Começa nesta quinta-feira, uma nova fase para a Seleção Brasileira. Sob o comando do renomado técnico italiano Carlo Ancelotti, o Brasil busca reencontrar o caminho das vitórias e da confiança nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O primeiro desafio da "Era Carletto" acontece fora de casa, contra o Equador, às 20h (horário de Brasília), no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil, em partida válida pela 15ª rodada da competição.
Brasil
A Seleção Brasileira entra em campo pressionada a dar uma resposta após resultados recentes decepcionantes, especialmente a goleada por 4 a 1 sofrida para a Argentina na última Data Fifa, ainda sob o comando de Dorival Júnior. A chegada de Carlo Ancelotti representa uma injeção de ânimo e expectativa, mas o tempo de trabalho foi curto, com apenas três treinamentos antes da estreia. O Brasil ocupa a quarta posição na tabela, com 21 pontos, e vê no confronto direto contra o Equador, vice-líder com 23 pontos, uma oportunidade de subir na classificação e se aproximar da vaga no Mundial.
Uma vitória em Guayaquil, combinada com um triunfo sobre o Paraguai na próxima rodada, deixaria o Brasil muito perto de carimbar o aporte para a Copa. Com 27 pontos, a classificação antecipada dependeria apenas de tropeços da Venezuela (sétima colocada, com 15 pontos). Mesmo com quatro pontos nos dois jogos, a vaga pode vir, dependendo de outros resultados. A garantia de, pelo menos, a repescagem, vem com duas vitórias.
Para sua estreia, Ancelotti deve promover mudanças significativas em relação à equipe que vinha atuando. Nos treinamentos, o italiano esboçou uma formação com novidades em todos os setores. Na defesa, a dupla de zaga pelo lado esquerdo deve ser formada por Alex e Alex Sandro. No meio-campo, Casemiro, ausente das convocações desde outubro de 2023, retorna para dar experiência e solidez ao setor, ao lado de Bruno Guimarães e Gérson. O ataque também terá caras novas acompanhando Vinícius Júnior: Estêvão, jovem promessa, e Richarlison devem iniciar a partida. O capitão Marquinhos, um dos líderes do elenco, comentou sobre a rápida adaptação ao novo comando.
"As expectativas, o desejo e a ambição são as melhores possíveis. O treinador que tem aqui já mostrou a força que tem e o que ele pode fazer no futebol, a inteligência que tem. Foi isso que a Seleção foi buscar nele", afirmou Marquinhos em coletiva. "Com a experiência que ele tem, essa adaptação vai ser muito rápida. Já vimos ele ter muita estratégia, ter os jogadores na mão, e isso é importante para uma Seleção. Conectar tudo isso é ótimo", completou o zagueiro, demonstrando confiança no trabalho de Ancelotti.
O próprio Ancelotti, em sua primeira entrevista pré-jogo, adotou um tom cauteloso, sem revelar muitos detalhes sobre a escalação, mas ciente da importância do momento. Questionado sobre a pressão e a expectativa, o técnico multicampeão destacou a qualidade do grupo e a necessidade de foco total no objetivo.
Raphinha, suspenso, não joga. Carlos Augusto, Casemiro, Danilo, Gabriel Martinelli, Léo Ortiz, Matheus Cunha, Richarlison e Vini Júnior estão pendurados.
Provável Brasil: Alisson, Vanderson, Marquinhos, Alex e Alexsandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gérson; Estêvão, Richarlison e Vini Jr.
Equador
No entanto, Beccacece também enfrenta problemas para escalar a equipe, principalmente no setor ofensivo. Gonzalo Plata, destaque do Flamengo e da seleção nas últimas rodadas, foi cortado devido a uma lesão no joelho, o que gerou atrito entre a federação equatoriana e o clube carioca. Além dele, o experiente atacante Enner Valencia, do Internacional, recupera-se de lesão muscular e deve começar a partida no banco de reservas.
Apesar dos desfalques, o Equador conta com jogadores que vivem grande momento em seus clubes na Europa. O zagueiro Willian Pacho, companheiro de Marquinhos no PSG, é presença confirmada na defesa. No meio-campo, Moisés Caicedo, campeão da Conference League pelo Chelsea, é o motor da equipe. A velocidade pelos lados do campo com jogadores como John Yeboah e Alan Minda, e a força física do centroavante Kevin Rodríguez são armas importantes para tentar surpreender a defesa brasileira.
O Equador chega para o confronto em excelente fase. Sob o comando do técnico argentino Sebastián Beccacece, a equipe ocupa a vice-liderança das Eliminatórias com 23 pontos e defende uma invencibilidade de sete partidas (quatro vitórias e três empates). Curiosamente, a última derrota equatoriana na competição foi justamente para o Brasil, na sétima rodada. Jogar em casa, com o apoio da torcida, é um trunfo importante para "La Tri".
Provável Equador: Hernán Galíndez; Angelo Preciado, Willian Pacho, Piero Hincapié, Pervis Estupiñán; Alan Franco, Moisés Caicedo, Pedro Vite, John Yeboah, Alan Minda; Kevin Rodríguez. Desfalques: Gonzalo Plata (lesionado). Pendurados: Não informado.
HISTÓRICO DE CONFRONTOS
O histórico geral de confrontos entre Brasil e Equador aponta uma ampla vantagem brasileira. Em 36 partidas disputadas ao longo da história, a Seleção Brasileira venceu 28 vezes, houve 6 empates e o Equador saiu vitorioso em apenas 2 oportunidades.
