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A arte do fluir: como 'Tudo é Rio' de Carla Madeira faz uma reflexão sobre a vida

Escritora aborda o poder das emoções em seu livro

Juliana Oliveira - Revisado por Maria Victória
12/05/2025 16h55 - Atualizado há 1 mês
5 Min
A arte do fluir: como 'Tudo é Rio' de Carla Madeira faz uma reflexão sobre a vida
Carla Madeira ganhou o prêmio do melhor livro de ficção em 2023 concedido pela Bertrand (Foto: Reprodução/ CNN Brasil).
O romance “Tudo é Rio”, de Carla Madeira, conquistou o público e a crítica com sua narrativa intensa e emocional. Originalmente lançado em 2014 e relançado em 2021 pela Editora Record, o livro se destacou pela sua escrita intensa e cativante. A obra conquistou o prêmio de melhor livro de ficção lusófona em 2023, concedido pela Bertrand, a mais antiga e maior rede de livrarias de Portugal.
 
Em entrevista ao programa de TV ‘Provoca’, da emissora TV Cultura, Carla Madeira revela que deixou sua obra por quatorze anos até terminar a história. A autora afirma que começou a escrever o livro em 2000, mas o projeto ficou paralisado por anos após escrever uma cena forte envolvendo o personagem Venâncio.

 
Um Triângulo Amoroso
A história segue o casal Dalva e Venâncio, cuja vida é transformada por uma perda trágica resultante do ciúme doentio do marido e da chegada de Lucy, uma prostituta cobiçada da cidade. A narrativa explora temas como amor, perda, culpa e as consequências de ações adas.
 
“Tudo é Rio” apresenta um momento de extrema violência logo nos capítulos seguintes. Tomado por ciúmes da esposa, o personagem Venâncio comete um ato trágico, atirando o bebê Vicente contra a parede, resultando em uma lesão fatal que muda o curso da história. Este ato desencadeia uma profunda crise na relação de Dalva e Venâncio, com Dalva sentindo-se traída, magoada e profundamente ferida pela violência do marido.
 
O enredo se completa com Lucy, a prostituta mais procurada da cidade. No entanto, Lucy transcende sua própria identidade e se transforma em uma figura complexa, capaz de dar a Venâncio um filho que simboliza a redenção ou a substituição do filho que ele perdeu.
 
Com a história contada em terceira pessoa, essa dinâmica borra as fronteiras entre as personagens, dificultando definir quem é quem e qual é seu papel.
 
O ado de Venâncio e a complexidade das relações.
No capítulo 15, a história revela detalhes sobre a família disfuncional de Venâncio. Seu pai, José, é retratado como um homem autoritário e agressivo, que provocava discussões e era conhecido por seu temperamento difícil. Venâncio sentia vergonha da brutalidade do pai e, em alguns momentos, desejava que ele desaparecesse. Essa dinâmica familiar tumultuada levou Venâncio a se distanciar, indo morar com outro familiar e retornando apenas anos depois. Sua mãe, Inês, também buscou refúgio com o filho após anos sofrendo com o temperamento de José. Embora essas informações ofereçam uma visão sobre o ado de Venâncio, o personagem de José permanece um pouco enigmático, com poucos detalhes adicionais explorados.
 
Em contraste com a família de Venâncio, a família de Dalva é apresentada como amorosa e unida, com muitos irmãos e pais dedicados, especialmente sua mãe, dona Aurora. Embora o pai de Dalva, Antônio, inicialmente se oponha ao relacionamento dela com Venâncio, Aurora o convence a aceitar. A autora dedica capítulos à história da família de Dalva, mostrando como seus pais se conheceram e construíram sua relação ao longo dos anos.
 
Essa abordagem destaca que, mesmo em relacionamentos duradouros, nem tudo é perfeito e que os desafios fazem parte da jornada. O livro não foca em se desdobrar para explicar o crime de Venâncio; no entanto, aborda como os três personagens lidam com esse acontecimento. Dalva e Lucy se fundem em uma narrativa que explora a complexidade humana, levantando questões profundas sobre identidade, maternidade e redenção. O encontro de Dalva e Lucy, duas personagens de mundos diferentes, leva o leitor a refletir e questionar: quem é a mãe da nova criança? Quem é Dalva e quem é Lucy? A resposta fica em aberto, deixando o leitor refletir sobre as complexidades da condição humana.
 
A escrita e a narrativa não linear de Carla Madeira
 
A metáfora do rio é revelada pela narrativa fluida e intensa, que explora temas como amor, perda e identidade. A obra explora temas complexos como a culpa e o perdão. A autora constrói a história de forma não linear, começando com eventos do presente e gradualmente revelando o ado, preenchendo as lacunas e proporcionando uma compreensão mais profunda da trama e das personagens.
 
Com essa abordagem, Carla Madeira cria suspense e mantém o leitor engajado, enquanto as peças do quebra-cabeça vão se encaixando. A escritora busca utilizar uma linguagem poética e intensa, expressando as emoções e os sentimentos dos personagens.
 
Sobre a Autora
Carla Madeira é formada em jornalismo e publicidade e trabalhou como professora de redação publicitária na Universidade Federal de Minas Gerais. Ela é sócia e diretora de criação da agência de comunicação Lápis Raro, baseada em Belo Horizonte. Além da sua obra Tudo é Rio, Carla Madeira é autora também do livro "Véspera'' e  "A Natureza da Mordida''.
 

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