. No Pantanal, bioma que já havia sido gravemente afetado pelas queimadas em 2020, a situação voltou a se agravar, com grandes áreas de vegetação sendo destruídas. t232u

 

Esses incêndios, além de devastar a flora e a fauna, liberam uma grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. De acordo com o INPE, a Amazônia sozinha já emitiu, até o fim de setembro, mais de 60 milhões de toneladas de CO2, um número que reforça a preocupação com o papel do Brasil na luta contra a crise climática.

 

Impacto na Agricultura e na Saúde 

A seca e as altas temperaturas também têm afetado significativamente a agricultura. Agricultores de várias regiões do Brasil relatam perdas expressivas nas colheitas de culturas essenciais para a economia nacional, como soja, milho e café. A escassez de água e o solo seco dificultam o desenvolvimento das plantas, resultando em menor produtividade e aumento dos custos de produção.

Além disso, o calor extremo e a fumaça das queimadas estão afetando diretamente a saúde pública. Hospitais em diversas capitais brasileiras registram um aumento nos atendimentos por problemas respiratórios, principalmente entre crianças e idosos. A fumaça, rica em partículas finas, prejudica a qualidade do ar e leva ao crescimento de doenças respiratórias como bronquite, asma e alergias.

O Desafio de Enfrentar as Queimadas

 

Apesar dos esforços do governo para intensificar o combate às queimadas, especialistas afirmam que são necessárias medidas de longo prazo. O desmatamento é um dos principais fatores que agravam a situação. “A destruição da Amazônia enfraquece o ciclo das chuvas, impactando o clima não apenas no Brasil, mas em todo o continente. Estamos vivendo uma tempestade perfeita de problemas ambientais”, alerta um especialista.

 

A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) já advertiu que os próximos cinco anos podem ser os mais quentes da história, colocando o Brasil em uma posição de vulnerabilidade ambiental e econômica. Enquanto isso, a população continua a sofrer com as consequências de um clima cada vez mais imprevisível e severo.

 

A crise climática é um lembrete urgente da necessidade de ações coordenadas e decisivas, tanto no Brasil quanto em nível global, para mitigar seus efeitos e proteger os recursos naturais para as futuras gerações.


*Matéria escrita por Giovanna Cassador

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/noticia/14522/seca-calor-extremo-e-queimadas-atingem-o-brasil <![CDATA[Seca 3q3c4a Calor Extremo e Queimadas atingem o Brasil]]> /noticia/14522/seca-calor-extremo-e-queimadas-atingem-o-brasil Fri, 20 Sep 2024 14:08:30 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Por Giovanna Cassador-Editado por Caroline Gonçalves) <![CDATA[

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam um aumento expressivo no número de queimadas, especialmente na Amazônia e no Cerrado. Somente em agosto e setembro, os satélites identificaram mais de 30 mil focos de incêndio na Amazônia, representando um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. No Pantanal, bioma que já havia sido gravemente afetado pelas queimadas em 2020, a situação voltou a se agravar, com grandes áreas de vegetação sendo destruídas.

 

Esses incêndios, além de devastar a flora e a fauna, liberam uma grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. De acordo com o INPE, a Amazônia sozinha já emitiu, até o fim de setembro, mais de 60 milhões de toneladas de CO2, um número que reforça a preocupação com o papel do Brasil na luta contra a crise climática.

 

Impacto na Agricultura e na Saúde 

A seca e as altas temperaturas também têm afetado significativamente a agricultura. Agricultores de várias regiões do Brasil relatam perdas expressivas nas colheitas de culturas essenciais para a economia nacional, como soja, milho e café. A escassez de água e o solo seco dificultam o desenvolvimento das plantas, resultando em menor produtividade e aumento dos custos de produção.

Além disso, o calor extremo e a fumaça das queimadas estão afetando diretamente a saúde pública. Hospitais em diversas capitais brasileiras registram um aumento nos atendimentos por problemas respiratórios, principalmente entre crianças e idosos. A fumaça, rica em partículas finas, prejudica a qualidade do ar e leva ao crescimento de doenças respiratórias como bronquite, asma e alergias.

O Desafio de Enfrentar as Queimadas

 

Apesar dos esforços do governo para intensificar o combate às queimadas, especialistas afirmam que são necessárias medidas de longo prazo. O desmatamento é um dos principais fatores que agravam a situação. “A destruição da Amazônia enfraquece o ciclo das chuvas, impactando o clima não apenas no Brasil, mas em todo o continente. Estamos vivendo uma tempestade perfeita de problemas ambientais”, alerta um especialista.

 

A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) já advertiu que os próximos cinco anos podem ser os mais quentes da história, colocando o Brasil em uma posição de vulnerabilidade ambiental e econômica. Enquanto isso, a população continua a sofrer com as consequências de um clima cada vez mais imprevisível e severo.

 

A crise climática é um lembrete urgente da necessidade de ações coordenadas e decisivas, tanto no Brasil quanto em nível global, para mitigar seus efeitos e proteger os recursos naturais para as futuras gerações.

*Matéria escrita por Gioavanna Cassador

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/noticia/13760/aumento-de-queimadas-ameaca-a-vida-na-caatinga <![CDATA[Aumento de queimadas ameaça a vida na caatinga]] 3j252l /noticia/13760/aumento-de-queimadas-ameaca-a-vida-na-caatinga Fri, 27 Oct 2023 16:49:15 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Ana Gabriela Freire-Editada Por Nick Santos) <![CDATA[Em 2023, o número de focos de incêndio cresceu no bioma. As consequências desse crime ambiental são desastrosas para a biodiversidade.]]> <![CDATA[


A caatinga está ameaçada pelo fogo. O bioma brasileiro teve, na semana de 16 de outubro de 2023, um total de 14,8% dos focos de queimadas no Brasil. Foi um crescimento significativo em relação à semana de 09 de outubro, quando correspondeu a 6,9% dos focos. Mesmo sendo frequentemente retratada pela mídia como um local reduzido a secas constantes, a caatinga tem uma rica biodiversidade de flora e fauna. De acordo com informações do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), 33% da vegetação e 15% dos animais presentes no bioma são endêmicos de seu território. Em outubro deste ano, foi descoberta uma nova espécie de peixe na caatinga do Rio Grande do Norte: o Hypsolebias lulai, cujo nome homenageia o atual presidente Lula. Presente em poças e pequenos corpos d’água, o Hypsolebias lulai faz parte da família Rivulidae, chamada também de peixes-das-nuvens. A nova espécie é ameaçada pela atividade agrícola e pela presença da tilápia, peixe exótico que preda seus ovos e filhotes. Além das espécies raras, a caatinga também tem um papel fundamental para o equilíbrio do meio ambiente no Brasil, já que, segundo a Superintendência de istração do Meio Ambiente (SUDEMA), possui a capacidade de reter gás carbônico (CO2). Dessa forma, o bioma contribui para a redução do aquecimento global.


Em 2023, a caatinga foi o terceiro bioma com mais focos de queimada detectados pelo satélite Aqua, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Do total, 8,9% dos focos foram encontrados na caatinga, ficando atrás somente da Amazônia e do Cerrado. Em relação à 2022, a porcentagem de queimadas no bioma aumentou: era de 7,7% no ano anterior. Segundo a plataforma BDQueimadas, do INPE, os municípios com mais focos detectados foram Pilão Arcado; na Bahia, Floriano; no Piauí, e Campo Alegre de Lourdes; também na Bahia. Os dois estados possuem o maior número de municípios entre os 10 mais afetados pelas queimadas. Eles figuram ao lado de Pernambuco e Ceará. Na Bahia, regiões protegidas também foram afetadas pelas queimadas. A Área de Proteção Ambiental (APA) Dunas e Veredas foi a mais afetada, com 46, 2% dos focos entre todas as áreas monitoradas. A APA Lago de Sobradinho, cujo território se estende pela Bahia e por Pernambuco, teve 28,4% do total. Outras Unidades de Conservação com focos de queimada foram a APA Lagoa de Itaparica e a APA Marimbus/Iraquara, ambas localizadas em território baiano. Em algumas terras indígenas (TIs) da caatinga, focos de incêndios provocados foram detectados pelo satélite Aqua: 15 ao todo. As áreas afetadas foram as TIs Xukuru, Kapinawá e Fulni-ô; em Pernambuco, a Tapeba e a Taba dos Anacé; no Ceará, e a Kariri-Xocó, em Alagoas. O ambientalista Dionísio Carvalho explica que, caso as queimadas continuem nesse ritmo, a caatinga pode nunca voltar ao que era antes: “A caatinga é uma vegetação que só acontece no Brasil. É uma savana e existe a caatinga arbórea, herbácea e arbustiva. Danos de queimadas nela (caatinga) é muito complicado reverter e recuperar a área novamente. Ela provavelmente, quando queimada, vira um deserto, porque já é uma terra com menos recursos comparada a outros biomas. Por exemplo, menos animais do que a floresta da mata atlântica, menos folhas, menos galhos e é uma vegetação que dificilmente vai se recuperar ou que nunca mais vai se recuperar após queimada”. O ambientalista destaca os danos que queimadas e caçadores trouxeram para a biodiversidade da caatinga e acredita que a fiscalização deve aumentar para que a situação mude: “uma fiscalização e leis ainda mais rígidas devem ser feitas porque as pessoas vão deixar de morar na caatinga, inclusive, porque a caatinga está virando deserto”, finaliza.

O Major Dênio Marinho, diretor de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMARH - PI), fala sobre o papel do órgão e sua ações no combate às queimadas: “A SEMARH, através da diretoria de fiscalização vem atuando no combate e prevenção às queimadas, nos biomas que o Piauí possui. Na caatinga não é diferente. Fazemos educação ambiental, treinamento de brigadas com a parceria do corpo de bombeiros e a fiscalização propriamente dita, através do corpo técnico de auditores, inclusive com engenheiros florestais e por vezes, quando necessários, solicitamos o apoio da delegacia de proteção ao meio ambiente”. Marinho esclarece que, enquanto a SEMARH atua no quesito istrativo, aplicando multas e embargos, a delegacia de polícia do meio ambiente lida com os crimes ambientais, realizando flagrantes e encaminhando para a delegacia. Em nota, a diretoria de fiscalização da SEMARH - PI aprofundou mais sobre como são feitas as ações de combate às queimadas:  “Principalmente no segundo semestre de cada ano - período em que as queimadas se intensificam e são mais frequentes - a SEMARH, por meio da Diretoria de Fiscalização, fortalece o trabalho para o combate e prevenção de queimadas no Piauí, especialmente para proteger os biomas do nosso Estado. A pasta vem promovendo a educação ambiental nas comunidades da região da Caatinga, bem como treinamentos de brigadas parceiras com os municípios. Além disso, a pasta distribui frequentemente Equipamentos de Proteção Individual (EPI's) e equipamentos de e às brigadas, de modo que o trabalho em meio ao bioma seja realizado de forma adequada. Também são promovidas ações de repressão, por meio da aplicação de multas e embargos em casos de prática de incêndio florestal e/ou ilegal. Em situações em que se observa que há alguma prática criminosa, o trabalho é de competência da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (DPMA).”

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/noticia/13631/brasil-acima-de-40-graus-entenda-o-fenomeno-que-tem-influenciado-as-ondas-de-calor <![CDATA[Brasil acima de 40° graus dhu entenda o fenômeno que tem influenciado as ondas de calor]]> /noticia/13631/brasil-acima-de-40-graus-entenda-o-fenomeno-que-tem-influenciado-as-ondas-de-calor Sun, 08 Oct 2023 13:28:30 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Alexia Faustino-Editada Por Nick Santos) <![CDATA[Saiba a previsão para outubro e os possíveis impactos do El Niño no aumento da temperatura]]> <![CDATA[Após a onda de calor no último mês, os estados brasileiros devem continuar a enfrentar altas temperaturas em outubro, novembro e dezembro.

Segundo boletim divulgado no último dia 20, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad), a previsão de temperatura para o trimestre atual é de valores acima da faixa normal na maior parte do Brasil. Algumas regiões do país podem chegar a até 3°C acima da média. Confira no mapa abaixo:

  Tendência da temperatura para outubro de 2023 no Brasil (Fonte: Climatempo)

Segundo a Climatempo, outubro será marcado por “aumento da chuva sobre a região Sul e o reforço das condições de diminuição da chuva sobre o Norte e o Nordeste do país.”

O mês que já detêm 8 das 15 maiores temperaturas no Brasil, continuará sob influência do El Niño, fenômeno meteorológico que, segundo a Climatempo, “facilita o surgimento de áreas de alta pressão atmosférica sobre o Brasil, que se forem muito fortes e persistentes, causam bloqueios na atmosfera, afastando as frentes frias e o ar frio, deixando o ar seco e parado numa grande área, por vários dias consecutivos, podendo, então, gerar uma onda de calor”.

Saiba mais sobre o El Niño

O fenômeno corresponde ao aquecimento, acima da média, da água do oceano Pacífico Equatorial, causando alterações na circulação dos ventos e alterando a trajetória normal das frentes frias que surgem da Antártica e se deslocam até a América do Sul.

Conforme a Climatempo, “são as frentes frias que trazem o ar frio de origem polar, que se mistura com o ar que predomina sobre o Brasil “temperando” o ar, baixando a temperatura. É como colocar umas pedras de gelo no chá quente para esfriar.” A alta pressão atmosférica facilitada pelo fenômeno reduz a nebulosidade e deixa o ar mais seco, diminuindo assim as probabilidades de chuva.

“Com pouca chuva e o número de horas de sol forte aumentando, as temperaturas naturalmente já serão mais altas neste mês de outubro. Mas com a presença do El Niño, realmente não dá para descartar a chance de termos novas situações de bloqueio atmosférico, como tivemos em setembro, e aí termos outra onda de calor forte.” explica o meteorologista Vinícius Lucyrio, da equipe de previsão climática da Climatempo.

O El Niño irá atuar durante toda a primavera de 2023 e o verão de 2023/2024, a previsão é de que o cenário mude a partir do outono do ano que vem.

Previsão para o mês de outubro

As regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste terão precipitações provocadas por causa do calor e outros atores meteorológicos, que poderão se transformar em ciclones extratropicais no Sul, temporais e chuvas intensas e irregulares no Sudeste e chuvas abaixo da normalidade na região Centro-oeste.

A região Norte, já fortemente impactada pelo El Niño, também estará sob influência do Atlântico do Norte e do Golfo do México com temperaturas acima do normal. Estes fatores manterão a chuva abaixo da média na região, o que pode aumentar o risco de incêndios na vegetação, além de impactar nos níveis dos rios da bacia amazônica, já abaixo do normal.

Conforme a Climatempo, a previsão para a região Nordeste é de “dias com sol forte, com poucas nuvens e sem pancadas de chuva, tanto no litoral quanto no interior”.

REFERÊNCIAS

Outubro de 2023: Mais chuva no Sul e calorão no Brasil. Climatempo, 2023. Disponível em: . o em: 07, outubro e 2023.

El Niño 2023-2024. Portal Inmet, 2023. Disponível em: < https://portal.inmet.gov.br/s/notastecnicas/El-Ni%C3%B1o-2023_boletim-setembro.pdf>. o em: 06, outubro e 2023.
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/noticia/12901/o-problema-mais-democratico-do-mundo-relatorios-e-especialistas-pedem-urgencia-em-acoes-contra-mudancas-climaticas <![CDATA[“O problema mais democrático do mundo” 5b5s2f Relatórios e especialistas pedem urgência em ações contra mudanças climáticas]]> /noticia/12901/o-problema-mais-democratico-do-mundo-relatorios-e-especialistas-pedem-urgencia-em-acoes-contra-mudancas-climaticas Thu, 06 Apr 2023 22:14:00 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Por Helena Rocha - Editada por Uilson Campos-labdicasjornalismo.informativocarioca.com) <![CDATA[Avaliações mostram que medidas precisam ser tomadas com urgência para que seja possível um futuro para a humanidade]]> <![CDATA[

Reprodução: Imagem de Freepik

Publicado em março, o relatório é validado e desenvolvido pelo Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e mostra, em resumo, uma perspectiva a respeito da situação em que a Terra se encontra em relação ao aquecimento global e outras mudanças climáticas. Conforme aponta o documento, a temperatura do planeta aumentou para 1,1°C, acima dos níveis industriais, tal aquecimento já traz impactos sociais relacionados ao clima, além disso, caso não haja mudanças rápidas, não será possível manter a temperatura em 1,5°C, como foi proposto pelo Acordo de Paris.

 

O IPCC foi criado em 1988 com o objetivo de fornecer avaliações científicas e elaborar relatórios que tratam das mudanças climáticas, de maneira que sejam propostos meios para enfrentamento do problema no âmbito global. Segundo a advogada e especialista em direito ambiental, Dra Luiza Furiatti, o diagnóstico do último relatório foi no viés de que ainda é possível tomar medidas para dimunuir o processo das mudanças, embora não seja possível acabar de vez com o problema.

 

Os impactos no Brasil são sentidos de forma desigual pelas regiões devido a vulnerabilidade de alguns estados em relação a outros. Especialistas entendem que a extensão territorial do país dificulta análises mais precisas, como por exemplo na região norte, onde a população enfrenta de perto as queimadas na Amazônia. Furiatti destaca que qualquer impacto ambiental é sentido primeiramente pela população local e que é necessário a implementação de políticas públicas para dar dignidade para as pessoas: “A situação da Amazônia é bastante complexa, temos fatores sociais relevantes; fatores da falta de fiscalização; fatores de políticas públicas que precisam ser melhoradas como um todo, para a gente conseguir ter um desenvolvimento efetivamente sustentável na região."

 

Essas diferenças extrapolam as fronteiras do país, pois, tratam-se também de uma questão global, isto porque, historicamente, os países em desenvolvimento e de baixa renda foram os que geraram menos impacto global, ficando sob responsabilidade dos países mais ricos a maior parte das emissões prejudiciais lançadas na atmosfera. Por conta disso, hoje é defendido uma espécie de indenização como forma de auxiliar países mais pobres, e consequentemente, os mais atingidos, a se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas, o assunto chegou a ser novamente discutido na COP 27 - Conferência climática da ONU - em 2022, onde foi criado um fundo para compensar "perdas e danos".

 

Ainda considerando o impacto de uma nação sob outra no desmonte ambiental, o projeto Willow proposto pelo governo dos EUA para exploração de petróleo e gás natural no Alasca, foi muito mal recebido; Furiatti entende que o projeto está indo na contramão das buscas pela da troca da matriz energética, que em si, já considera deixar de lado o próprio petróleo: “Não é possível a gente dimensionar quais impactos vai ter, mas com certeza terão impactos negativos, e a gente precisa ver se eles serão possíveis de serem ados ou não”, ressalta.

 

Furiatti considera ainda que a velocidade das mudanças para ação de enfrentamento esbarra na questão comportamental e cultural, o que impacta diretamente produção, matriz energética, custos, e outros processos: “Tudo isso não acontece na velocidade que a gente gostaria e que as mudanças do clima exigem”, diz. Levando esse ponto em consideração, entende-se os traços de urgência que o relatório e movimentos ambientais destacam, ao enfatizarem a necessidade de mudanças rápidas. 

 

Essa demanda por agilidade para resolver a questão, ainda encontra no caminho problemas de comunicação e falsas notícias que negligenciam evidências climáticas e avaliação de especialistas: “A gente precisa combater as coisas com ciência, independente que a pessoa acredite ou não que essas alterações climáticas estão acontecendo por conta das ações humana, elas estão acontecendo”, destaca. 

 

Por último, a advogada ainda ressalta que as mudanças climáticas são "o problema mais democrático do mundo”, isso porque, em certo tempo atingirá todas as nações, ricas e pobres, e adverte sobre a importância de se haver um comprometimento individual para enfrentamento.

 

Referências:

 

ALMEIDA, Arthur.  Relatório aponta desafios e oportunidades para o Brasil na crise climática. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/um-so-planeta/noticia/2023/03/relatorio-aponta-desafios-e-oportunidades-para-o-brasil-na-crise-climatica.ghtml

BARROS, Fernanda. Queimadas no Brasil: Amazônia e Cerrado concentram 95% da área destruída em 2022. Disponível em: https://labdicasjornalismo.informativocarioca.com/esg/queimadas-brasil-amazonia-cerrado-area-destruida-2022/.


BBC. Projeto Willow: o que prevê a polêmica exploração de petróleo no Alasca. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/03/17/projeto-willow-o-que-preve-a-polemica-exploracao-de-petroleo-no-alasca.ghtml.


CLIMAINFO. Relatório Síntese do IPCC (AR6). Disponível em: https://climainfo.org.br/2023/03/19/ipcc-cinco-verdades-sobre-a-crise-climatica/.


ECOA OUL. Willow: projeto americano gera alerta e pode acabar com o Alasca. Disponível em: https://labdicasjornalismo.informativocarioca.com/ecoa/ultimas-noticias/deutsche-welle/2023/03/15/willow-projeto-americano-gera-alerta-e-pode-acabar-com-o-alasca.htm


IPCC. AR6 Synthesis Report. Climate Change 2023. Disponível em: https://www.ipcc.ch/report/ar6/syr/.


NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Acordo de Paris sobre o clima. Disponível em: https://labdicasjornalismo.informativocarioca.com/pt-br/88191-acordo-de-paris-sobre-o-clima


NAÇÕES UNIDAS BRASIL. COP27: o que você precisa saber sobre a Conferência do Clima da ONU. Disponível em: https://labdicasjornalismo.informativocarioca.com/pt-br/205789-cop27-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber-sobre-confer%C3%AAncia-do-clima-da-onu.


NEVES, Ernesto. Novo relatório do IPCC afirma que aumento do nível do mar é inevitável. Disponível em: https://labdicasjornalismo.informativocarioca.com/agenda-verde/novo-relatorio-do-ipcc-afirma-que-aumento-do-nivel-do-mar-e-inevitavel/


PAREJO, Luiz Carlos. Mudanças climáticas - Impacto do aquecimento global no Brasil. Disponível em: https://labdicasjornalismo.informativocarioca.com/disciplinas/geografia/mudancas-climaticas-impacto-do-aquecimento-global-no-brasil.htm


PEIXOTO, Roberto. IPCC: ações urgentes contra mudanças climáticas ainda podem garantir ‘futuro habitável’ na Terra. Disponível em: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/03/20/ipcc-acoes-urgentes-contra-mudancas-climaticas-ainda-podem-garantir-futuro-habitavel-na-terra.ghtml.

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/noticia/12753/fim-da-era-tupa-supercomputador-do-inpe-deve-ser-substituido-por-nova-maquina-ate-o-fim-do-ano <![CDATA[Fim da era Tupã 5r6v13 Supercomputador do Inpe deve ser substituído por nova máquina até o fim do ano]]> /noticia/12753/fim-da-era-tupa-supercomputador-do-inpe-deve-ser-substituido-por-nova-maquina-ate-o-fim-do-ano Wed, 22 Mar 2023 15:21:15 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Maria Eduarda Pinto-Editado por Bruna Nunes) <![CDATA[Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais planeja investimento milionário para garantir previsões de chuva mais exatas ainda em 2023 ]]> <![CDATA[

O Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - abriu edital para a compra de um novo supercomputador, o Monan. Com o uso de inteligência artificial, o aparelho deve ser capaz de prever a hora, localização e volume exatos da chuva no Brasil e na América do Sul. A previsão é de que a nova aquisição substitua o Tupã - atual aparelho utilizado pelo Instituto - até novembro de 2023. 

Comprado há mais de 10 anos, o Tupã já sofria com a defasagem tecnológica e ausência de reparos. Segundo o geógrafo Antônio Sócrates Portela, o atraso na atualização do aparelho é parte do processo de sucateamento da estatal. “O Brasil não tem essa tradição em investimentos tecnológicos para desenvolvimento urbano”, completou Portela.

Com aparelhos ultraados para prever as alterações climáticas, o Brasil assistiu aos impactos da falta de investimento científico e tecnológico no que diz respeito à prevenção de desastres. As eternizadas “Águas de Março” que findam o verão e dão início ao outono brasileiro, há anos, têm sido sinônimo de fortes chuvas e desastres envolvendo alagamentos e deslizamentos de terra por todo o território nacional. 

Causando acidentes e mortes ao redor do país, os temporais não vêm sendo previstos com exatidão e antecedência o suficiente há algum tempo. A expectativa dos especialistas do Inpe é diminuir os erros nas antecipações climáticas e minimizar os desastres. De acordo com a doutora em ecologia Luisa Viegas, o trabalho de minimização dos desastres não deve acontecer por meio dos aparelhos de previsão. Ainda segundo Viegas, "aparelhos são úteis para gerar dados informativos, os quais precisam ser aplicados em políticas públicas para promover a resiliência das cidades. São essas políticas que podem evitar desastres ou minimizar seus impactos".

Nas zonas periféricas das grandes metrópoles brasileiras, a chuva é sinônimo de perigo e noites sem dormir. Em Pernambuco, no ano de 2022, a Prefeitura do Recife registrou cerca de 3.828 pessoas desabrigadas e mais de 50 óbitos depois de um temporal que se tornou o maior desastre natural da história do estado.

O caso da cidade de Manaus mostra que as sequelas das chuvas continuam a se repetir de Norte a Sul do Brasil. Em situação de emergência, a capital amazonense registrou 8 mortes e mais de 100 chamados na Defesa Civil por conta dos deslizamentos de terra ocorridos em 12 de março deste ano.

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/noticia/12637/economia-vs-meio-ambiente-biden-deve-tomar-uma-decisao-em-breve-sobre-projeto-willow <![CDATA[Economia vs. Meio Ambiente 2w257 Biden deve tomar uma decisão em breve sobre Projeto Willow]]> /noticia/12637/economia-vs-meio-ambiente-biden-deve-tomar-uma-decisao-em-breve-sobre-projeto-willow Sat, 11 Mar 2023 17:03:00 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Maria Eduarda Pinto -Editado por: Bruna Nunes) <![CDATA[Em trâmites para uma futura aprovação, projeto divide opiniões entre empresários e ambientalistas nos Estados Unidos]]> <![CDATA[

Até o final de março, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve julgar a aprovação do Projeto Willow, um grande empreendimento de exploração de petróleo proposto pela ConocoPhillips, que movimentaria bilhões de dólares no distrito de North Slope, dentro da Reserva Nacional de Petróleo do Alaska. 

Descoberto em 2016, o petróleo da região pretende gerar, por meio do projeto, cerca de 600 milhões de barris de óleo. Porém, investimento ainda gera controvérsias em relação aos impactos ambientais causados pela atividade petroleira. Em North Slope, parte da população afirma que a aprovação geraria empregos e movimentação de renda por meio dos impostos, enquanto outros defendem que o modo de vida da região - que se sustenta da caça e da pesca - seria fortemente afetado pelas ações contra o ecossistema. Entre os possíveis danos, estão o vazamento de petróleo e o aumento exponencial do efeito estufa.

Entretanto, não só os moradores de North Slope se manifestaram em relação aos impactos ambientais da implementação do projeto. Nas redes sociais, mais de três milhões de s foram recolhidas na petição "Stop the Willow Project" ("pare o Projeto Willow", traduzido do inglês), do site Change.org, e milhares de vídeos e mensagens foram publicados contra a aprovação do projeto. 

Os especialistas também defendem que o projeto não seria prejudicial apenas para o ecossistema local, mas para a crise climática como um todo. Segundo informações estimativas do próprio governo norte-americano, o investimento poderia gerar mais de 9 milhões de toneladas de carbono por ano. Números que assustam, principalmente levando em conta as metas climáticas apoiadas por Biden em relação ao Acordo de Paris. 

Em fevereiro de 2021, Biden classificou as mudanças climáticas como uma pauta importante de seu governo: "Vamos combater as mudanças climáticas de uma maneira que nunca fizemos antes". Dois anos depois, em caso de uma possível aprovação, o presidente pode retroceder em relação às metas climáticas e promessas de campanha, nas quais afirmou acabar com novos empreendimentos de petróleo em terras públicas. 

Atualmente, o governo do democrata busca encontrar pontos de concessão no projeto. A esperança é de que a redução de locais de perfuração ou limitar a capacidade produtiva do projeto possam diminuir as controvérsias e impactos ambientais da sua aprovação. 

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/noticia/12452/garimpo-ilegal-nas-terras-yanomami-ameaca-seguranca-alimentar-de-indigenas <![CDATA[Garimpo ilegal nas terras Yanomami ameaça segurança alimentar de indígenas ]] u4s50 /noticia/12452/garimpo-ilegal-nas-terras-yanomami-ameaca-seguranca-alimentar-de-indigenas Mon, 20 Feb 2023 12:00:45 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Nicoly Monteiro -labdicasjornalismo.informativocarioca.com) <![CDATA[Entenda como a prática afeta os povos da região]]> <![CDATA[ A Força Aérea Brasileira (FAB) prorrogou os prazos para a saída dos garimpeiros das terras Yanomami, em Roraima, por meio da liberação de voos privados, até o dia 06 de maio. A decisão inicial terminaria na segunda- feira, (13/02).

A operação federal procura criar bloqueios para impedir a continuação da prática de garimpo ilegal, nas regiões de reserva indígena. A medida está sendo tomada após a declaração de emergência de saúde dada pelo governo federal no dia 20 de janeiro. Até então, o Ministério dos Povos Indígenas estima que cerca de 570 crianças Yanomami morreram devido à contaminação por metais pesados- principalmente o mercúrio-, fome, além do aumento dos casos de malária na região.

Garimpo na região
  O garimpo ilegal se propaga na região amazônica desde a década de 1980, sobretudo nas regiões de reserva indígena. Essa atividade continua até os dias de hoje, devido ao desmonte de fiscalização ambiental e a uma regulamentação antiga, que acaba por criar diversos conflitos. 
  O território Yanomami é um dos maiores da Amazônia. A terra indígena possui 10 milhões de hectares e se estende nos estados de Roraima e Amazonas. Apesar de ser extenso, é onde mais se registra a presença da atividade ilegal. De acordo com a Hutukara Associação Yanomami (HAY), estima-se que há cerca de 20 mil garimpeiros explorando a área ilegalmente. Um número quase equivalente a quantidade de moradores nas comunidades Yanomami, em média 30 mil.
  Em entrevista ao Podcast Mano a Mano, apresentado pelo rapper Mano Brown, a atual Ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara falou sobre a situação de insegurança dos povos Yanomami na questão do plantio de alimentos para as aldeias:
  “Eles acabam não tendo segurança, liberdade de andar no próprio território e buscar o que comer, como faziam antigamente [...] Agora, com a chegada dos garimpeiros, não conseguem mais produzir seu próprio alimento”.
  Sônia ainda falou sobre a questão da água e que devido a grande extração de minério da região, quase todos os rios estão contaminados por mercúrio. Além dos casos de desnutrição, o consumo de água não potável acomete os indígenas a verminoses.  ]]>
/noticia/11930/gamboa-do-jaguaribe-conheca-o-sitio-ambiental-e-historico-que-promove-o-resgate-da-cultura-indigena-na-zona-norte-de-natal <![CDATA[Gamboa do Jaguaribe v5729 conheça o sítio ambiental e histórico que promove o resgate da cultura indígena na zona norte de Natal]]> /noticia/11930/gamboa-do-jaguaribe-conheca-o-sitio-ambiental-e-historico-que-promove-o-resgate-da-cultura-indigena-na-zona-norte-de-natal Mon, 12 Sep 2022 21:49:30 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Elaine Brito -editado por Larissa Nunes) <![CDATA[Uma aldeia indígena localizada dentro da cidade é um convite para sairmos da zona de conforto e olhar para dentro enxergando as nossas raízes ]]> <![CDATA[

Quando você ouve falar em Natal, cidade localizada na região nordeste do Brasil, o que te vem à cabeça primeiro? Natal é a cidade do sol! Da ginga com tapioca! Tem praias lindas! Ou ainda, a importância estratégica que a cidade teve durante a Segunda Guerra Mundial, quando serviu de base militar para os norte-americanos.

Todas as afirmações são verdadeiras, mas o que muitas pessoas não sabem é que Natal possui um importante espaço dedicado à preservação da natureza e estudo  da cultura indígena, e questões socioambientais. Trata-se do sítio histórico e ecológico Gamboa do Jaguaribe, localizado no bairro da Redinha, zona norte de Natal.

O projeto foi idealizado por Iran Medeiros, que desde muito cedo frequentava a região onde se localiza a Gamboa e ficava irado com tanta vida e natureza ali cultivadas, só que tempos depois, ele viu que aquele bioma estava ameaçado tanto pela exploração imobiliária que destruía a mata ciliar, como pela prática da carcinicultura, que colocava em risco o manguezal e ao se deparar com tal situação, Iran decidiu comprar a área para preservá-la. 

Gamboa significa ‘braço de rio’ e jaguaribe quer dizer ‘no rio do jaguar’. A Gamboa do Jaguaribe é um dos braços do Rio Potengi, que banha o bairro de Igapó, antigamente chamado de  Aldeia Velha, que foi moradia dos índios potiguares, primeiros habitantes da cidade, inclusive o mais ilustre deles, Potiguassu, viveu lá. 

Na Gamboa do Jaguaribe, o visitante tem a oportunidade de conhecer as ocas, habitações indígenas, que são usadas como instrumento pedagógico, onde ele não apenas ouve histórias sobre a cultura desse povo, mas vivencia experiências como estar no ambiente natural do índios, conhecer utensílios usados por eles, provar a sua culinária, ver como obtinham o alimento. É uma oportunidade única de conexão, ou melhor, reconexão com as nossas raízes. O sítio está localizado dentro da oitava Zona de Proteção Ambiental da cidade de Natal, a ZPA 8.

Sítio ecológico preserva culturas indígenas e biodiversidade em Natal

A oca Okagûasu é uma das seis bioconstruções que compõem o espaço da Gamboa do Jaguaribe.
(Foto: Reprodução/ G1 - Globo)


No espaço das Ocas também funciona o Cineoka, projeto que tem como objetivo a preservação cultural, através da exibição de filmes sobre as diversas tribos indígenas do RN e de outros estados, divulgando e fortalecendo a preservação dessas etnias. Dentro dessa programação também tem as rodas de peteca e exposição de artefatos produzidos na gamboa, como por exemplo o arco e flecha.

No sítio também é possível participar das oficinas de construção, onde o visitante aprende a confeccionar artefatos indígenas como peteca e maracá (instrumento musical de guerra).Também são realizados mutirões anuais para o plantio de árvores e mutirão de limpeza na área do mangue, estudo de línguas indígenas como o tupi e a variação tupi-guarani, e o que é muito interessante e uma forma de manter  viva a cultura indígena, produzem um zine de circulação semanal com notícias internas e escritas na língua guarani.

Na Gamboa são servidas comidas típicas como tapioca, beiju, amendoim torrado e pipoca. O espaço onde esses alimentos são oferecidos chama-se ‘tembiu oca’, que em tupi guarani quer dizer, ‘casa da comida’ e na língua portuguesa seria o nosso conhecido restaurante.

Dentre a riqueza da flora do sítio, podemos citar plantas como mutamba, sucupira, timbaúba, pau-brasil, jucá, jurema, pitangua, entre tantas outras.O lago, que antes era um viveiro de camarão, foi tratado e nele inserida várias espécies nativas de peixes como piaba, traíra, pitu e  mussum. Já o outro lago, também teve seu viveiro de camarão desativado, e foi reflorestado com a plantação de mangues. Além de todas essas atividades, o visitante ainda tem a oportunidade de fazer eco trilhas pela mata atlântica, tomar banho de rio, e ear de barco.

O sítio recebe escolas, professores, pesquisadores, moradores, turistas e quem tiver interesse em conhecer o espaço e somar para a sua preservação. Uma das prioridades da equipe, é manter viva a cultura dos grupos indígenas que ainda vivem no Rio Grande do Norte, e para tanto, eles têm a preocupação de divulgar durante a visita de grupos escolares, a Lei 11.645, de 10 de março de 2008, que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena afrobrasileira, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

 

Sítio histórico e ecológico Gamboa do Jaguaribe

Rua Portinho S/N - Bairro Redinha

Natal/RN

Brasil

 

Railda (84) 98838 0585

Ta'angahara (84) 99837 6368

[email protected]


                                   

O vídeo conheça a Gamboa do Jaguaribe, apresenta o sítio histórico e as suas riquezas, contadas por quem luta para que essa patrimônio ambiental e histórico tenha o devido valor.
(Reprodução: TodoNatalense - You Tube)




 

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/noticia/11271/pesquisadores-da-ufrn-e-da-ufpa-lancam-site-preserv-acao <![CDATA[Pesquisadores da UFRN e da UFPA lançam site Preserv 4i1q38 Ação]]> /noticia/11271/pesquisadores-da-ufrn-e-da-ufpa-lancam-site-preserv-acao Mon, 23 May 2022 12:30:00 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Lucas Aguiar-Editado por Maria Paula Ramos ) <![CDATA[Plataforma é composta por um grande banco de dados sobre comunicação, ciência e meio ambiente.]]> <![CDATA[

O Grupo de Pesquisa em Comunicação, Ciência e Meio Ambiente (Preserv-Ação) vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mída (PPgEM) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCOM) da Universidade Federal do Pará (UFPA), acaba de lançar um banco de dados sobre o agronegócio brasileiro e sua relação com a mídia e à política nacional. O site já está disponível e pode ser ado pelo link https://grupopreservacao.com.br.

 

O site reúne um vasto banco de dados sobre projetos de leis relacionados ao agronegócio, produções acadêmicas e outros conteúdos de divulgação científica acerca da temática ambiental e da Amazônia. 

 

Quem visitar o site poderá visualizar imagens, conteúdo humorístico e vídeos sobre campanhas que envolvem temas como agricultura e políticas públicas, além de consultar mais de 140 publicações de diversos segmentos de análise. 

 

Além disso, o site apresenta resultados e dá prosseguimento à ampliação e à consolidação da base teórica, analítica e metodológica inerente às pesquisas que investigam a produção de sentidos no cotidiano a partir do discurso midiático na inter-relação entre comunicação, ciência e meio ambiente.

 

As principais atividades desenvolvidas pelos pesquisadores do Preserv-Ação são: produção de artigos científicos, peças radiofônicas, análise de dados e atividades relacionadas às áreas de interesse da pesquisa, leituras direcionadas, participação e organização de eventos científicos.

 

O projeto, que tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é coordenado pela professora Luciana Miranda do Departamento de Comunicação Social da UFRN. Ademais, através do site também é possível ar as redes sociais do grupo de pesquisa e conhecer melhor sobre as produções científicas de todos os membros que colaboram para os estudos do Preserv-Ação. 

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/noticia/10733/desmatamento-e-agronegocio-a-desvalorizacao-de-terras-e-o-lucro <![CDATA[Desmatamento e agronegócio 3o2u4p a desvalorização de terras e o lucro]]> /noticia/10733/desmatamento-e-agronegocio-a-desvalorizacao-de-terras-e-o-lucro Mon, 07 Mar 2022 14:53:30 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Juliana Valillo-Editado por Julia dos Santos) <![CDATA[Entenda os riscos do desmatamento de vegetação nativa de 93,5% dos municípios brasileiros para a benefício do mercado agro]]> <![CDATA[O Instituto Escolha realizou um estudo que mostra que 93,5% dos municípios no Brasil tiveram seus territórios desvalorizados por causa do desmatamento. O agronegócio se beneficia com essa prática, que pode causar prejuízos em terras e danificar o meio ambiente.
 
A destruição da vegetação nativa para a ocupação da agricultura ou pecuária é uma prática ilegal, denunciada com frequência nas regiões do Cerrado e da Amazônia. O desmatamento não é a única prática da qual o agronegócio se beneficia. Um outro estudo feito pelo Instituto Escolhas aponta que o agro se favorece da queda do valor das áreas para a expansão de seus negócios:
 

“Se você é produtor e aumentou sua área de cultivo no período de 2006 a 2017, o desmatamento foi um subsídio para a aquisição das suas terras, mesmo que você não tenha derrubado uma só árvore.” - Instituto Escolhas

 
As pesquisas feitas em parceria com pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e da Universidade de São Paulo (USP) revelam que, ao desvalorizar as terras, o desmatamento favorece somente os produtores que possuem condições de estender sua área cultivada, excluindo aqueles que não têm as mesmas condições, devido às limitações financeiras, escala, de gestão, força de trabalho e oferta de terras. A cientista social, gerente de Portfólio do Escolhas e coordenadora-geral do estudo, Jaqueline Ferreira, acrescentou sobre o assunto:
 

“O desmatamento continua sendo prática corrente para a expansão da fronteira agropecuária. E são os grandes produtores do agronegócio que se aproveitam da desvalorização das terras." - Jaqueline Ferreira, gerente de portfólio do Instituto Escolhas

 
De acordo com os pesquisadores da rede de mapeamento MapBiomas, entre os anos de 1985 e 202, o Brasil perdeu 82 milhões de hectares de vegetação nativa. No mesmo período, áreas equivalentes a 81 milhões de hectares foram ocupadas pela agropecuária. Biomas como o do Cerrado e da Amazônia foram os mais afetados por essa expansão da agropecuária, que desmatou 44 milhões de hectares 81 milhões de hectares na Amazônia e 27 milhões de hectares no Cerrado. Especialistas indicam que a incorporação de novas áreas é uma das estratégias utilizadas pela agropecuária brasileira para aumentar sua produção. Segundo eles, o problema é que tal expansão tem ocorrido por meio de desmatamento, legal ou ilegal.

Os impactos financeiros do desmatamento
 
O desmatamento que aconteceu entre anos de 2011 e 2014 fez com que as terras brasileiras valessem, em 2017, R$ 136,7 bilhões a menos do que custariam sem a remoção da vegetação nativa. A queda de 5% corresponde a uma redução média de R$ 391,00 por hectare. Os pesquisadores indicam que a desvalorização das terras atingiu R$83,5 bilhões ou 25% do seu valor total em 2017 nos municípios em que ocorreu a expansão da fronteira, equivalendo a uma diminuição média nos preços de R$985 por hectare.
 
Além disso, o preço dos 60 kg de soja teve uma diminuição em seu preço médio de R$3,10 pelo desmatamento, ou seja, foram -4,5% em relação a 2017. O decrescimento ocorreu de modo mais intenso nos munícipios caracterizados como região de expansão. Isso sinaliza uma enorme expansão na área da agropecuária, com uma significativa vegetação nativa restante, mas até então com pouca produtividade agropecuária. A prática resulta no aumento das taxas de desmatamento. Um estudo aponta que:

De acordo com o Instituto Escolhas, com a ausência do desmatamento ocorrido de 2011 a 2014, o preço da soja em 2017 seria, em média, 22% maior do que o observado.

Os dados também apontam que 93,5% (5.218) dos municípios sofreram uma perda do preço de suas terras pelo desmatamento, porém apenas 61 deles (1,15%) concentraram metade da desvalorização completa de território no país. Os 61 municípios registraram 28% do desmatamento entre os anos de 2006 a 2017, no que se refere ao total de municípios em que as terras perderam o seu valor.
 
As perdas ambientais

Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima e ambientalista, destaca que as perdas causadas pelo descontrole fundiário ao país e afirma:
 

 “O desmatamento empobrece o país porque prejudica o comércio internacional, porque atrasa a mudança para modelos de produção mais sustentáveis. O estudo ajuda a mostrar que a floresta em pé pode ser um negócio melhor do que a floresta derrubada” - Márci0 Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima

 
Um estudo feito aponta que outros fatores proporcionaram ganhos muitos grandes na produção agropecuária do que o desmatamento, como o o à tecnologia, à internet, orientação técnica e a infraestrutura adequada. Além de, indicar algumas medidas que possam desvincular o setor agropecuário do desmatamento: o rastreamento dos fornecedores das cadeias produtivas, o registro e georreferenciamento obrigatório dos terrenos, com o monitoramento e regulamento oficial dos dados.]]>
/noticia/10558/decreto-da-mineracao-artesanal-estimula-o-garimpo-ilegal-avalia-greenpeace <![CDATA[Decreto da ‘mineração artesanal’ estimula o garimpo ilegal 2w4y3o avalia Greenpeace]]> /noticia/10558/decreto-da-mineracao-artesanal-estimula-o-garimpo-ilegal-avalia-greenpeace Mon, 21 Feb 2022 01:12:30 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Leonardo Pereira-Editado por Maria Paula Ramos ) <![CDATA[A criação do programa de incentivo à mineração em pequena escala tem o propósito de desenvolvimento regional e nacional, diz o governo]]> <![CDATA[O presidente Jair Bolsonaro (PL) aprovou o decreto 10.966 que cria o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala, o Pró-Mape, com a intenção de incentivar a mineração artesanal e em pequena escala, e com a finalidade de desenvolvimento sustentável regional e nacional, com prioridade na região da Amazônia Legal.

Além desse ato, Bolsonaro também assinou o decreto 10.965 que facilita a outorga e atos processuais sobre empreendimentos de mineração de pequeno porte, o que dificulta a penalização de garimpeiros.

Após a publicação do decreto no Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira (14), rapidamente organizações defensoras do meio ambiente se manifestaram contra a outorga desse ato que é visto como um incentivo para a mineração predatória e legalizar o garimpo já praticado em áreas reservadas.

MINERAÇÃO CRESCEU 564%
Um levantamento feito pela ONG MapBiomas divulgado em 2021 mostra que a área ocupada pela mineração cresceu mais de 6 vezes entre 1985 e 2020. O dado expressa o salto de 31 mil hectares em 1985 para um total de 206 mil hectares no ano ado, um aumento de 564%.

Em 2020, três de cada quatro hectares minerados no Brasil estavam na Amazônia. O bioma concentra 72,5 % de toda a área, incluindo a mineração Industrial e o garimpo. São 149.393 ha; destes, 101.100 ha (67,6%) são de garimpo. A quase totalidade (93,7%) do garimpo no Brasil concentra-se na Amazônia. No caso da mineração industrial, o bioma responde por praticamente a metade (49,2%) da área ocupada por essa atividade no País. 

Entusiasta do garimpo e filho de ex-garimpeiro, Jair Bolsonaro já apoiava na campanha presidencial a mineração em terras indígenas e quilombolas. E agora com a criação do Pró-Mape, Bolsonaro cumpre uma promessa de campanha e acena para a reeleição, com um palanque nada discreto, e tampouco benéfico para o meio ambiente.

No ano ado, a invasão de centenas de balsas no Rio Madeira (AM), e nos territórios Munduruku e Sai Cinza, no Pará, que tiveram 600 quilômetros de corpos d’água destruídos pela atividade predatória, mostraram como a fiscalização de órgãos e agentes fiscalizadores como o IBAMA, e o Ministério do Meio Ambiente é inapta para impedir que a atividade garimpeira ilegal prospere. Dragas atracam no Rio Madeira, próximo ao município de Autazes. — Foto: Silas Laurentino   Para Danicley Aguiar, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil, o decreto que a cria o Pró-Mape é uma medida do governo para continuar explorando a Amazônia sem responsabilidade ambiental:
 

“Desde o início do seu governo, Bolsonaro prometeu medidas que fragilizam as leis de proteção ambiental. Este decreto é mais um exemplo disso ao estimular a existência e as práticas de garimpo ilegal em áreas protegidas. Isso tudo terá um efeito devastador no vale tudo que virou a epidemia de garimpo na Amazônia”.

Apesar da fiscalização prometida pelo governo federal, através da criação de uma comissão interministerial, o que é visto hoje, na prática é uma vigilância aquém do ideal por parte do IBAMA e do Ministério do Meio Ambiente.

Na câmara dos deputados, a bancada do PSOL (oposição) protocolou na terça-feira (15) um projeto para derrubar o decreto aprovado pelo presidente Bolsonaro. Para Sâmia Bomfim, líder da bancada do PSOL, a Câmara dos Deputados precisa impedir que Bolsonaro facilite o garimpo predatório ao invés de combatê-lo.

“É criminoso esse novo decreto que, numa canetada, quer abrir ainda mais espaço para o garimpo, que faz uso descontrolado de mercúrio, promove impactos ambientais graves, coloca em risco rios, solo e territórios de povos tradicionais, e a saúde de toda uma população”, aponta a parlamentar.

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/noticia/10556/desmatamento-na-amazonia-cresceu-56-6-nos-ultimos-tres-anos-diz-ipam <![CDATA[Desmatamento na Amazônia cresceu 56 6o4r2g 6% nos últimos três anos, diz IPAM]]> /noticia/10556/desmatamento-na-amazonia-cresceu-56-6-nos-ultimos-tres-anos-diz-ipam Sun, 20 Feb 2022 22:40:30 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Cáritas Damasceno-Editado por Maria Paula Ramos ) <![CDATA[Estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia indica escalada alarmante do desmatamento entre 2019 e 2021]]> <![CDATA[Nos últimos três anos as taxas de desmatamento na Amazônia cresceram 56,6% em relação ao mesmo período dos anos anteriores. É o que mostra o estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), divulgado por meio de uma nota técnica no dia 2 deste mês. De acordo com a nota, o Amazonas superou o Mato Grosso como segundo maior estado que desmata, e o Pará segue sendo o líder em território desmatado desde 2017.
  Os dados divulgados apontam que a maior parte das áreas desmatadas encontram-se em territórios que deveriam estar destinados a conservação ou uso sustentável. Entre 2019 e 2021 as derrubadas em Áreas Protegidas foram 80% maiores entre 2016 e 2018, sendo que em Terras Indígenas foi registrado um aumento de 153%, o equivalente a 1.255 km² de área desmatada, e Unidades de Conservação tiveram alta de 63,7%, segundo o estudo.

Do total de desmatamento do último triênio, 51% se concentrou em terras públicas, sendo 83% dessas de reponsabilidade do governo federal. Isso porque essas terras são alvos constantes de grilagem, que acontece através do registro ilegal como propriedade particular no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (CAR).

 Por se tratar de um sistema autodeclaratório, grileiros desenham no sistema supostos imóveis rurais nas florestas públicas não destinadas, para simular um direito sobre a terra que eles não têm. Este processo envolve o desmatamento de muitos hectares de terra e a ocupação com gado e lavouras de soja, sendo, portanto, um processo de alto custo realizado principalmente por grandes produtores do setor agropecuário.

Mas a escalada da destruição no bioma Amazônia pode resultar em sérias consequências ambientais e econômicas. Roberta del Giudice, secretária-executiva do Observatório do Código Ambiental, alerta para os impactos sobre o regime de chuvas, a perda da biodiversidade e as mudanças na perspectiva econômica da região.

A partir do momento em que você tem perda de biodiversidade, você está impedindo que novas descobertas cientificas e de mercado aconteçam. Além disso, o impacto no regime de chuvas acontece em todo o território brasileiro provocando a redução da produtividade. Então tem um impacto econômico muito grande, além do impacto social, porque muitas pessoas vivem na floresta, e da floresta, esclarece.


Na nota, os pesquisadores do Ipam elencaram as seguintes razões para a escalada alarmante na degradação da Amazônia: o enfraquecimento da governança ambiental, decorrente dos cortes orçamentários nas instituições responsáveis pela fiscalização; as substituições de diretores e de chefes de operação exitosas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis); as alterações no processo de autuação e de flexibilização das penalidades aos infratores ambientais; a desmobilização das instâncias de governança e de participação social nas políticas públicas; e a desarticulação institucional nas operações de comando e controle decorrentes do empoderamento do Exército Brasileiro para realizar a fiscalização.

Roberta del Giudice vai além, e aponta para responsabilidade do discurso que fomentou as condições para que essas ações fossem realizadas. Ela cita como o exemplo a fala do presidente Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, em que o presidente, ainda candidato, afirma que se eleito não haveria "um centímetro  a mais de terra para quilombola ou reserva indígena”.  De acordo com Roberta:

O aumento do desmatamento em terra indígena e unidade de conservação demonstra o efeito de uma política contrária a esse tipo de conservação. 

Se você tem um discurso que desqualifica a proteção ambiental e questiona as questões relacionadas as mudanças climáticas, que não pensa em floresta Amazônica como um potencial econômico que ele representa. Então esses dados refletem a prática e o discurso. O discurso em que não se valoriza a floresta e a prática que desqualifica os meios de controle desse desmatamento acrescenta.


Para mitigar o avanço do desmatamento, o IPAMm recomenda a elaboração de estratégias que devem ser iniciadas pelo restabelecimento do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDAM), e o reforço aos Planos Estaduais de Prevenção e Controle do Desmatamento (PPCDs). Além disso, os pesquisadores recomendam a destinação de florestas públicas para a conservação, a incentivos econômicos para conservação de ativos florestais privados, assistência técnica e incentivos pra agricultores familiares, e a priorização de investigações sobre crimes ambientais, dentre outras medidas.  ]]>
/noticia/10446/veganismo-a-tendencia-que-chegou-para-ficar <![CDATA[Veganismo 5h204f a Tendência que chegou para ficar!]]> /noticia/10446/veganismo-a-tendencia-que-chegou-para-ficar Mon, 14 Feb 2022 15:18:00 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Gabriel Ferreira-Editado por Marcilio Araripe) <![CDATA[Muitas pessoas acham que o Veganismo e o Vegetarianismo são a mesma coisa, mas não. O Veganismo é um estilo de vida em ascensão. A tática vai muito além de não comer carne, os praticantes evitam ingerir qualquer coisa que tenha um ingrediente animal, o que é válido também para produtos de beleza e limpeza. Enquanto a prática vegetariana prevê uma dieta sem carne, seja ela bovina, de frango, peixe ou outro animal. Ovo, leite e derivados podem ser consumidos.

De acordo com uma pesquisa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), em 2018, 14% da população brasileira considerava-se vegetariana e vegana. Diversas celebridades são praticantes tanto do veganismo quanto do vegetarianismo e evitam produtos de originadas do animal. Famosos como Felipe Neto, Gabriel Medina, Joaquin Phoenix e Greta Thunberg são alguns dos ativistas. Além deles, o Fundador da Microsoft, Bill Gates, defende a causa, alertando sobre o consumo contínuo de carne, prejudicial ao aquecimento global e a saúde.

A alimentação também é um fator essencial para o prosseguimento da causa. Empresas como Burger King, Bobs e MC Donalds tem apresentado variedades veganas em seu cardápio, apropriada para pessoas que lutam por um planeta com menos uso de origem animal. O “Açougue Vegano”, rede de franquias de restaurantes veganos do Brasil, tem visto a sua demanda crescer frequemente. A ideia veio dos amigos Celso Fortes e Michelle Rodriguez que, na época estudantes de gastronomia, começaram a elaborar receitas que fossem realmente saborosas e convencessem os paladares mais exigentes de que a carne não é assim tão essencial.

As receitas impressionam até quem não abdicou do consumo da carne, que inclusive hoje representa 58% dos clientes da rede. Um dos pratos de maior sucesso é a coxinha de jaca, premiada pela Sociedade Vegetariana Brasileira. Além da coxinha, o espetinho de soja, a feijoada vegana, a moqueca de banana da terra, além de uma linha de congelados para ser preparada em casa são alguns das opções ofertadas no cardápio pelo estabelecimento.

NUTRICIONISTA FALA SOBRE O VEGANISMO:

Para o Nutricionista Rafael Gomes, o Veganismo ajuda positivamente na vida das pessoas, mas ressalva duas questões importantes para quem faz parte do movimento: “a primeira é a importância de consumir todos os nutrientes necessários ao corpo humano e não ficar comendo sempre as mesmas coisas que, às vezes, são muito industrializadas/com alto teor de gordura e, a segunda, é a necessidade de buscar um profissional da nutrição para verificar os resultados dos exames bioquímicos e as necessidades individuais”, alerta o profissional.

Já para o Ygor Freitas, programador e ex-vegano, não existe veganismo em excesso. “É um estilo de vida que vai muito além da alimentação como muitos pensam. E não há efeitos negativos na saúde pra quem segue uma alimentação vegana, desde que haja variedade na alimentação. Sendo que isso serve para todas as pessoas, inclusive a suplementação de vitamina b12, todos mundo precisa.”, finaliza.
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/noticia/10288/a-medicina-de-milenios <![CDATA[ A medicina de milénios ]] 332r2m /noticia/10288/a-medicina-de-milenios Sat, 05 Feb 2022 20:16:45 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Alessandra Barbosa-editado por Larissa Nunes) <![CDATA[O poder de cura das plantas medicinais]]> <![CDATA[

Uma prática que vem de milénios e ando de geração em geração, o uso das plantas como folhas e raízes para tratamento e cura de algumas enfermidades continua em ciclo. A medicina avançou de forma surpreendente na saúde e na estética, e há quem diga que esses avanços só foram permitidos com o entendimento e sabedoria que foi adquirida no ado. Pode-se dizer que tudo começou na pré-história com os primatas, que consumiam algumas raízes por instinto. Registros antigos encontrados por arqueólogos comprovam que algumas ervas eram usadas como medicamentos, principalmente pelos povos orientais, que de uma única planta conseguiam absorver óleos essenciais, substâncias aromáticas e até venenos, que eles julgavam como expansores da mente.


Fruta Romã, considerada um ótimo antioxidante. (Foto: Reprodução / Wikipédia).


Os gregos também são grandes contribuintes para a farmacologia. Intitulado como Pai da medicina, Hipocrátes escreveu em 400 a.C. uma obra que ficou conhecida como “Corpus Hipocraticum” onde falava sobre o poder de cura a partir dos vegetais, ressaltando a importância de uma alimentação natural que serviria como base para o tratamento de doenças. A forma de lidar com certos acontecimentos e usar as ervas como aliadas, não era tão bem-vistas em alguns casos, porque eram facilmente associadas a práticas de magias e rituais.


A China também possui um grande conhecimento em medicina tradicional/natural, há cerca de dois mil anos atrás foi publicado o primeiro livro de ervas medicinais, com aproximadamente 365 espécies de plantas diferentes, todas foram catalogadas com o intuito de perpetuar o ensino contínuo em relação a esse tipo de medicina. O curioso é que dentre essas espécies está a romã e o gengibre que foram considerados sagrados e empregados no combate de diversas moléstias. Também foram os chineses que fizeram a descoberta de 125 drogas que foram consideradas tóxicas em meio as plantas, fazendo com que o uso em excesso causasse a morte e pudesse gerar sequelas graves em que utilizou esse tipo de erva/raiz.
 


Raiz do Gengibre, conhecido por auxiliar nos problemas de circulação sanguínea. (Foto: Reprodução / Blog da Alelo).

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/noticia/10028/o-mercado-de-calcados-veganos-tem-uma-perspectiva-de-crescimento <![CDATA[O mercado de calçados veganos tem uma perspectiva de crescimento ]] 6o6r9 /noticia/10028/o-mercado-de-calcados-veganos-tem-uma-perspectiva-de-crescimento Tue, 21 Dec 2021 00:01:00 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Juliana Valillo-Editado por Júlio Sousa) <![CDATA[O índice crescerá mais de 90% até o ano de 2030, alcançando o seu valor de mercado em US$156,81 bilhões no mundo em 2020]]> <![CDATA[Segundo os estudos da Allied Market Research (AMR), o mercado global de calçados pode aumentar o seu índice para mais de 90% até 2030. Esse crescimento é motivado pela expansão da população vegana e pela preocupação do consumo sustentável.
 
Em 2020, o mercado foi avaliado em US$156,81 bilhões. E no ano de 2021, o valor poderá atingir US$300,19 bilhões. A maior taxa de crescimento anual é composta do segmento de calçados infantis, esse índice pode chegar a 9,4% entre 2021 e 2030.
 
Os canais de distribuição, ou seja, as lojas especializadas irão manter o seu envolvimento que corresponde a mais de três quintos do mercado. O estudo da AMR destaca:

“Além disso, as lojas on-line devem registrar a maior taxa de crescimento – 11,6%”

 
Outros estudos indicam que há um aumento na demanda por alternativas ao couro, levando mais consumidores a escolherem por calçados veganos.
 
Os relatórios da AMR não são os únicos a indicarem um futuro de maior desenvolvimento para o mercado. A Future Market Insights (FMI) estima o aumento da taxa anual formada de 7,2% entre 2021 e 2030.
 
A avaliação da FMI diz que as empresas que começarem com uma proposta de oferecer calçados veganos entendem que é importante disponibilizar esses produtos, que devem apresentar uma tendência no aumento da demanda, e quem não quer ficar longe ou para trás precisa se adaptar.
 

“O uso crescente de material sustentável, considerando a crescente demanda pela redução da pegada de carbono, deve impulsionar a fabricação de calçados veganos no mundo todo”, reforça a FMI.
 
“Os millennials criaram a demografia mais lucrativa para o aumento das vendas de calçados veganos.”

 
O site Vegan Business mostra algumas opções de lojas que oferecem calçados veganos no Brasil. São 9 marcas para conhecer:
1) Ahimsa (que usa o Vegan Leather como alternativa para o couro animal)
2) a Dobra (que tem o selo da PETA)
3) Heleve (feito a mão e sem testes em animais)
4) Insecta Shoes (certificada como Empresa B)
5) Vegano Shoes (cuja maior parte dos produtos é feito com materiais reutilizáveis)]]>
/noticia/9894/brasil-na-cop-26-conclusoes-e-alertas-um-mes-apos-a-conferencia <![CDATA[Brasil na COP 26 551t1k conclusões e alertas um mês após a conferência]]> /noticia/9894/brasil-na-cop-26-conclusoes-e-alertas-um-mes-apos-a-conferencia Wed, 08 Dec 2021 03:58:00 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Julia dos Santos-Editado por Ynara Mattos) <![CDATA[Entenda qual foi a repercussão da participação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas]]> <![CDATA[Um mês após a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, os impactos da atuação brasileira no evento ainda têm sido discutidos nacionalmente. Também chamada COP 26, a convenção aconteceu em Glasgow, na Escócia, e reuniu representantes políticos de mais de 190 países. O foco dos debates foi a discussão de medidas para conter as mudanças climáticas que, caso não combatidas, podem provocar colapso global em um futuro próximo.
 

Com a ausência do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil foi representado pelo vice-presidente da república, Hamilton Mourão, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ao todo, a delegação brasileira contou com 475 membros, e foi a maior entre as demais presentes. Entre os convocados, ativistas indígenas e proprietários de iniciativas privadas também tiveram destaque no evento.


Atuação e repercussão do Brasil durante a conferência
Na edição de 2021, o Brasil atualizou sua Contribuição Nacional Determinada (NDC), que estabeleceu uma meta voluntária para a redução das emissões de gases poluentes. Segundo a Agência Câmara de Notícias, a previsão de corte nas emissões ou de 43% para 50% até 2030. O país também reafirmou a meta de neutralidade climática até 2050.

Embora medidas adotadas pareçam favoráveis ao combate às mudanças climáticas, representantes de países desenvolvidos se mostraram insatisfeitos em relação às decisões da comitiva brasileira.
 

A crítica é que, enquanto os outros países aumentaram as suas porcentagens, o Brasil não aumentou. Entretanto, partimos de uma meta muito alta. Em 2015, os Estados Unidos apresentaram meta de 26%, nós apresentamos meta de 43% e a União Europeia, de 40%. — Lourival Sant’Anna, Analista Internacional da CNN


Os questionamentos realizados por parlamentares de outras nações não são as únicas preocupações recorrentes no Brasil quando o assunto é a preservação do meio ambiente. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de 01 de janeiro a 01 de dezembro de 2020, foram registrados 101.292 focos de queimadas no país — 16% a mais que no mesmo período de 2019. O ano registrou o segundo maior índice da década, perdendo apenas para 2010.

As consequências do descaso com o meio ambiente

Mesmo após a repercussão da perda de autoridade brasileira em conferências como a COP 26, o descaso com o meio ambiente ainda tem sido recorrente no país. Um exemplo é a autorização dos projetos aprovados pelo general Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da presidência, na última segunda-feira (06). Com sua decisão, Heleno autorizou o avanço de sete projetos de exploração de ouro em uma área preservada da Amazônia — floresta que, inclusive, foi pauta da convenção. A região, cujo garimpo deve beneficiar as empresas SF Paim e Amazonrios Navegações, faz fronteira com a Colômbia e Venezuela e abriga cerca de 23 etnias indígenas.

Devido às falhas na preservação da mata e ao descaso relacionado aos possíveis efeitos catastróficos das mudanças climáticas, a delegação brasileira esteve entre os países mais cobrados da conferência do clima. Como, conforme o site da Agência Brasil, México e Brasil foram os únicos membros do G20 que aumentaram a previsão de emissões de carbono em relação ao que antes prometiam reduzir até 2030, acredita-se que o país continuará sendo cobrado a dar uma resposta mais firme ao crescimento do desmatamento durante os próximos meses.

Leia também:
Emissão anual de CO² na Amazônia é 21% mais alta do que o estimado, diz IPAM
Desmatamento na Amazônia chegou ao maior índice em dez anos

Em entrevista ao Lab. Dicas de Jornalismo, a advogada e especialista em Direito Ambiental, Cristiana Nepomuceno, afirmou que os benefícios vindos da preservação da natureza em território brasileiro têm potencial para ultraar a esfera ambiental:

Para podermos alcançar um nível maior de desenvolvimento perante os outros países, nós devemos acordar, porque a questão ambiental hoje é uma questão inclusive de valor econômico. Se você souber tratar bem o seu país e preservar o meio ambiente, você pode lucrar com isso. — Cristiana Nepomuceno, Especialista em Direito Ambiental

 

Ainda segundo Cristiana, os países que participam de conferências como a COP e descumprem o que é estabelecido am a ser mal vistos pelos demais líderes mundiais. “Não existe uma lei mundial que obrigue todos os países a cumprirem aquilo que foi acordado em um evento diplomático como o ocorrido na Escócia. Isso acontece porque cada país tem sua soberania. Quer dizer, cada país tem sua independência. Então, os acordos feitos numa cooperação pressupõem o seguinte: todos aqueles países que estão presentes ali estão lutando juntos pela causa ambiental. Se o país que está lá descumpre o que é estabelecido, ele é mal visto.”, relembra a advogada.

Próximos os para a contenção da crise

Falas como a do embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, que afirmou, em entrevista divulgada BBC News Brasil, que o governo fez uma "reflexão cuidadosa" sobre sua política ambiental e resolveu "corrigir" rumos, não devem ser suficientes para a contenção das alterações climáticas no planeta. Buscando erradicar a possibilidade de uma crise climática ainda mais grave do que a vivida em 2021, a ONU (Organização das Nações Unidas) indica que os países invistam nas únicas medidas capazes de conter o colapso que está por vir: mais ações e menos palavras.

A partir de todas essas considerações, o Brasil tem até o final de 2022 para repensar suas políticas de proteção ao meio ambiente e garantir, portanto, o cumprimento das medidas propostas por seus representantes durante a COP 26.

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/noticia/9695/emissao-anual-de-co-na-amazonia-e-21-mais-alta-do-que-o-estimado-diz-ipam <![CDATA[Emissão anual de CO² na Amazônia é 21% mais alta do que o estimado 6w556s diz IPAM]]> /noticia/9695/emissao-anual-de-co-na-amazonia-e-21-mais-alta-do-que-o-estimado-diz-ipam Sun, 21 Nov 2021 16:43:30 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Cáritas Damasceno-Editado por Ynara Mattos) <![CDATA[Em estudo divulgado na COP26, pesquisadores afirmam que árvores sobreviventes dos incêndios florestais emitem uma quantidade de CO² não contabilizada em estudos anteriores]]> <![CDATA[

O relatório político sobre os efeitos dos incêndios recorrentes na Amazônia brasileira foi apresentado no dia 5 deste mês durante a realização da 26 º Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26). O levantamento que originou o relatório, realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), alerta para a necessidade de contabilizar as emissões de carbono tardias advindas da vegetação que permanece viva após ser degradada por incêndios florestais. Isso porque nos inventários nacionais de emissão de gases de efeito estufa, ainda são consideradas apenas as emissões por desmatamento.

Segundo os realizadores da pesquisa, não contabilizar as emissões tardias pode resultar na superestimação do desempenho da Amazônia brasileira na absorção de CO² e comprometer o orçamento de carbono brasileiro. Em entrevista ao Poder360, a diretora de Ciência do IPAM e participante da pesquisa, Ane Alencar, relatou que os inventários atuais consideram as florestas da Amazônia tão saudáveis quanto eram no ano de 1500.

“A realidade é que as florestas queimadas aram a emitir mais carbono do que absorver gases estufa, principalmente devido ao fogo e das mudanças climáticas”, esclareceu.

Emissões ocultas

Florestas atingidas por incêndios armazenam 25% menos CO² que florestas preservadas do fogo e podem atuar como fontes emissoras de carbono por pelo menos 10 anos. É o que consta no relatório apresentado pelo IPAM (disponível na íntegra). A pesquisa aponta que, 215.577 km² da vegetação amazônica brasileira queimou pelo menos uma vez desde 1985 e cerca de 58% desta mesma vegetação queimou várias vezes nesse período. Até o ano de 2020, 49% da floresta afetada pelo fogo foi desmatada, restando cerca de 108.470 km² de floresta altamente degradada em decorrência de incêndios florestais.

Cerca de 20.969 km² das florestas degradadas se encontram em áreas de preservação e agem como fontes de emissão. Ainda assim, seguem sendo consideradas, com as demais áreas degradadas, como agentes ativas do processo de absorção de carbono. O resultado é um cálculo impreciso da real taxa de emissão de CO² que deve constar no orçamento de carbono a ser emitido anualmente pelo Brasil. Se contabilizadas junto ao desmatamento, as emissões de carbono ocasionadas pela degradação de florestas incendiadas representariam um aumento de 21% das emissões anuais de CO² no país.

“Essas florestas precisam de proteção especial para poderem ter a chance de recuperar sua capacidade de armazenar e absorver carbono. Enquanto as florestas degradadas estão se recuperando, elas não devem ser contabilizadas pela remoção de carbono”, diz o relatório.

 Incêndio ilegal em uma reserva ambiental da Amazônia, em agosto de 2020

Da esquerda para a direita, Toya Manchineri, Valéria Paye, Mariazinha Baré e Martha Fellows, em evento no Brazil Climate Action Hub na COP26Busca por soluções Devido à função do gás carbônico (CO²) na produção do efeito estufa, os países devem respeitar um certo limite de emissões designado pelo orçamento de carbono. O orçamento prevê evitar que o planeta aqueça mais 1,5ºC, temperatura que dificultaria a sobrevivência humana no planeta. Medidas estratégicas para conter o aquecimento foram a pauta central da COP26, realizada na cidade de Glasgow, Escócia, onde os pesquisadores e as pesquisadoras do IPAM apresentaram um relatório amplo sobre a real situação da emissão de CO² na Amazônia brasileira.

Para que a Amazônia brasileira recupere a potência da sua capacidade de absorção e armazenamento de CO², o relatório recomenda o reforço da fiscalização de crimes ambientais e o ajuste da metodologia adotada para a composição dos inventários de emissões que deverão incluir aquelas caudadas por incêndios.
 

“Mesmo com emissões de desmatamento baixas ou zero, ainda teremos emissões tardias da degradação florestal enviando mais CO² para a atmosfera do que absorvendo” conclui o relatório.

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/noticia/9676/o-primeiro-neuroprotetor-do-mundo-pode-sair-da-amazonia <![CDATA[O primeiro Neuroprotetor do mundo pode sair da Amazônia]] 4s5f /noticia/9676/o-primeiro-neuroprotetor-do-mundo-pode-sair-da-amazonia Sat, 20 Nov 2021 12:07:00 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Rafaela Moreira -Editado por Ynara Mattos) <![CDATA[Estudos com derivados da Flor Amazônica estão na fase final na UFOPA em Santarém]]> <![CDATA[O AVC (Acidente Vascular Cerebral), é um problema em vasos sanguíneos do cérebro, principalmente artérias. Ele pode ser Isquêmico quando o vaso é obstruído por um trombo (uma massa estacionária), ou Hemorrágico, quando o vaso se rompe. O AVC  Isquêmico é o mais comum, perfazendo mais de 80% dos casos. Os sintomas de um AVC são muitos, podendo variar de acordo com o local do cérebro afetado. Esses sintomas podem incluir cefaleia, paralisia muscular, dormência, confusão mental, problemas na fala e sintomas mais complexos como: esquecer o significado de um objeto, perder a capacidade de realizar atos motores usuais, como abotoar a camisa, problemas na fala ou na linguagem.

O pesquisador e  doutor em neurociência, Walace Gomes Leal. Há dez anos iniciou estudos, baseado na medicina popular e acredita estar com 90% da pesquisa concluída. O pesquisador está analisando plantas da Amazônia visando produzir o primeiro Neuroprotetor do mundo que poderá tratar o acidente vascular cerebral. Walace, mora em Santarém -PA, onde a análise das plantas estão sendo realizadas no momento.
  Walace afirma ter encontrado pelo menos três Neuroprotetores naturais derivados da flora Amazônica que podem tratar o AVC, que ocorre quando há obstrução de uma artéria que impede a agem do oxigênio células cerebrais.  Verificamos que elas têm realmente uma capacidade Neuroprotetora, ou seja, protegem o cérebro e diminuem a neuro inflamação após a lesão. Nosso laboratório usou o método científico para investigar esse relato popular e em animais de experimentação nós temos excelentes resultados. Vimos que o extrato supercrítico de  gergelim preto, uma das plantas testadas, possue poder de proteger o cérebro contra o AVC.  
O pesquisador enfatiza "Não existe um neuroprotetor no mercado, apenas um Trombolítico, que atua na dissolução de um trombo ou coágulo sanguíneo, já aprovado nos Estados Unidos, que infelizmente tem uma janela terapêutica e cura muito estreita, ou seja, uma pessoa para poder usar o trombolítico na veia para dissolver o coágulo que está obstruindo o vaso sanguíneo tem que chegar de quatro a seis horas no hospital depois do AVC. Se ela chegar após essas seis horas o hospital não pode usar o trombolítico. Na prática o medicamento não é muito usado, porque na geralmente os pacientes chegam após essas horas, pensando em ter outra solução que atenda pessoas que demorem ou não tenham o para chegar a tempo para ter o atendimento. Está sendo produzido o primeiro  Neuroprotetor do mundo para pratar AVC.

A busca pelo financiamento para construir microcápsulas serão testadas em humanos com o auxílio de uma rede de neurocientistas, neurocirurgiões e outros profissionais de saúde. Por fim, ará pela devida aprovação da Anvisa. O bioproduto será o primeiro fitoterápico derivado de uma planta da Amazônia. Para colocar isso no mercado foi criado a Startup Neuroprotect formada por Walace e outros colaboradores com grande pacacidade científica. A Startup foi selecionada no programa nacional de Chamado Emerge Amazônia. Das 149 iniciativas de tecnologia foram escolhidas nove Startups, e três delas vão obter o financiamento. "Nós estamos bem cotados para ser uma das três, mais ainda temos que aguardar" - Afirmou o pesquisador

Cerca de 80% dos casos de AVC poderiam ser evitados através das mudanças nos hábitos da vida e do controle de fatores de riscos como a hipertensão, redução do nível de colesterol, redução de peso, prática regular de exercícios físicos, não fumar ou parar de fumar, tratamento da síndrome da apneia do sono. É muito importante também manter o acompanhamento médico regular e realizar exames de acordo com cada caso. O tratamento hospitalar é feito através do controle dos parâmetros clínicos, associados a medicamentos injetáveis ou cirurgia endovascular.  ]]>
/noticia/9398/construcao-civil-reage-com-praticas-sustentaveis-para-diminuir-efeitos-da-crise-hidrica <![CDATA[Construção civil reage com práticas sustentáveis para diminuir efeitos da crise hídrica]] 6n2a12 /noticia/9398/construcao-civil-reage-com-praticas-sustentaveis-para-diminuir-efeitos-da-crise-hidrica Fri, 29 Oct 2021 10:08:00 -0300 Meio Ambiente [email protected] (Pedro Lopes-Editado por Ynara Mattos) <![CDATA[Segundo Carlos Massini, Presidente da Cooperativa Habitacional (CICOM): “Essa é a nova realidade, que deve seguir para o futuro, neste pensamento coletivo e engajador, onde cada um faz a sua parte para beneficiar o todo”]]> <![CDATA[ 

A aposentada Rita Teodora Firmino Miguel (77), é uma entre milhares de brasileiros que sofrem com os recorrentes aumentos no preço da energia elétrica no Brasil, decorrentes da crise hídrica que se instaurou no país: “Atualmente, com a luz muito cara, uma dona de casa tem que fazer a melhor economia para que não sofra fracasso na hora de pagar as suas contas” afirmou Rita.

 

Fatores climáticos e o uso irresponsável da água colocaram o Brasil em sua pior crise hídrica em 91 anos. As chuvas abaixo da média histórica estão sendo registradas desde 2019. Segundo a Agência Nacional de Água (ANA), diversos reservatórios registraram vazões baixas a extremamente baixas tanto há dois anos quanto no período chuvoso de 2020/2021. 

 

Em decorrência da falta de água, o Governo Federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciaram no mês de agosto deste ano um aumento no preço da conta de luz. A alta veio através da criação da bandeira tarifária de escassez hídrica, que entrou em vigor no dia 1º de agosto e adicionou R$ 14,20 às faturas para cada 100 kw/h consumidos.

 

 Cooperativa Habitacional adota medidas para amenizar impactos da crise  

Dentro desta questão, o debate sobre a sustentabilidade na construção civil ou a ser intensificado como um dos fatores que pode interferir e ajudar a reverter a situação que afeta a todos os brasileiros. O uso de fontes alternativas, controle de consumo e redução da demanda de água entram na pauta para o setor em tempos de crise.
 

“Mais do que nunca é essencial explorar alternativas mais responsáveis. O que antes era diferencial para empreendimentos de ponta agora é uma necessidade”, observa Carlos Massini, presidente da CICOM, Cooperativa Habitacional que atua principalmente no estado de São Paulo.

A CICOM oferece aos cooperados, em todos os empreendimentos que está construindo, alternativas responsáveis de uso e reuso da água, implementadas desde a construção dos empreendimentos até o reaproveitamento interno. Todos os imóveis garantem rede de abastecimento de água tratada e sistema adequado de coleta e tratamento de esgoto

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Carlos Massini reforça que o engajamento em projetos que buscam reduzir os impactos ambientais está presente na Cooperativa desde a sua concepção, visando o interesse e o bem-estar da comunidade e do meio ambiente. Ele também destaca que diferente do que se possa imaginar, a inclusão de atitudes responsáveis e sustentáveis não interfere no valor final dos imóveis da CICOM.

 

Planejamento de gestão urbana é um fator importante  

Outra questão levantada pelo presidente da Cooperativa em relação a práticas sustentáveis pela construção civil é o planejamento de gerenciamento urbana, que segundo ele, faz a diferença e consegue reduzir os impactos nocivos ao meio ambiente.

    Cidade Inteligente de Barcelona, na Espanha 
 

“Um exemplo desse planejamento são as cidades inteligentes, que promovem o crescimento econômico enquanto oferecem mais qualidade de vida ao cidadão. Tudo isso é possível quando existe um propósito sustentável focado, principalmente em iniciativas voltadas para o meio ambiente”, finaliza.


Algumas das características essenciais das cidades inteligentes é a capacidade de criar, com o uso da tecnologia, uma infraestrutura sustentável, oferecendo, por exemplo, a despoluição de rios através de recursos biotecnológicos.

Barcelona, na Espanha, é um dos modelos de cidades inteligentes ao nível mundial. A capital da Catalunha tem investido no gerenciamento de resíduos através de escotilhas espalhadas por suas ruas, que recolhem os lixos de hora em hora durante toda a semana. Esse material viaja até 70 km/h em uma tubulação que fica a 5 metros da superfície. Ao chegar no centro de coleta, o lixo é separado entre material reciclável e orgânico. Esse último, é transformado em combustível para gerar eletricidade para a cidade.

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