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Um tema forte que tem ganhado muita visibilidade nos últimos anos envolve a representação mais justa e plural de grupos historicamente marginalizados, como pessoas negras, a comunidade LGBTQIA+, indígenas, pessoas com deficiência, entre outros.
Representatividade no audiovisual
Quando falamos de inclusão e representação no audiovisual, a primeira coisa que devemos deixar clara é que ter personagens e histórias que reflitam a diversidade da sociedade é essencial, mas não basta apenas incluir minorias. É necessário apresentar profundidade e não às representar de forma estereotipada.
Em outra via, a diversidade por trás das câmeras é outro fator que merece ser discutido, sendo crucial que profissionais de diferentes origens também estejam na direção, roteiro, produção e outras funções-chave para assim garantir uma narrativa autêntica e com maior destaque. Historicamente muitas dessas histórias foram contadas por pessoas de fora das comunidades representadas, o que propiciou a disseminação de estereótipos, distorções e até um apagamento cultural.
Um movimento chamado #OwnVoices é um belo exemplo. Criado pela escritora Corinne Duyvis em 2015, ele foca na importância de autores e escritores escreverem histórias que refletem suas próprias vivências e identidade. O movimento ganhou destaque inicialmente no mundo literário, mas mesmo assim cada vez mais impacta o universo audiovisual. Ele significa fazer com que pessoas de grupos minoritários possam estar à frente de narrativas que falem sobre suas culturas, comunidades e até experiências.
Ainda a respeito da hashtag #OwnVoices, temos exemplos de sua influência no audiovisual através de algumas propostas que apostaram nesse formato de inclusão e narrativas de inclusão de grupos sociais minoritários. São elas: as séries Pose (2018-2021), o filme Moonligtht (2016) e o filme Bacurau (2019). Este último apesar de não está diretamente ligado com o movimento é interessante citar já que mostra uma versão de uma minoria, no ponto de vista brasileiro, sem toda a estereotipação do nordeste do brasil.
Por que a inclusão é fundamental para o cinema?
Quando perguntadas sobre a inclusão de minorias pela faculdade da PucRio, as professoras Carla Siqueira e Elaine Vidal, ambas do Departamento de Comunicação e que organizaram o encontro “Novas narrativas? Conquistas e desafios na busca por diversidade no audiovisual, explicam a importância do tema.
Carla Siqueira responde: ‘’Primeiro, talvez seja importante trocarmos o termo “minorias” por “grupos minorizados”. Convém trocarmos um conceito quantitativo pelo entendimento de que estamos falando de grupos que sofrem com o preconceito, a desigualdade e a baixa representatividade em espaços de poder. Por exemplo, pessoas negras são a maioria da população no Brasil. No entanto, ainda estão sub-representadas nos espaços de influência. E, respondendo à pergunta, o que está acontecendo no mercado audiovisual é que finalmente ele também está sendo cobrado pela implementação de ações afirmativas. Essa cobrança, que vem de parte significativa da sociedade, gera políticas internas de promoção da diversidade. Torcendo para que isso se firme como tendência, talvez vejamos, futuramente, a transformação das estruturas dentro dessas empresas.’’
Já a professora Elaine Vidal disse: ‘’Concordo com a Carla, primeiro precisamos parar de chamar de minoria um grupo de indivíduos que compõe mais de 56% da população brasileira, como é o caso da população negra. Na verdade, estamos falando de grupos considerados em posição distinta em termos de oportunidades econômicas, educacionais, políticas e de ascensão social e que, habitualmente, não aparecem como protagonistas. Quando representados, são estereotipados nas narrativas audiovisuais e publicitárias. E essa posição distinta em termos de oportunidades se dá, sim, por conta de racismo estrutural, LGBTfobia, capacitismo e, muitas vezes, xenofobia regional, apresentados como modos contemporâneos dos sistemas de opressão, discriminação, exclusão social, historicamente fortalecidos pela indústria midiática. Só que não estamos aceitando mais esse silenciamento no nosso dia a dia, e essa demanda está sendo refletida no mercado audiovisual.’’
Por isso, investir na representatividade de todas as formas na mídia não é uma questão apenas de moda, mas sim de evolução social. Ao criar histórias que espelham a diversidade do mundo real, a indústria cinematográfica e televisiva pode ser um agente de mudança, promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva. As produções que apostam na diversidade têm o potencial não apenas de atrair novos públicos, mas também de redefinir padrões já estabelecidos na indústria.