A capital paraense, Belém, receberá a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) em novembro deste ano. As obras para receber o megaevento começaram em 2024, e a cidade se tornou um "canteiro de obras". 701o5b
Desde o seu anúncio como sede da cúpula, dois pontos sobre a cidade ficaram em evidência: as limitações da mobilidade urbana e as poucas vagas de hospedagem.
Obras de infraestrutura e mobilidade
As primeiras obras foram realizadas na avenida Doca de Souza Franco, uma das principais de Belém. A expectativa era de que o projeto, chamado de Parque Linear da Doca, traria mais mobilidade à cidade, além de desafogar o trânsito no trecho e nas avenidas que fazem ligação, com a Pedro Alves Cabral.
Além disso, deveria mellhorar a paisagem local, pois a avenida conta com um canal a céu aberto, mas, com a construção do parque linear, o canal será parcialmente coberto.
Uma parte da obra já foi entregue: a quadra 1, que ganhou um novo pavimento, além de uma nova ciclovia que conectará todo o parque linear. A obra está recebendo a estrutura de uma arela com mirante elevado, que também terá uma arquibancada para contemplação.
Segundo a Agência Pará, haverá, ainda, um balé das águas e duas fontes interativas ao lado da área de eventos e atividades culturais, onde costuma ficar montada a estrutura da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, durante o Círio.
Ao todo, a construção do Parque Linear da Doca está com 70% de serviços executados e tem o orçamento de R$ 310 milhões do Governo Federal, via Itaipu Binacional - convênio que foi assinado pelo presidente Lula (PT) em março do ano ado.
Foram três convênios assinados, sendo o primeiro para a restauração do canal da Água Cristal. O segundo previa a implantação do Parque Urbano Igarapé São Joaquim, incluindo projetos de arquitetura, paisagismo, rede de esgoto, iluminação pública e sinalização viária. E o terceiro se referia ao Parque Linear.
As obras do canal da Água Cristal e do Parque São Joaquim estão em um ritmo mais lento do que as obras do Parque Linear. Uma das reclamações dos moradores, no meio desse "canteiro", é falta de saneamento básico e de água potável.
Hotelaria e preocupação com falta de leitos
Outro setor em que a cidade enfrenta problemas é na parte hoteleira. De acordo com pesquisas, Belém não tem leitos suficiente para acomodar os visitantes nos 11 dias de evento - o público esperado é de 50 mil pessoas. Nesta corrida imobiliária, sites de hospedagem anunciam algums imóveis de alto padrão por mais de R$ 2 milhõoes de reais.
Uma das soluções de ampliação de leitos são os cruzeiros, que podem fornecer mais de 4 mil acomodações. Segundo informações do G1, o Governo Federal estima em torno de 4.500 leitos gerados por cruzeiros, mais de mil em novos hotéis, 11,5 mil de acomodações e aluguéis de casas por plataformas online, 2,3 mil com o e das Forças Armadas e 5 mil em escolas adaptadas.
*Com informações do Portal G1, Exame e Agência Pública
]]>A Conferência das Partes (COP) é uma reunião anual de países e de territórios que têm como objetivo discutir medidas que visam diminuir a emissão de gases de efeito estufa. O encontro conta com a presença de autoridades, líderes de Estado, representantes de ações sociais e ambientais, além da imprensa do mundo inteiro.
Neste ano, será realizada a 30ª edição do evento, em Belém (PA). Esta, que é a primeira COP da Amazônia, será a terceira realizada na América do Sul - Buenos Aires (Argentina) sediou o encontro em 2004, e Lima (Peru), em 2014.
O interesse do Brasil em sediar o evento foi anunciado na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Prontamente, o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), informou ao presidente Lula (PT) que tinha o interesse de sediar a COP30 em Belém.
E na COP29, em Baku, a cidade foi anunciada como sede da próxima edição. Esse anúncio gerou muitas expectativas e dúvidas sobre como Belém se organizaria para receber a conferência. Houve até boatos de que o Rio de Janeiro iria substituir Belém, mas o presidente os desmentiu e afirmou que a COP seria mesmo na "cidade das mangueiras".
Contudo, as dúvidas sobre se a cidade realmente conseguiria se estruturar continuaram. Setores como mobilidade e hospedagem foram os mais questionados. A partir do segundo semestre de 2024, iniciaram-se diversas obras na cidade. Tapumes e interdições de algumas partes de avenidas importantes viraram parte do cenário da capital paraense. Além disso, placas com os anúncios das obras tomaram espaço dos principais pontos turísticos da cidade.
Objetivos da COP
Discutir temas pertinentes à atual conjuntura climática global é o principal objetivo de todas as reuniões da COP, e não seria diferente com a COP30. Existem vários eixos temáticos que são abordados durante as conferências, todos eles concernentes às mudanças climáticas e aos impactos que essas alterações têm provocado em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Na COP30, deve haver o retorno do tema do financiamento climático, além de outros debates.
Além da elaboração de planos de ação e estabelecimento de novos compromissos climáticos, as discussões nas COPs eventualmente levam ao estabelecimento de compromissos entre os países participantes para combater o aquecimento global e as mudanças do clima, com metas e prazos.
Revisão de acordos anteriores e das medidas elaboradas em reuniões anteriores podem ocorrer. A COP é o espaço em que os agentes mundiais se reúnem para reavaliar os acordos climáticos que foram previamente estabelecidos e verificar se suas prerrogativas ainda são válidas para a atual conjuntura ambiental.
Principais assuntos no radar da COP
Entre os temas que devem ser abordados, estão o financiamento climático por parte de países desenvolvidos a países considerados como em desenvolvimento, o que inclui emergentes e subdesenvolvidos.
Outros temas de destaque são: impactos diferenciais das mudanças climáticas e justiça climática, adaptação e medidas de enfrentamento de mudanças climáticas, transição energética, tecnologias de energia renovável, diminuição das emissões de gases do efeito estufa e medidas de carbono zero, redução do desmatamento e preservação das florestas e proteção da biodiversidade.
*Com informações do Portal Brasil Escola e CNN Brasil
]]>Em 31 de março, uma resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que estabelece o novo teto para reajuste dos preços de medicamentos, foi publicada. As empresas detentoras de registros de medicamentos poderão ajustar os valores de seus remédios, sendo o reajuste máximo permitido da seguinte forma: medicamentos nível 1 poderão te reajuste de 5,06%, nível 2, até 3,83%, e nível 3, até 2,60%.
Os medicamentos têm um reajuste anual, que pode variar dependendo de alguns requisitos, como ganho de produtividade das fabricantes, variação dos custos de insumos, que são matérias-primas, materiais e serviços. Mas qualquer aumento no preço dos remédios deve seguir a CMED, que estabelece critérios para fixação e ajuste no preço de medicamentos, em observação das normas que regulam o mercado. Assim, a CMED assegura que os aumentos não sejam abusivos.
A medida não tem impacto automático no valor dos medicamentos para o consumidor. Com a publicação da resolução, cada fornecedor será responsável por fixar suas preços, de acordo com suas estratégias diante da concorrência. Mas deverá respeitar os limites legais.
Os medicamentos têm os preços regulados por lei, por um modelo que estabelece o preço máximo a ser cobrado. Assim, a farmácia não pode vender o medicamento por um valor maior do que o seu preço máximo.
Lista dos medicamentos
A lista com os preços máximos que podem ser cobrados por cada medicamento fica disponível no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é atualizada mensalmente. Em nota, a Anvisa afirma que o reajuste anual serve para combater preços abusivos, garantir o o a medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população.
Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção para continuar o fornecimento dos medicamentos.
Irregularidades
De acordo com a CMED, além da lista da Anvisa, os consumidores podem consultar revistas especializadas na publicação de preços de medicamentos, que devem ser disponibilizadas obrigatoriamente pelas farmácias e drogarias.
Caso o consumidor encontre irregularidades, a orientação é acionar os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon e a plataforma consumidor.gov.br. Também é possível encaminhar denúncias diretamente à CMED, por meio de formulário disponível na página da Anvisa.
*Com informações de Agência Brasil
]]>Atualmente, um medicamento está dando o que falar, principalmente nas redes sociais. Trata-se do Ozempic, um remédio utilizado para conter o açúcar no sangue em adultos com diabetes tipo 2 e que estimula a secreção de insulina e diminui a secreção de glucagon. No entanto, o uso indiscriminado do medicamento pode significar riscos.
Composto pela substância semaglutida, ele pode ser encontrado em forma de canetas injetáveis em farmácias, com a apresentação de receita médica. Seu uso deve ser acompanhado de uma alimentação saudável e da prática de atividades físicas, com indicação de um endocrinologista.
Com o sucesso do medicamento, muitas pessoas podem fazer o uso indiscriminado da substância. Em São Paulo capital, por exemplo, a procura está grande, sendo que farmácias afirmam que estão com dificuldade para manter o estoque do medicamento.
De acordo com a plataforma Consulta Remédios, as buscas pelo medicamento cresceram em 91% no primeiro semestre de 2023, em comparação ao segundo semestre de 2022.
Uso irregular traz riscos
Como já mencionado, a substância é utilizada para combater o diabetes, mas estar cada vez mais comum o chamado uso “off-label” , ou fora da bula, para combater o peso, mesmo com diversos médicos afirmando que não deve-se usar para fins estéticos.
Mas, o que está acontecendo é isto, pessoas usando o Ozempic para o emagrecimento estético, após anônimos e famosos compartilharem nas redes sociais o processo de perda de peso e indicarem o uso. Esse uso indiscriminado da substância pode levar a efeitos colaterais sérios.
A pancreatite é um dos potenciais riscos à saúde, conforme alerta o presidente da Associação Brasileira de Medicina, Bruno Halpern, em um estudo de Obesidade e Síndrome Metabólica. “Confunde-se o tratamento da obesidade com o desejo social de emagrecer. Então muita gente, ao falar de remédios para emagrecimento, pensa naquela pessoa magra que quer perder 4,5 quilos para ir a praia, quando na verdade esses remédios são usados para tratar uma doença crônica”, afirmou ao portal da Câmara dos Deputados.
Essa discussão chegou até a Câmara dos Deputados, onde se iniciou uma debate sobre a restrição e a classificação especial dos medicamentos, entre eles o Ozempic. Atualmente, a pauta está engavetada e não há previsão para voltar a ser discutida.
O remédio também tem sido muito discutido no meio médico, que alerta para os riscos do uso para emagrecimento para fins estéticos.
*Com informações da Plataforma Consulta Remédios, Dr Bruno Halpern, Portal Câmara dos Deputados e CBN
]]>Os esportes de areia vêm cada vem ganhando mais espaço. Antes s à praia, hoje já é possível encontrar espaços para praticar esses esportes em vários lugares na cidade. Alta que foi notada após as pessoas voltarem às suas rotinas com o afrouxamento das normas de isolamento por causa da pandemia de covid-19. Junto ao estresse proporcionado pela pandemia e o isolamento, veio a necessidade de praticar atividades físicas e respirar ao ar livre, fator que potencializou o desenvolvimento de modalidades como futevôlei, beach tennis e vôlei de areia.
Segundo a Federação Paulista de Futevôlei (FPFv), a prática do esporte cresceu mais de 250% durante a pandemia, e a participação de crianças, adolescentes e mulheres triplicou entre 2020 e 2022. Além das tradicionais quadras situadas no litoral e em cidades maiores, nas cidades do interior o esporte também se tornou popular, resultando em um boom na construção de centros esportivos com aulas e locação de quadras.
E esse crescimento se deu em várias capitais do país, que estão contando com espaços para a prática desses esportes, como praças, arenas poliesportivas e até quadras em estacionamentos de shoppings.
Principais esportes praticados na areia
O mais antigo e popular é o vôlei de areia, que tem as mesmas regras do praticado na quadra, com algumas adaptações. O número de jogadores no vôlei de quadra são seis de cada lado; enquanto no de areia, geralmente, forma-se duplas, mas também é praticado com três ou até cinco jogadores, para uma maior socialização e para ajudar quem está começando a praticar.
O futevôlei, como o nome próprio já anuncia, é uma junção entre vôlei e futebol. Ou seja, a quadra é de vôlei de areia, com as mesmas dimensões e com a rede, mas não se pode usar as mãos para tocar na bola, somente outras partes do corpo, como os pés, cabeça, ombro e peito - as partes que são permitidas no futebol. Se no futebol o jogador pode usar a cabeça para fazer um gol, aqui ele pode usá-la para dar uma cortada.
Já o beach tennis é uma adaptação do tênis, usando raquetes para ar a bola para a área adversária. Além disso, as técnicas são as mesmas do tênis: usar a força para cortar e colocar a bola nos cantos da quadra para dificultar que seu adversário consiga alcançar, e fazê-lo cansar mais rápido. Esse esporte pode ser praticado de forma individual, um contra um, ou em duplas.
Benefícios para a saúde física e mental
Além dos benefícios físicos que todo esporte traz, os praticados na areia trazem alguns que outros não possuem, como o fortalecimento dos ossos e músculos. Por serem praticadas na areia, essas modalidades exigem que o atleta use mais a força física. A prova também exige resistência.
Mas os benefícios não param por aí. A socialização é uma das principais vantagens proporcionadas, além da melhora do estresse, ansiedade, do humor e disposição. O futevôlei e beach tennis, por exigirem velocidade e atenção, estimulam a atividade cerebral e aumentam a capacidade cognitiva.
*Com informações de Record News, Federação Paulista de Futevôlei e Ministério da Saúde.
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Segunda-feira, 6 de janeiro de 2025. A primeira semana do ano depois da virada. Começou, oficialmente, uma nova jornada na minha vida profissional, após quase dois anos operando a captação de matrículas e as operações de marketing na Faculdade Boas Novas.
No sábado de manhã (3 de janeiro), consegui me despedir das minhas parceiras de trabalho no setor Comercial e Marketing e, mesmo emocionado, transmitir os conselhos e as orientações essenciais para seguir a jornada. Doravante, com as mudanças concretizadas e a minha saída, a equipe de matrículas aria a ser totalmente feminina, a começar pela coordenadora.
Entrei no Anexo II da instituição antes das 8h, conforme orientado pelo diretor istrativo, e veio a mim o primeiro desafio: aguardar cerca de uma hora e meia, no hall de entrada, pela minha nova gestora. Acrescento que, na época, a faculdade estava em recesso acadêmico e, por esse motivo, o horário de trabalho era reduzido, conforme a escala de cada colaborador. Portanto, mesmo com a transição de setor, eu estava na escala das 8h às 13h.
Depois da longa espera, a ambientação: fui muito bem acolhido e mantive o ânimo ao entrar numa sala onde, a partir daquele dia, os meus talentos jornalísticos seriam bem aproveitados, como escrevi na crônica anterior. A professora se apresentou a mim como coordenadora do Núcleo de Ensino à Distância (NEaD), em que os alunos procuram os professores e coordenadores de graduação para obter orientações sobre como ar e utilizar links auxiliares como o Portal do Aluno e a plataforma EaD Lumen, bem como outras questões referentes ao cotidiano acadêmico.
No mesmo dia, recebi a primeira missão: ar a Lumen, clicar nas disciplinas EaD e descarregar (o famoso ) as apostilas que compõem a “trilha de aprendizagem” de cada uma das quatro unidades.
Porém, não era suficiente baixar todas as apostilas. Eu fazia questão de organizá-las assim: criando uma pasta para cada disciplina e armazenando as seguintes numa só, equivalente aos cursos de graduação presencial. Ou seja, cada curso tem uma quantidade de disciplinas que varia conforme a composição da grade curricular, e cada disciplina contém quatro apostilas, ou seja, quatro unidades. Levei três dias para cumprir a tarefa inicial.
No dia 9 de janeiro, chegou a mim mais uma demanda: iniciar a produção de apostilas EaD, baseadas no material didático de uma empresa parceira. Nas palavras da professora:
“Esse processo é árduo e leva mais tempo, conforme a quantidade de apostilas transferidas para a Lumen. Sendo assim, você pode utilizar uma ferramenta de inteligência artificial que possa auxiliar e tornar o trabalho mais ágil e suave”.
Fui orientado, então, a começar pelo bacharelado em Direito.
Não foi fácil. No primeiro contato, aceitei a sugestão da atual gestora: utilizar o recurso de paráfrase ao texto original, como se fosse, por exemplo, um doutor especializado em Direito Previdenciário com a missão de lecionar em uma faculdade confessional, estabelecendo para isso um contato mais ível, leve e amigável com os alunos.
O resultado, porém, não foi tão agradável, e eu precisei reescrever o texto a partir das minhas próprias palavras. Para produzir todas as apostilas EaD da graduação em Direito, eu levei cerca de 33 dias.
Ao mesmo tempo, ainda não conseguia abrir de costumes hoje em dia ultraados: os atrasos já não eram frequentes, mas ainda ocorriam. Foi então que, sem estar em nenhum grupo de WhatsApp, consegui firmar um contato mais direito com a minha gestora, informando os possíveis imprevistos no caminho de casa até o trabalho.
Além disso, quando havia problemas em nosso escritório principal, migrávamos temporariamente para a Sala dos Professores ou para a Sala de Pós-Graduação, onde os gestores máximos da instituição se encontravam com os líderes de cada setor nas reuniões istrativas.
Mesmo assim, a equipe se motiva a trabalhar pelo prazer de estar num ambiente familiar e aconchegante, onde predominam a empatia e o bom humor. Isso faz bem para a minha alma.
Há três meses, tenho observado como a equipe mantém suas operações: os professores ficam na frente, atendendo aos alunos, junto com a líder e os auxiliares, que são responsáveis pelas demandas técnicas.
Atrás, numa sala reservada, há uma equipe de produção e edição audiovisual; ao lado, ficam os gabinetes onde são feitos os slides e as apostilas. Cada um no seu espaço, mantendo o foco e a dedicação em suas respectivas tarefas.
Diferente dos chefes a quem me submeti até então, a coordenadora de Educação à Distância tem um perfil muito receptivo, acolhedor, paciente e motivador. É por isso que acho melhor ser chefiado por mulheres que por homens.
Penso eu que a mulher é mais assertiva e transmite mais segurança, prudência e maturidade ao comunicar suas decisões e liderar sua equipe.
Aqui, descrevo como é o processo de produção das apostilas EaD autorias para a faculdade:
Eu começo pela Apresentação. Para isso, eu abro todas as quatro apostilas EaD de uma disciplina, copio novamente e insiro os respectivos textos introdutórios num documento avulso do Word, para depois copiar e submetê-los à ferramenta de inteligência artificial, que produz a paráfrase sob meu comando. Aplico o processo acima para os Objetivos. Aí vem a etapa mais complexa: reescrever cada capítulo da referida apostila. Eu havia escrito que cada disciplina EaD contém quatro unidades, correto? Agora, digo que cada unidade tem quatro sub-unidades, denominadas por mim de “capítulos”, o que inclui o objetivo e mais um parágrafo, totalmente voltado para a revisão do conteúdo escrito. Dependendo da extensão de cada capítulo e do comando solicitado para a IA, a intensidade do trabalho pode variar. Por falar em comando, ultimamente venho pedindo ao “São Cláudio” que reescreva o texto usando “uma linguagem mais simples e ível” que facilite a compreensão dos alunos de graduação. Ou seja, com uma santa ajuda virtual, eu consigo me comunicar melhor com os alunos, em nome dos professores.Aos poucos, vou construindo metas, e uma delas é produzir uma apostila por dia. O mais interessante é que eu posso usar os recursos do Word para adequar as apostilas ao layout do produto original. Curiosamente, aprendi as técnicas aos 12 anos, na pré-adolescência, em uma escola de informática atualmente extinta.
Tudo que escrevi até agora se resume em um novo cargo: sou Editor de Material Didático EaD. Um luxo, só no título. Nos bastidores, nem tanto.
Desde que não haja distrações, consigo escrever até duas apostilas por dia. Contudo, uma dúvida que ainda me persegue: será que em pouco tempo consigo escrever todos os e-books para a faculdade? A resposta cabe ao tempo...
Foi assim que entrei para uma nova missão, já definida: a produção do conhecimento científico e acadêmico, mesmo que às escondidas, de forma discreta.
E agora, será que vão aproveitar mais algum talento meu? Esse pode ser o tema da minha próxima crônica, que só vou escrever depois de finalizar todas as apostilas. É sério...
Acompanhe as crônicas
Parte 1 - Virando a página: umanova jornada profissional
Parte 2 - Fragmentos de um novo começo: explorando minha rotina no Núcleo de Educação à Distância
]]>Com a volta da busca por vacinas, as filas nos postos de saúde só cresce. Entre elas, a vacina contra o HPV (papiloma vírus humano) vem sendo bastante procurada. O imunizante tem como função prevenir doenças causadas por este vírus, como verrugas genitais, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, e é aplicado na forma de injeção. Tal vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos.
HPV é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum no mundo, segundo informações do Ministério da Saúde. Os sinais podem não ser vísiveis no início da infecção, mas, em alguns casos, podem surgir verrugas na região genital, boca e garganta.
Além disso, o SUS oferece a vacina do HPV para crianças e adultos dos 9 aos 45 anos em casos especiais, como de histórico de HIV ou AIDS, transplante de órgãos ou medula óssea e pessoas em tratamento contra o câncer. No entanto, nesses casos é necessária a apresentação de receita médica.
A vacina oferecida pelo SUS é a quadrivalente, que protege contra os quatros tipos de vírus HPV mais comuns no Brasil e age estimulando a produção de anticorpos necessários para combater o vírus. Contudo, a vacina não trata a infecção pelo HPV, e neste caso, deve-se fazer o tratamento do HPV indicado pelo médico.
Quem pode tomar a vacina
Vale ressaltar que, além do SUS, a vacina pode ser tomada em hospitais particulares. Pelo sistema público, podem ser vacinas pessoas dos 15 aos 45 anos vítimas de violência sexual, mesmo que previamente saudáveis, pessoas dos 15 aos 45 anos que usam PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) , para prevenir a infecção pelo vírus do HIV, caso não vacinadas ou não tenham completado a vacinação para o HPV.
Essa vacina não é indicada para o tratamento de infecção ativa pelo HPV, nem para tratamento do câncer do colo do útero, vulva ou vaginal. Adultos ou adolescentes que já tiveram infecção pelo vírus podem tomar a vacina, desde que com indicação médica, pois ela pode proteger contra outros tipos de vírus do HPV.
No particular, a vacina também pode ser tomada por pessoas com idades superiores, entretanto, são apenas disponibilizadas em clínicas de vacinação.
Tipos de vacina
A vacina bivalente (Cervarix) , que protege apenas contra os vírus 16 e 18, que são os maiores causadores do câncer do colo do útero, é indicada a partir dos 9 anos e sem limite de idade. Essa vacina protege contra o câncer do colo do útero, mas não contra as verrugas genitais.
Já a vacina quadrivalente (Gardasil) protege contra quatro tipos de vírus do HPV, os vírus 6, 11, 16 e 18, que podem causar verrugas genitais, o câncer do colo do útero na mulher e o câncer do pênis no caso dos homens.
A vacina nonavalente (Gardasil 9) protege contra nove subtipos do vírus do HPV, que são os vírus 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58, que podem causar câncer do colo do útero, vagina, vulva e ânus, assim como contra verrugas provocadas pelo HPV.
*Com informações do Ministério da Saúde e do artigo de Flávia Costa no portal Tua Saúde.
]]>Cada vez mais, o estilo de vida fitness vem ganhando adeptos, com as academias cheias e as redes sociais bombando com vídeos sobre dicas de exercícios físicos e alimentos saudáveis. Entre esse alimentos, aparecem os suplementos alimentares.
Os famosos whey, com sabores variados, creatina e suas várias formas de ser consumido, e pré-treino levantam debates sobre sua eficácia.
Mas o que realmente são os suplementos alimentares, e qual a importância deles na alimentação? Também chamados de suplementos nutricionais, são produtos usados para complementar a alimentação, podendo ser indicados para ajudar no tratamento de deficiências nutricionais, no ganho de massa muscular ou emagrecimento.
Os suplementos alimentares são vendidos em lojas especializadas na venda desses produtos, mas também o são em farmácias, na forma de cápsulas, comprimidos, pós, géis, ou gomas de mascar. Podem conter vitaminas, minerais, aminoácidos essenciais, extratos vegetais, fibras, enzimas, entre outros.
Esses produtos podem ser benéficos à saúde somente quando ingeridos sob a orientação do médico, nutricionista ou fitoterapeuta. Isso acontece porque alguns suplementos são contraindicados em algumas condições e, em doses elevadas, podem causar efeitos colaterais e prejudicar a saúde.
Para que servem
As principais indicações dos suplementos alimentares são evitar ou corrigir deficiências nutricionais, ajudar no emagrecimento, favorecer o ganho de massa muscular, ajudar no ganho de peso e regular alguns hormônios no organismo.
O nutricionista Lucas Lourenço ressalta que os suplementos são complementares, e não devem substituir as refeições. “Muitas pessoas substituem o lanche da tarde por um copo de whey, mas o ideal seria adicionar o whey ao lanche, por exemplo. Tomar junto com um pão ou sanduíche natural seria uma boa pedida”, diz.
Outro ponto importante destacado pelo nutricionista é a diferença de cada um. “Antes de começar a utilizar qualquer tipo de suplemento, é importante consultar um nutricionista para ele poder indicar o mais adequado para você”, afirma. Para ele, é importante procurar o mais adequado para o objetivo de quem busca o suplemento.
Tipos de suplementos
Os suplementos podem ser classificados de diversas formas, dependendo de seus componentes e finalidades. Os tipos de suplementos de academia, como os proteicos, são formulados para fornecer uma quantidade concentrada de proteínas, essenciais para a reparação e crescimento muscular, também são muito usados por atletas de alto rendimento.
Alguns exemplos são o whey protein, que é derivado do soro do leite, de rápida absorção e ideal para consumo pós-treino. Tem ainda a caseína, também derivada do leite, de digestão lenta, sendo ideal para ingerir durante a noite. Ou ainda a proteína vegetal, feita de fontes como ervilha, arroz e soja, sendo uma alternativa para veganos e pessoas com intolerância à lactose.
Os famosos pós-treino são ótimos para recuperação e reparo muscular, enquanto que entre as refeições agem mantendo os níveis elevados de proteína ao longo do dia. Há os suplementos vitamínicos e minerais, que têm como objetivo suprir as diferenças nutricionais e garantir o funcionamento adequado do organismo. Já os suplementos para ganho de massa muscular são ideais para promover o aumento dos músculos através da combinação de proteínas, carboidratos e outros nutrientes.
Além desses, há os suplementos termogênicos, que chamam a atenção por darem uma grande força no aumento do metabolismo, promovendo a queima de gordura.
*Com informações de Lucas Lourenço, Portal Tua Saúde e Netshoes.com
]]>Nas últimas semanas, a capital paraense, Belém, ficou sob os holofotes do país, mas não somente por ser a sede da COP 30, e sim por causa do tratamento que o governo paraense apresentou com os seus povos originários. Tudo começou quando a Lei nº 10.820 foi aprovada sem ser discutida na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A lei permitia a substituição do regime presencial por aulas exclusivamente virtuais nas escolas indígenas do estado. Movimentos sociais pressionaram o poder público e conseguiram a revogação da legislação.
Além disso, unificava 68 artigos do sistema de leis aplicáveis ao ensino público estadual - para essa unificação ser feita, várias leis foram revogadas. A lei acabaria, assim, com vários direitos adquiridos pelos professores estaduais. Assim que esse projeto de lei veio ao conhecimento de todos, gerou muita discussão, mas, como o governador Helder Barbalho (MDB) tem a maioria da Alepa, a lei foi aprovada com certa pressa e sem ser debatida, como qualquer projeto costuma ser.
Já no dia 12 de fevereiro, a Alepa aprovou o Projeto de Lei nº 13/2025, que revoga a Lei 10.820/2024. A matéria, segundo informações da Assembleia, dispõe sobre o Estatuto do Magistério Público do Estado do Pará e restaura a configuração original de cinco legislações consideradas conquistas para os professores, além de dispositivos relacionados à carreira revogados na lei aprovada no final de 2024.
Ocupação da SEDUC
Uma nova página dessa história foi escrita quando cerca de 300 indígenas, de 22 etnias diferentes, ocuparam a sede da Secretaria do Estado de educação (SEDUC). A ocupação começou no dia 14 de janeiro, com a alegação dos indígenas de que a nova lei ameaçava programas de ensino voltados às comunidades rurais, ribeirinhas, quilombolas e indígenas, pondo em risco o o à educação em áreas remotas.
O Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), criado para levar educação presencial a regiões de difícil o no Pará, sofreria mudanças bruscas. Atualmente, muitas comunidades dependem do SOME para ter o a professores que se deslocam periodicamente às aldeias ou residem perto delas, evitando que estudantes precisam viajar até áreas urbanas. Sem esse sistema, o o à educação ficaria seriamente comprometido.
O movimento ganhou o apoio dos professores, que também seriam impactados com a nova lei, além de vários movimentos sociais. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei, argumentado que legislação revogou todo o arcabouço normativo referente à educação escolar indígena no estado.
Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) prestou seu “apoio incondicional” às comunidades indígenas e declarou que a lei “representa uma ameaça significativa aos direitos e interesses dos povos indígenas do Brasil”. Além disspo, o Cimi ressaltou a perda de autonomia que a norma implicaria ao impor um modelo educacional padronizado que não respeita a diversidade cultural e linguística dos povos originários.
Revogação de lei
Depois de quase um mês de ocupação, e de tanta repercussão nacional e internacional, principalmente por ser a sede da próxima COP, o governador voltou atrás e anunciou que revogaria a lei. Com votação unânime, a Alepa votou pela revogação da Lei nº 10.820/2024.
Com a revogação, as diretrizes sobre a educação pública do Pará, incluíndo as indígenas, voltam a funcionar conforme as antigas leis em vigor até 19 de dezembro de 2024. O texto da revogação chegou à Assembleia no dia 5 de fevereiro, após de um termo de compromisso entre o governador e representantes de povos indígenas para a revogação.
*Com informações de Carta Capital, Alepa e Conselho Indigenista Missionário
]]>O Brasil, por muito tempo, foi referência em vacinação, principalmente para as crianças: prova disso foi a erradicação da poliomielite. Desse modo, o país teve algumas gerações que já nasceram com imunização contra várias doenças.
Cada vez mais, os governos estaduais e federal foram investindo em campanhas publicitárias para incentivar a vacinação nas crianças, e era crescente o número dos pais que se atentavam a isso.
Entretanto, as coisas começaram a mudar no período da pandemia de covid-19, quando uma onda de fake news e desinformação recaiu sobre os imunizantes da doença, e não demorou muito para isso ser agregado às vacinações em geral. Contudo, o cenário recente tem demonstrado, mesmo que de forma tímida, que a crença na imunização está retornando.
Queda na vacinação infantil
Segundo dados divulgados em 2022 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a taxa de vacinação infantil no Brasil sofreu uma queda brusca - de 93,1% para 71,49%. De acordo com a pesquisa, realizada em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse número colocou o Brasil entre os dez países com menor cobertura vacinal do mundo.
A baixa cobertura vacinal deixou o público infantil vulnerável à doenças que já não eram mais uma preocupação, como o sarampo, que foi erradicado no país em 2016 e em 2018 voltou para a lista de doenças no Brasil. Além do sarampo, outras doenças como meningite, rubéola, difteria e a poliomielite, que teve seu primeiro caso suspeito após 34 anos. A vítima foi uma criança de 3 anos em Santo Antônio do Tauá (PA).
Após o caso ter repercussão nacional, o Mistério da Saúde publicou nota declarando que a criança não tinha poliomielite. Mas, segundo os médicos que cuidaram do caso, a criança estava com todos os sintomas da doença, como perda de força nas pernas, febre e dores musculares.
Fake news e a mudança de chave
Um dos fatores que propiciaram a baixa imunização infantil foi a desinformação. Uma pesquisa feita em todo o país mostrou que três em cada dez responsáveis já pensaram em não vacinar seus filhos. Os motivos giram em torno da mesma questão: a falta de informação sobre a imunização contra doenças e a enxurrada de fake news.
Para mudar esse processo, uma campanha foi criada para espalhar informações corretas. A campanha “Mais Que um Palpite”, que é promovida pela Sociedade Brasileira de Pediatria, desmistifica até frases de conhecimento popular, como quem diz que “leite é tudo igual” ou que a criança está “chorando de calor”, ou que “se ficar no sereno, vai pegar pneumonia”. As frases vêm de pessoas definidas pela campanha como ‘palpiteiros’, tendo elas boas intenções ou não.
Depois desse cenário alarmante e chegar a um índice de imunização de somente 10% contra a poliomielite em 2023, o Brasil superou o índice do ano de 2009, que foi de 29%. Até então, era o pior após o Brasil começar sua cobertura vacinal.
A cobertura das vacinas do calendário infantil disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) vem crescendo nos últimos dois anos. Em 2024, 12 das 16 vacinas já ultraaram o percentual do ano anterior e três imunizantes já atingiram a meta de cobertura. A vacina que previne tuberculose, por exemplo, está em 91,73% de cobertura (a meta é de 90%).
A cobertura da primeira dose da tríplice viral, que previne sarampo, caxumba e rubéola, está em 95,69% (a meta é de 95%). A cobertura da polio oral, a gotinha que previne contra a poliomielite, em 95,58% (a meta é de 95%). Os dados estão no do Ministério da Saúde, referentes às doses aplicadas até 30 de novembro de 2024.
Importância da vacinação
As vacinas desempenham um papel essencial na prevenção de uma série de doenças potencialmente graves. Novo coronavírus, dengue, sarampo, caxumba, rubéola, a lista é longa e esses são só alguns exemplos em que os imunizantes atuam de forma preventiva, estimulando a produção de anticorpos e fortalecendo o sistema imunológico contra agentes patogênicos.
Especialmente em crianças, a vacina cria uma base sólida de imunidade, logo cedo, que vai protegê-las ao longo da vida, reduzindo os riscos de infecção até a fase adulta.
Segundo a médica Yasmin Favacho, a volta da vacinação em massa das crianças é um sinal de que os pais estão voltando a acreditar na vacina. “Todas as vacinas são aprovadas e submetidas a testes rigorosos ao longo das diferentes fases de ensaios clínicos. E elas seguem sendo avaliadas regularmente. As vacinas são comprovadamente seguras e a melhor estratégia para proteger a nós mesmos e às pessoas que amamos”, Favacho pontua.
*Com informações da Unicef Brasil, do Ministério da Saúde e de Yasmin Favacho
]]>O fundador do Facebook, Mark Zuckerbeg, anunciou mudanças na moderação das redes sociais do Grupo Meta, do qual é CEO, no dia 7 de janeiro. Zuckerberg encerrou o programa de checagem de fatos nos Estados Unidos. Segundo ele, a plataforma irá voltar às suas origens, defendendo o que ele chama de liberdade de expressão.
A decisão deixa claro o alinhamento da empresa com a gestão de Donald Trump, que voltou à presidência dos Estados Unidos. As medidas começam a ser implementadas nos Estados Unidos, e em breve em outros países.
Entre as mudanças, está o fim da parceria em que checadores de fatos independentes parceiros sinalizavam publicações enganosas na plataforma, da qual várias agências de fact-cheking fazem parte. Além disso, a implementação do sistema de notas de comunidade, assim como no X (ex-Twitter) , no qual usuários são responsáveis por acrescentar contexto ou apontar erros em posts.
Ainda, há a volta das recomendações de conteúdos políticos no feed, independente do interesse do usuário, a eliminação de restrições sobre conteúdos relacionados à imigração e à identidade de gênero e a realocação das equipes de moderação de conteúdo da Califórnia, estado democrata, para o Texas, estado republicano.
Impacto das mudanças para o jornalismo
Com as fake news e a desinformação cada vez mais fortes e fáceis de serem propagadas, essa atitude de Zuckberg atinge o jornalismo e, consequentemente, a checagem de fatos - um dos pilares da atividade jornalística. Com qualquer pessoa podendo dar o veredito de uma informação ser verdadeira ou não, isso afeta vários setores da comunicação.
Segundo a jornalista Karen Lacerda, o jornalismo irá sofrer mudanças com essa alteração no comportamento do dono da Meta. Para ela, a credibilidade da informação vai ser abalada, com a transferência de checar ando para os próprios usuários, o que vai reduzir o rigor na identificação de fake news e desinformação.
Além de reduzir o papel dos jornalistas como verificadores de fatos, "jornalistas e grandes veículos de comunicação são bastante ativos nas redes sociais e realizam um papel muito importante, de checar e publicar notícias. Com esse papel podendo ser feito por qualquer pessoa, irá descredibilizar os profissionais do jornalismo", diz Lacerda.
Ela ressalta que essa substituição pode minar os esforços jornalísticos pra combater as fake news: "Já que os jornalistas podem encontrar um público mais cético ou menos interessado em suas verificações, por conta do protagonismo das notas da comunidade, pode tornar as redes um ambiente cada vez mais hostil para os jornalistas".
*Com informações do Portal Aos Fatos
]]>Estamos na era digital, e as redes sociais são praticamente uma identidade das pessoas na internet. Além disso, são utilizadas para várias atividades, como ferramenta de trabalho, melhorar a imagem de alguém ou alguma empresa, ou ainda entretenimento. E o tempo que as pessoas am nas redes é tema de discussões, principalmente pelo excesso de uso, que atinge todas as faixas etárias, mas especialmente os mais jovens.
O uso excessivo de redes sociais para as faixas etárias mais novas, como adolescentes e jovens, está sendo tema de diversas pesquisas no meio científico. O impacto que isso pode gerar ainda é incerto, mas o que se sabe é que não é algo positivo, pelo fato de ser fácil ficar viciado.
Segundo a psicóloga Lisa Guerra, as redes sociais são fontes de dopamina, que é o neurotransmissor responsável por sensações como prazer e motivação. "A partir do momento que o cérebro recebe essa descarga de dopamina, ele irá se acostumar com isso, e não terá mais estímulo para realizar outras funções, como estudar ou fazer atividades físicas, que precisam de mais energia do seu cérebro", afirma a psicóloga.
A geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, está mudando o consumo de conteúdo na internet. Segundo o relatório anual de tendências do Spotify, chamado de Culture Next, os jovens dessa geração estão explorando novas formas de interação com músicas e podcasts. O estudo destaca que 70% dos jovens brasileiros acreditam que ouvir música e podcast pode diminuir o uso excessivo de redes sociais.
Os dados revelam uma mudança de comportamento: os jovens estão procurando conexões mais autênticas e menos mediadas pelas plataformas sociais. Com 95% deles afirmando que preferências musicais semelhantes podem fortalecer laços, a música se torna uma ferramenta de socialização.
O crescimento dos podcasts
Os podcasts cresceram, principalmente na época da pandemia de covid-19. De lá para cá, o numero de novos podcast só creceu, e o número de pessoas que consome também.
Nos primeiros cinco meses de 2024, foram consumidos 2,9 bilhões de minutos em podcasts apenas em vídeo, marcando um aumento de 58% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este crescimento impressionante pode ser atribuído à capacidade dos podcasts de transformar momentos cotidianos, como as viagens, as tarefas de casa e o treino na academia, em momentos de entretenimento ou aprendizado, dependendo do conteúdo consumido.
O consumo de rádios na internet
O rádio existe há muito tempo, ou por diversas transformações e, com o surgimento de novas mídias, perdeu espaço. Recentemente, o rádio voltou a ter um audiência significativa, utilizando outro veículo de informação: a internet. Com sites hospedando sinais de rádios, consumir sua estação favorita ficou mais fácil - além da praticidade, o pouco uso de dados móveis é mais um fator que favorece as rádios de serem consumidas nos celulares.
Segundo estudo do IBGE de 2021, o último feito pelo instituto sobre o tema, o alcance das rádios aumentou. Na Região Sul, com maior porcentagem, 85% das pessoas declararam ouvir rádio.
A pesquisa ainda afirma que o rádio é consumido por todas as classes sociais, com a classe C sendo a que mais ouve, com 43%, seguida pela classes A e B, com 20% cada.
O celular é, de acordo com o levantamento, o dispositivo mais utilizado para ouvir rádio. Segundo a pesquisa, 66% usam o dispositivo, seguido pelo computador (37%) e por outros equipamentos (8%). Com uma concentração na classe A e B (67%) e mais jovem, com 57% dos ouvintes entre 20 e 39 anos.
*Com informações do Spotify e da psicóloga Lisa Guerra
]]>Sábado, 17 de agosto de 2024. Por incrível que pareça, foi um dia de trabalho. Eu estava no escritório comercial da faculdade onde trabalho, acompanhado de duas moças.
O monitor de parede estava sintonizado na TV Globo, onde era transmitido o programa semanal "É de Casa". Por volta de 9h, horário de Manaus, minhas companheiras de trabalho ficaram espantadas e desesperadas ao ouvir esta notícia: a morte do carismático Silvio Santos. Segundo a jornalista Zileide Silva, o apresentador estava no Hospital Albert Einstein, internado com o vírus Influenza, pegou uma infecção nos pulmões e, aos 93 anos, não resistiu.
Mesmo com a histórica luta por audiência, principalmente no horário nobre, o que prevalece nos bastidores é a cooperação e a empatia. Ao contrário das concorrentes, que surgiram de rádios, jornais e revistas, como a própria Globo, o SBT, outrora TVS, é a extensão do Programa Silvio Santos, que há mais de 60 anos tem sido uma importante vitrine da cultura popular, a maior em horas de duração.
Com a morte de seus fundadores, as grandes emissoras devem obedecer às diretrizes originais e, ao mesmo tempo, adaptar-se às novas demandas do mercado da comunicação. Caso contrário, podem perder o rumo e sumir das telas, mas não da memória afetiva das pessoas.
Em “ritmo de festa que balança o coração”, esta crônica dará destaque ao homem que deixou todos os nossos domingos mais coloridos.
É domingo! É alegria! Silvio Santos vem aí...
Ao som dessa música simples e bastante animada, as mulheres que ocupam todos os assentos do auditório, com pompons para o alto, preparam-se para ar o dia todo ao lado do homem de sorriso largo, comunicador por excelência. Em casa, a família tomada pela mesma euforia se reúne na frente da TV para mais um dia de alegria infinita.
"O sorriso é a melhor arma para inspirar confiança. O homem que sorri é uma pessoa confiante e de quem toda gente gosta" (Silvio Santos).
Assim era a vida do Silvio: até as dificuldades eram motivos para que ele continuasse a sorrir. A propósito, ele contou sua história com exclusividade para o saudoso jornalista Arlindo Silva, autor do livro-reportagem A fantástica história de Silvio Santos.
Arlindo era repórter de O Cruzeiro, a revista mais importante da América Latina à época, e teve uma breve decepção: o Silvio evitava contato com a imprensa. Mas, no palco, ele pôde se aproximar do comandante dos domingos e seus dois aliados: Gonçalo Roque, o homem das caravanas, e o locutor Luiz Lombardi, que não era reconhecido a não ser pela própria voz, quando era chamado assim: “É você, Lombardi!”
Vou tentar resumir essa história, para depois contar a minha experiência dentro da televisão.
A origem da constante alegria
Nascido no Rio de Janeiro, à 0h15 do dia 12 de dezembro de 1930, Silvio Santos veio de uma família muito próspera nas finanças, advinda da diáspora judaica. Por isso, ao nascer, recebeu outro nome: Senor Abravanel, o mesmo nome de um de seus netos. Aos 14 anos, saiu de casa, no bairro da Lapa, e aprendeu a ser profissional nas ruas. Junto a seu irmão, Leon, vendia canetas e capas para título eleitoral, conquistando clientes não só falando, como também fazendo truques de mágica. Eles trabalhavam só 45 minutos por dia, enquanto os guardas almoçavam.
Um dia, no meio do temido “rapa”, o então chefe da fiscalização municipal abordou o jovem camelô, elogiou seu bom discurso e o encaminhou para a Rádio Guanabara. O rapaz aceitou a proposta, participou de um concurso, ou em primeiro lugar e foi contratado. Mas, ao descobrir que não ganharia o suficiente, saiu da emissora depois de um mês e voltou para as ruas, onde lucrava mais todos os dias.
Entre a música nos barcos e o Baú da Felicidade: Silvio Santos conquista autonomia
Aos 18 anos, enquanto servia ao Exército na Escola de Paraquedistas, Senor começou a trabalhar aos domingos como voluntário nas rádios Mauá, Tupi e Continental, de Niterói. De repente, cismou de colocar música nos barcos para deixar as viagens mais animadas. Começou a fazer propagandas, contratou mais locutores, abriu um bar, colocou um bingo e se tornou corretor de anúncios.
Em 1954, a convite de um amigo, diretor da Antarctica, Silvio viajou para São Paulo e foi convidado para mais um teste, desta vez na Rádio Nacional. ou e foi contratado para três meses de estágio. Com aquele barco de volta ao estaleiro, transferiu o bar e chamou um sócio. Não deu certo.
Então, lançou uma revistinha de atempos para ser vendida aos donos de casas comerciais, começou a fazer shows em circos e comícios políticos, interagindo com o povo. Nessa época, por ficar muito envergonhado, foi apelidado de “O Peru que Fala”. Foi assim que ele se tornou um empresário próspero, audacioso e resiliente.
O Baú da Felicidade surgiu do nada, como fruto de trambique
Sempre associada à pessoa do Silvio Santos, a empresa na verdade foi fundada pelo radialista e escritor Manuel de Nóbrega, em parceria com um alemão cuja identidade nunca foi descrita. A ideia era distribuir cestas de brinquedos aos clientes depois que as prestações mensais fossem quitadas durante um ano.
Acontece que o Homem da Praça, antecessor de Carlos Alberto de Nóbrega, foi enganado por esse alemão, e assim os fregueses ficaram sem os prêmios. Foi então que Silvio Santos, como empresário, entrou em ação: ao descobrir que o escritório ficava em um porão, às escondidas, e que o tal Baú parecia urna de cemitério, mandou embora o gringo trapaceiro e reformou o ambiente.
Fechou contrato com outras empresas e ou a vender não só brinquedos, como também louças, utilidades domésticas, casas próprias e automóveis, aplicando a estratégia do crediário em carnê. Além disso, aproveitou todo o seu portfólio e promoveu sorteios para premiar os clientes pontuais do Baú. Ao descobrir tal façanha, Manuel se desfez do negócio, mas manteve amizade com o Silvio e o encaminhou para a televisão.
O Baú da Felicidade segue ativo nos dias de hoje, graças à parceria com outra empresa criada por Silvio Santos e fidelíssima anunciante do SBT: a Jequiti Cosméticos, famosa por oferecer os “perfumes das estrelas”.
Programa Silvio Santos: a vitrine da cultura popular
O SBT é a mais conhecida empresa do Grupo Silvio Santos. Durante muitos anos, disputou com a Rede Globo a preferência popular, seja no horário nobre ou nos domingos. Essa briga é uma estratégia bem-humorada de marketing, o que fortalece ainda mais o perfil da emissora, baseado em programas de auditório e variedades.
No entanto, o Programa Silvio Santos é muito mais antigo e, antes do SBT, foi uma das primeiras iniciativas de produção independente na TV. Eu explico.
Silvio ingressou na TV Paulista, em 1961, com o programa Vamos brincar de forca. Mas o ponto de partida do Programa Silvio Santos é obviamente um domingo, 2 de junho de 1963, quando comprou a faixa das 12h às 14h. A princípio, seria para anunciar os produtos do Baú da Felicidade.
A combinação de números musicais, jogos, brincadeiras com o auditório e sorteios com distribuição de prêmios foi um sucesso imediato. Por isso, quando a recém-criada TV Globo comprou o Canal 5 paulistano, em 1966, e evoluiu para rede nacional, em 1969, a audiência aumentou pra valer e, assim, Silvio começou a preencher tardes inteiras de domingo.
Acontece que, no início da década de 1970, Boni e Walter Clark adotariam o famoso “Padrão Globo de Qualidade”, que acabou por não contemplar o Programa Silvio Santos por este ser produção independente. Mesmo assim, recebeu mais uma chance e ficou na Globo até 1976. Ao mesmo tempo, aquele negócio de venda de comerciais que não fossem do Baú da Felicidade evoluiu para uma verdadeira infraestrutura de televisão, localizada onde eram os estúdios da extinta TV Excelsior e que, mais tarde, seria a primeira sede do SBT.
TV Studios Silvio Santos: o início de um sonho colorido
Incentivado pelo amigo Manuel de Nóbrega, Silvio comprou 50% das ações da TV Record de São Paulo e, finalmente, realizou o sonho de ser dono de uma emissora de televisão ao receber do Governo Federal a concessão do Canal 11 do Rio de Janeiro, em 1975.
O próprio Silvio nos conta como foi essa vitória para os artistas e o povo brasileiro:
Em julho de 1980, envolvidas em severa crise financeira, a TV Tupi e as suas emissoras associadas foram extintas por decisão do então presidente, o general João Figueiredo. Mais uma oportunidade para Silvio Santos expandir o sinal da TVS em todo o Brasil: em 1981, ele ganhou a concessão do Canal 9 do Rio de Janeiro, do Canal 5 de Belém e Porto Alegre e, claro, do Canal 4 de São Paulo.
O que outrora eram a Continental no Rio, a Piratini no Rio Grande do Sul, a Marajoara no Pará e a Tupi de São Paulo se uniram à TVS do Rio e formaram o SBT, Sistema Brasileiro de Televisão.
Vem aí, o vice-campeão de audiência
Esse trocadilho representa que a briga entre o SBT e a Globo pelos números do IBOPE sempre foi descontraída. Mas repito o que escrevi ao iniciar esta crônica: nos bastidores, Silvio Santos sempre tratou Boni e Roberto Marinho com cavalheirismo e compaixão.
Ao contrário de uma Globo muito metódica, o SBT não é exatamente uma rede nacional como quaisquer outras, pois dá mais liberdade para que as afiliadas produzam seu próprio conteúdo, destacando a identidade local e regional.
A programação inicial de 12 horas trouxe conteúdos diversos para as classes menos abastadas. Além de filmes, seriados e longas-metragens comuns para a concorrência, os programas de auditório e variedades foram renovados com a estrutura da antiga Tupi e profissionais vindos de outras emissoras.
Ao longo da história, Silvio incorporou cenários, vinhetas, formatos e logomarcas de emissoras da América Latina, dos Estados Unidos e da Europa, a fim de enriquecer e aprimorar a grade do SBT e sintonizá-la com as transformações do mercado da comunicação, sempre mantendo o contato com os amigos de casa.
Eu aprecio o vídeo que vem a seguir, pois mostra não só a evolução das vinhetas do SBT, embora importadas de outras nações, como também a renovação do seu compromisso com a população brasileira.
O dia em que Silvio Santos visitou a TV Norte, em Manaus
Seduzido por uma publicação no Instagram, senti o desejo de saber como é feito um programa de auditório ao vivo. Quem me conhece, sabe que sempre fui apaixonado por televisão. Já fui entrevistado por alguns repórteres, já cumprimentei alguns apresentadores fora de estúdio. Mas minha primeira visita a uma emissora local de televisão seria… no Dia de Finados!
“Ah, não! Mas logo esse dia?” E daí?
Nada me faria perder o foco. Estudei o percurso de minha casa até a emissora, vesti a melhor roupa, fiquei aborrecido com a demora do ônibus, mas consegui chegar.
A TV Norte, que espalha o sinal do SBT por todo o Amazonas, é o que posso chamar de “cria dos Hauache”. Para quem não sabe, foram eles que trouxeram a televisão para Manaus com a estreia da TV Ajuricaba, em setembro de 1969. Nós, manauaras, tivemos o primeiro canal de televisão já em UHF!
Rebobinando a fita… o Canal 10 de Manaus, por onde já ou a Rede Record, exibe um programa itinerante cujo título traz leveza para os nossos dias de dor: “Agora é Sábado!”
Uma vez por semana, sempre ao meio-dia, meu colega Clayton Pascarelli e sua caravana percorrem a cidade inteira e ficam em um ponto estratégico onde os operários da televisão e o povo se encontram num intercâmbio de música, dança, humor, prêmios, jogos, notícias e emoção, seguindo o “ritmo de festa” do Programa Silvio Santos.
A cada mês, um lugar diferente. Mas aquele 2 de novembro seria especial: o “Agora é Sábado” seria transmitido ao vivo, do estúdio principal da TV Norte, pois o Pascarelli voltaria para as telinhas depois de sua primeira e única participação nas eleições para vereador de Manaus.
A pauta de reportagem causaria inveja para a turma do Scooby-Doo: meu xará, que de Nobre só tem o sobrenome, abordou as lendas folclóricas da Amazônia, foi em busca dos fantasmas do Teatro Amazonas e fez uma excursão pela vila de Paricatuba.
No palco, o caos está formado: a trilha sonora do Forró Exclusivo e do DJ Belfort, não aquele lutador de MMA. O “Motoboy da Feira do Produtor” era o Liminha de Manaus. Eu estava no auditório, observando tudo de perto e, de repente, comecei a imitar o Silvio Santos, sem aqueles trajes e sem aquele microfone peculiar que parece um avião e veio da Alemanha.
Aí, o Liminha de Manaus me chamou para brincar de “Qual é a Música” e “a ou Rea”. Assim mesmo, fingindo ser o Patrão, tomei um banho de torta daqueles bem satisfatórios e ainda ganhei um rancho! Que emoção!
Eu sei, foi difícil levar aquele rancho para casa, a pé e de ônibus. Mas é assim que quero me lembrar de como o Silvio Santos se divertia fazendo televisão no meio e para o povo.
Dúvidas sobre as atrações do SBT
Eu sempre quis assistir a outro tipo de novela que não fosse da Globo
O SBT e a Televisa estão unidos para oferecer as mais intensas e emocionantes histórias de amor. Vindas do México, são dramas do começo ao fim.
Você sabia que, no tempo dos meus avós, só ava jornal e programa feminino de manhã? Pois o Silvio Santos, logo que instalou o SBT, trouxe de fora o palhaço Bozo para justamente chamar a atenção da garotada. Por causa deles, nossas manhãs e tardes ficaram muito mais coloridas.
Para Silvio, não importava se iria perder dinheiro: "Eu tenho um compromisso para com as crianças, e o SBT jamais deixará de exibir desenhos animados”.
Afinal, por que os jornalistas de hoje estão mais descontraídos?Agradeçam ao Silvio Santos, pois foi ele quem tornou o jornalismo mais descontraído, à imagem e semelhança do povo. Aqui Agora, Primeiro Impacto e Tá na Hora não me deixam mentir.
Também foi ele que trouxe dos EUA o conceito de anchorman, aquele que dá a notícia, faz comentários ao vivo e, fora do ar, participa da construção do noticiário.
Legado do maior comunicador da TV brasileira permanece
Assim sendo, Silvio deixou de ser camelô e abraçou de vez o sonho de ser o mais completo e autêntico apresentador da televisão brasileira. A cada domingo, ele não só comandava a festa do povo. Dava aulas de comunicação simples, original e descontraída, sem complicações. Aliás, o homem interagia com o auditório, ao mesmo tempo em que recebia gentilmente os convidados no palco.
Seu legado continua no programa dominical que agora é conduzido pela Patrícia Abravanel, na roleta premiada sob os cuidados da Rebeca, nos desenhos que deixam o Sábado muito mais Animado com a Silvia, no Domingo Legal que o saudoso Gugu Liberato entregou para o Celso Portiolli e, por fim, na gestão empresarial de Renata e Daniela.
São as filhas do Silvio, da Cidinha e da Íris que agora tocam este barco tão animado e colorido que é o SBT.
Dentre os vários assuntos e discussões de 2024, houve a "PEC das Praias", projeto de emenda à Constituição que gerou muita discussão política em Brasília e também na internet. Até a atriz Luana Piovani e o jogador Neymar debateram nas redes sociais, no ano ado. Já na capital federal, defensores da PEC afirmaram que as polêmicas são infundadas, devido às praias serem bens públicos de uso comum. Os parlamentares que são contra alegam que o projeto é uma ameaça ao patrimônio publico e ambiental.
Quando o tema foi ao Senado, começou toda a repercussão, muito pela possibilidade de privatização das praias. Temos que começar falando sobre os espaços chamados de terreno de marinha, que são espaços que pertencem à União, ou seja, são federais, definidos com base no ano 1831. Eles foram medidos a partir de uma linha da maré mais alta, de 33 metros para dentro do continente ou de ilhas.
Hoje, quem possui terrenos dentro dessas áreas paga taxas definidas em um decreto de 1947, atualizado em 2020. Vale ressaltar que pessoas de baixa renda que moram nesses terrenos são isentas. A emenda propõe que eles possam ser transferidos para os estados, municípios ou mesmo para proprietários particulares.
Essencialmente, a emenda quer eliminar uma taxa chamada laudêmio. Essa taxa é cobrada pela União em transações de compra e venda de imóveis localizados nesses terrenos. Se a proposta for aceita, essa taxa não será mais cobrada em futuras transações.
Além disso, a emenda sugere que os terrenos que já possuem construções de prédios públicos em automaticamente para o controle de estados e municípios, sem custos adicionais.
Introdução da proposta em Brasília
Quem introduziu essa proposta foi o então deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), e em 2022 foi aprovada na Câmara dos Deputados, com votos tanto de partidos de direita como de esquerda.
Os partidos que foram unânimes em votar contra foram PV e PSOL. O PT, partido do Presidente Lula, que já deixou claro que é contra a proposta, votou contra, com exceção de Helder Salomão (ES), Merlong Solano (PI) e Odair Cunha (MG).
Argumentos de quem é contra e de quem é a favor
Em maio de 2024, a proposta foi para o Senado e, após o início da discussão, o debate foi adiado e retomado no dia 1º de dezembro. Vamos aos argumentos dos favoráveis e os que são contra a PEC. Começando pelos favoráveis.
Após a repercussão do assunto, o relator da proposta no Senado, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), argumentou que os terrenos de marinha são fonte de insegurança jurídica quanto à propriedade de edificações, especialmente porque muitos terrenos vieram a ser adquiridos por particulares, sem saber que tais imóveis pertenciam à União, que cobra taxas pela ocupação, o laudêmio.
Quem é contra, defende que isso seria um tipo de privatização das praias, além de aumentar impostos, e também aponta os riscos ambientais que podem acontecer. Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES) destacaram possíveis riscos ambientais, questão também levantada pela senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da Comissão de Meio Ambiente, e a exploração privada das praias que a PEC pode permitir.
Entre os possíveis problemas, a proposta abre margem para que as praias sejam privatizadas e se tornem particulares, especialmente para resorts e outros conglomerados turísticos, alguns parlamentares defenderam, impedindo que a população possa entrar gratuitamente e ainda proibir o o de pescadores artesanais que têm no mar a sua fonte de renda.
Caso seja aprovada no Senado, a proposta irá para o presidente sancionar ou não o projeto de lei. O governo é contrário a qualquer programa de privatização das praias públicas, disse Alexandre Padilha, ministro de relações internacionais, em junho de 2024, após uma reunião de articulação com ministros comandada pelo presidente Lula, no Palácio do Planalto.
A comissão de Constituição e Justiça pode votar duas propostas que mexem com a ocupação da costa brasileira. A do senador Esperado Amin (PP-SC) torna crime a restrição de o público às praias. A outra permite transferência da propriedade de terrenos de marinha para Estados, Municípios e atuais ocupantes das áreas costeiras, mediante o pagamento de uma taxa. O relator Flávio Bolsonaro (PL-RJ) propõe que a arrecadação obtida com a chamada PEC das Praias vá para a distribuição de água potável e saneamento básico nas regiões de praias, marítimas ou fluviais.
*Com informações da Rádio Senado e G1.COM
]]>O desemprego sempre foi um tema muito discutido no Brasil, desde como se ele está em alta ou se teve uma baixa, como está difícil arrumar um emprego e como a falta dele fez muitas pessoas irem para a informalidade. Em território brasileiro, o desemprego sempre está nos holofotes dos portais de notícias, jornais televisivos e impressos.
A maior alta do desemprego foi após a ditadura militar, período que deixou a economia do país em uma situação complicada. Os governos sucessores de Sarney e Fernando Collor não conseguiram organizar a economia, ato que só foi iniciado no governo de Itamar Franco. Após isso, o Brasil ou por altos em baixos na taxa de desemprego, mas nada comparado àquela época.
Mas, em 2012, teve início a chamada "série histórica", que foi reconhecida como a pior fase de desemprego no Brasil após a redemocratização. Ao longo desse período, houve a pandemia de covid-19, que teve um impacto muito significativo no mercado de trabalho e terminou com muitos desempregados. Os dados usados neste texto se referem ao ano de 2024.
Segunda menor taxa de desemprego desde 2012
Recentemente, tivemos um recuo muito significativo no desemprego, de 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024. O resultado é 0,5 ponto percentual (p.p.) menor se comparado ao período anterior entre abril e junho de 2024, quando ficou em 6,9%. Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023, a queda é 1,3 p.p. Naquele momento, a taxa era 7,7%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a segunda menor taxa de desocupação da série histórica.
A população desocupada, que é o número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por um emprego, diminuiu para 7 milhões. Conforme o IBGE, desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015 este é o menor contingente. Com recuos significativos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541 mil pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas, segundo o texto do IBGE.
Indústria e comércio
A pesquisa ainda mostrou que o aumento da ocupação no trimestre foi puxado pelo desempenho da Indústria (3,2%) e do Comércio (1,5%). Na comparação trimestral, esses dois grupos de atividade absorveram 709 mil trabalhadores, sendo 416 mil da Indústria e 291 mil do Comércio. Outro recorde foi na população ocupada no Comércio, que atingiu 19,6 milhões de pessoas. Já os outros grupos permaneceram com estabilidade na comparação trimestral.
Na comparação anual, indústria, construção, comércio, transporte, informação e comunicação, istração e outros serviços registraram crescimento no número de ocupados. Em movimento diferente, alojamento e alimentação e serviços domésticos mantiveram estabilidade. Com queda de 4,7%, apenas a agropecuária recuou.
Mercado de Trabalho
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado, sem considerar os trabalhadores domésticos, foi a 39 milhões. É o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua. Avançou 3,7% (1,4 milhão a mais) em 1 ano e 1,2% (mais 479 mil pessoas) no trimestre. A quantidade de empregados sem carteira assinada no setor privado também bateu recorde: são 14,4 milhões. A alta foi de 3,7% (mais 517 mil pessoas) ante o trimestre anterior e de 8,4% (mais 1,1 milhão de pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria somou 25,7 milhões e se manteve estável. O número de trabalhadores domésticos (6 milhões de pessoas) cresceu 2,3% (mais 134 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano. A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada –ou 40,3 milhões de trabalhadores nesta situação. O percentual era de 38,7% no trimestre anterior e de 39,1% no mesmo trimestre móvel de 2023.
Mas é claro que o mercado de trabalho exige mais coisas, além da vontade de trabalhar, uma delas, e que provavelmente a mais requisitada, é a qualificação. E de 2015 pra cá, cada vez mais as empresas estão buscando por qualificação. Segundo o levantamento, 67% das vagas operacionais criadas no Brasil no último ano exigiam ensino médio, e apenas 6% aceitavam profissionais com ensino fundamental. Mais de 90% dessas posições ofereceram salário de até R$ 2 mil. E a expectativa é que pessoas que tenham somente o ensino fundamental não consigam mais exercer essas funções.
Além de maior nível de escolaridade, as empresas aram a exigir um conhecimento maior de informática, sendo 40% em Excel, 34% para Windows e Word. Por outro lado, o inglês foi apontado como necessário em apenas 11% das vagas consultadas. O mercado também está mais flexível em relação à experiência, sendo obrigatória em apenas 19% das ocupações.
*Com informações do IBGE e Agência Nacional.
]]>Mais uma Conferência das Partes foi concluída, em Baku, no Azerbaijão, na última semana, contando com a presença de jovens de todo o mundo - entre eles, brasileiros. Com a projeção do agravamento das mudanças climáticas caso as emissões de gases de efeito estufa não consigam ser reduzidas, a população mais jovem do planeta ficará em um alerta ainda maior, apontam especialistas. Isso porque, naturalmente, os jovens são os que deverão sofrer mais direta e intensamente as consequências do aquecimento global. Daí o papel fundamental que a juventude apresenta nas discussões climáticas.
Jovens de diversos territórios brasileiros atravessaram continentes em busca de espaço e voz nas negociações climáticas da 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP29. Durante os 12 dias de negociações, os movimentos juvenis trabalham em busca de financiamento por ações climáticas em territórios brasileiros.
Jovens da periferia nos debates
A Coalizão COP das Baixadas é um grupo que reúne jovens periféricos nas universidades de Belém (PA) em torno da vivência daqueles que moram nos lugares tradicionalmente ocupados por populações de menor renda e também com menos infraestrutura, mais sujeitos às inundações e movimentações de terra.
Atuando em várias frentes, o grupo que reúne 15 organizações da sociedade civil, ou trabalhar no desenvolvimento das próprias ferramentas para diagnosticar como as baixadas são impactadas pelos extremos climáticos e também na construção de ações transformadoras dessa realidade de vulnerabilidade e racismo climático. Segundo a presidente Waleska Queiroz, uma das fundadoras do movimento. Afirma que o grupo se uniu com o propósito de entender que as áreas periféricas têm potencial magnífico para ser um agente transformador e também construir políticas climáticas - assim surgiu o Observatório das Baixadas.
Tal iniciativa, cocriada entre COP das Baixadas e PerifaConnection, é dedicada a discutir e implementar soluções para as mudanças climáticas em comunidades urbanas de baixada no Brasil. Foca, portanto, em promover práticas de adaptação para mitigar os riscos de desastres causados por eventos climáticos extremos, tais como enchentes, inundações, tempestades, secas, etc.
A plataforma na internet foi lançada no pavilhão brasileiro da COP29, com a realização do "Das Favelas às Baixadas: Organizações Periféricas no Enfrentamento ao Racismo Ambiental, Construindo Caminhos de Adaptação Climática no Brasil". A ferramenta interativa traz um Atlas das Baixadas existentes no país tropical. Nela, é possível identificar em tempo real os riscos de desastres causados por eventos climáticos extremos como enchentes, tempestades e secas. Conforme Waleska, “não se fala de desenvolvimento sem envolver a população que é mais atingida. Então, a gente trabalha com a democratização de dados, a democratização da informação sobre clima, essas informações que ainda são muito centralizadas".
A rede Vozes Negras pelo Clima, que debate a ação climática com centralidade nas questões de raça e gênero, preparou o relatório Nada Sobre Nós sem Nós, para trabalhar na COP29. O documento propõe uma agenda pautada por justiça climática, a partir do olhar de 11 mulheres negras que vivem os impactos territoriais e constroem soluções baseadas em suas histórias de protagonismo nos biomas do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
Jovens do Sul Global
Assim como as outras organizações de defesa dos direitos humanos das quais falamos anteriormente, o Instituto Alana participou da COP 29 com uma comitiva com a parcela da população a quem direciona ações há três décadas: crianças e adolescentes. O grupo é formado por quatro ativistas, todos membros do Children For Nature Fellowship, programa do instituto voltado à garantia de participação de pessoas do Sul Global em plataformas regionais e mundiais.
Para assegurar que as crianças e os adolescentes possam participar dos debates com o mesmo nível de respeito e escuta dispensado aos adultos, o Alana programou o ato batizado de Kids' Corner (canto das crianças, em tradução livre). O nome foi pensado para evocar o Speaker’s Corner, um espaço localizado no Hyde Park, em Londres, reservado a qualquer pessoa que deseje se manifestar publicamente e ser ouvida quanto ao que apresenta. No Kids’ Corner, é posicionado um caixote, que representa um púlpito, no qual as crianças e adolescentes sobem para reclamar direitos ou se pronunciar sobre algum assunto.
*Com informações de Diário do Pará, Agência Brasil e Rádio Agência
]]>O Brasil tem 16,39 milhões de pessoas morando em favelas, o que representa 8,1% do total de 203 milhões de seus habitantes. Isso significa que oito a cada 100 pessoas vivem em favelas. Os dados fazem parte de um suplemento do Censo 2022, divulgado neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa aponta ainda que há 12.348 favelas em 656 municípios brasileiros. Pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas com características como insegurança jurídica da posse, ausência de serviços públicos, padrões urbanísticos fora de ordem vigente, como casas em cima das outras ou amontoadas, e risco ambiental.
Perfil dos moradores
No Censo de 2010, que fora o ultimo feito até então, o Iinstituto adotava a expressão "aglomerados subnormais" para se referir às favelas. Nesse estudo, o IBGE identificou 11,4 milhões de pessoas em 6.329 aglomerados subnormais, o equivalente a 6% da população da época.
O estudo mais recente mostrou que a maioria da população que mora em comunidades urbanas no Brasil é negra - 56,8% dos moradores são pardos e 16,1% são pardos. Além deles, os brancos representam 43,5% e os indígenas, 0,8%.
Em comparação ao Censo 2010, a quantidade de pessoas que se identificam como brancas caiu, enquanto pessoas que se identificam como negras aumentou. O número de moradores de favelas aumentou 43,4%, totalizando 16.390.815 pessoas, o que representa um aumento de 5 milhões de pessoas.
A população branca caiu de 30,6% para 26,6%, o que representa uma queda de 3,4%. Já o aumento da população negra foi de 12,9% para 16,1%, um crescimento de 3,9%. Os pardos obtiveram um pequeno aumento, de 55,5% para 56,8%, variando em 1,3 pontos acima do índice anterior.
Mulheres e jovens são maioria
Entre os quase 16,4 milhões de moradores das favelas, 51,7% são mulheres e 48,3% são homens. Elas também são maioria em todas as faixas etárias, especialmente entre pessoas com 75 anos ou mais. Já os homens só têm predominância na faixa etária entre crianças até 14 anos.
A população das favelas é mais jovem que a média nacional, sendo que a idade mediana que divide a população em dois grupos de igual número é a de jovens e a outra de idosos. O índice de envelhecimento nas favelas é de 45 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 crianças de até 14 anos, menor que o índice nacional.
Panorama da pesquisa
Ao todo, o IBGE contou 6,56 milhões de domicílios nas favelas brasileiras, o que representava 7,2% do total de lares do país. Desses, 5,56 milhões foram classificados como domicílios particulares permanentes ocupados (DPPO), onde moram 99,8% da população de favelas.
O levantamento aponta que o número médio de moradores dos domicílios em favelas era de 2,9 pessoas, levemente acima da média do total da população brasileira, 2,8. Em 2010, a média nas favelas era 3,5 pessoas; e a do país como um todo, 3,3.
Foram coletadas informações sobre as condições dos lares em favelas. Em relação ao abastecimento, o IBGE identificoque 89,3% dos domicílios particulares permanentes ocupados tinham ligação com rede geral de distribuição. No total do país, esse percentual é menor, 87,4%.
*Com informações do IBGE e Agência Brasil
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