{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type" : "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "url": "/", "logo": "/images/1731419915.png", "sameAs": ["https:\/\/facebook.com\/dicasjornalismo","https:\/\/instagram.com\/dicasdejornalismo","https:\/\/twitter.com\/dicasjornalismo"] }, { "@type": "BreadcrumbList", "@id": "/#Breadcrumb", "itemListElement": [ { "@type": "ListItem", "position": 1, "name": "Lab Dicas Jornalismo", "item": "/" }, { "@type": "ListItem", "position": 2, "name": "Investigativo", "item": "/ver-noticia/42/investigativo" }, { "@type": "ListItem", "position": 3, "name": "Tabela de medidas: a indústria de roupas e os corpos da moda" } ] }, { "@type" : "Website", "@id": "/noticia/9666/tabela-de-medidas-a-industria-de-roupas-e-os-corpos-da-moda#Website", "name" : "Tabela de medidas: a indústria de roupas e os corpos da moda", "description": "A padronização das peças de vestuário pode influenciar na busca por um corpo que encaixe perfeitamente nelas", "image" : "/images/noticias/9666/19113433_pexels-mik.jpg", "url" : "/noticia/9666/tabela-de-medidas-a-industria-de-roupas-e-os-corpos-da-moda" }, { "@type": "NewsMediaOrganization", "@id": "/noticia/9666/tabela-de-medidas-a-industria-de-roupas-e-os-corpos-da-moda#NewsMediaOrganization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "alternateName": "Lab Dicas Jornalismo", "url": "/", "logo": "/images/ck/files/lab600.jpg", "sameAs": ["https:\/\/facebook.com\/dicasjornalismo","https:\/\/instagram.com\/dicasdejornalismo","https:\/\/twitter.com\/dicasjornalismo"] }, { "@type": "NewsArticle", "@id": "/noticia/9666/tabela-de-medidas-a-industria-de-roupas-e-os-corpos-da-moda#NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "/noticia/9666/tabela-de-medidas-a-industria-de-roupas-e-os-corpos-da-moda" }, "headline": "Tabela de medidas: a indústria de roupas e os corpos da moda", "description": "A padronização das peças de vestuário pode influenciar na busca por um corpo que encaixe perfeitamente nelas", "image": ["/images/noticias/9666/19113433_pexels-mik.jpg"], "datePublished": "2021-11-19T19:34:15-03:00", "dateModified": "2021-11-19T19:34:15-03:00", "author": { "@type": "Person", "name": "labdicasjornalismo.informativocarioca.com", "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/images/ck/files/lab600.jpg", "width": 600, "height": 600 } } } ] }
“A partir daí cria-se a cultura das dietas, dos procedimentos estéticos e todos os mecanismos que estabelecem um controle sobre as vidas dos próprios indivíduos, que, nesse caso, tem uma forte marcação de gênero, visto que é um tipo de dominação que se aplica a corpos femininos”, explica a antropóloga Luana do Valle.
A forma como a indústria da moda representa a grande maioria das tendências em pessoas consideradas padrões ajuda a construir um senso sobre a realidade dos corpos, influenciando a visão feminina sobre o que é belo e almejado, além de afetar sua forma de consumir. Tudo isso é internalizado na própria cultura, mas o processo também recebe outras influências para que ocorra: “essa internalização acontece de forma integrada com outros fatores da sociedade, como o status, a classe social, onde durante a socialização isso se coloca para os indivíduos”, explica Luana.“A Naomi Wolf, jornalista e escritora estadunidense, fala bastante sobre isso no livro 'O Mito da Beleza’. A moda, quando se alinha com a padronização, a a ser um mecanismo de controle de corpos, no sentido de ser algo que as pessoas - principalmente as mulheres - buscam aceitação e pertencimento, fazendo o que for necessário para se manter dentro do padrão”.
A estilista revela que existem alguns desafios na produção das peças para corpos grandes e curvilíneos que, muitas vezes, a indústria convencional não se atenta ao fazer peças de manequins maiores:“Eu sempre fui muito observadora e as pessoas de tamanhos maiores não usavam roupas bacanas. Eram sempre roupas de malha, de estampas feias, de modelagens que não valorizavam o corpo e isso me incomodava bastante”, conta. “E, ao longo da faculdade, eu não queria criar roupa para mim, até porque, o tipo de roupa que eu gosto, o mercado já oferece. Já tem muita gente imitando o outro no mercado e eu não queria ser mais do mesmo. E aí eu falei: preciso fazer algo diferente, algo representativo”, completa.
“não basta apenas fazer a ampliação de um molde do 36 para 48. No plus size, os corpos são bem diferentes, são corpos mais curvilíneos, que precisam de mais ajustes. Por exemplo, no gancho da calça, a curvatura precisa ser mais funda, por causa do bumbum. A curvatura do bumbum de uma calça plus não é a mesma de um tamanho 36. Isso tem muita diferença”, detalha. “Tem que fazer a roupa para aquele tamanho, ter a modelo de tamanho plus para vestir nela, para testar nela. Não adianta fazer numa modelo 36/38 para vestir depois numa 48”, completa.