{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type" : "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "url": "/", "logo": "/images/1731419915.png", "sameAs": ["https:\/\/facebook.com\/dicasjornalismo","https:\/\/instagram.com\/dicasdejornalismo","https:\/\/twitter.com\/dicasjornalismo"] }, { "@type": "BreadcrumbList", "@id": "/#Breadcrumb", "itemListElement": [ { "@type": "ListItem", "position": 1, "name": "Lab Dicas Jornalismo", "item": "/" }, { "@type": "ListItem", "position": 2, "name": "Cultura", "item": "/ver-noticia/30/cultura" }, { "@type": "ListItem", "position": 3, "name": "‘La Chimera’, de Alice Rohrwacher, é sonho e arte de peito aberto" } ] }, { "@type" : "Website", "@id": "/noticia/14739/la-chimera-de-alice-rohrwacher-e-sonho-e-arte-de-peito-aberto#Website", "name" : "‘La Chimera’, de Alice Rohrwacher, é sonho e arte de peito aberto", "description": "Estrelado por Josh O´Connor, de Rivais, e Carol Duarte, de A Vida Invísivel, o longa-metragem é mais uma das fábulas intimistas de Rohrwacher que arrebata o", "image" : "/images/noticias/14739/09122024213328_LA_CHIMERA.jpg", "url" : "/noticia/14739/la-chimera-de-alice-rohrwacher-e-sonho-e-arte-de-peito-aberto" }, { "@type": "NewsMediaOrganization", "@id": "/noticia/14739/la-chimera-de-alice-rohrwacher-e-sonho-e-arte-de-peito-aberto#NewsMediaOrganization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "alternateName": "Lab Dicas Jornalismo", "url": "/", "logo": "/images/ck/files/lab600.jpg", "sameAs": ["https:\/\/facebook.com\/dicasjornalismo","https:\/\/instagram.com\/dicasdejornalismo","https:\/\/twitter.com\/dicasjornalismo"] }, { "@type": "NewsArticle", "@id": "/noticia/14739/la-chimera-de-alice-rohrwacher-e-sonho-e-arte-de-peito-aberto#NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "/noticia/14739/la-chimera-de-alice-rohrwacher-e-sonho-e-arte-de-peito-aberto" }, "headline": "‘La Chimera’, de Alice Rohrwacher, é sonho e arte de peito aberto", "description": "Estrelado por Josh O´Connor, de Rivais, e Carol Duarte, de A Vida Invísivel, o longa-metragem é mais uma das fábulas intimistas de Rohrwacher que arrebata o", "image": ["/images/noticias/14739/09122024213328_LA_CHIMERA.jpg"], "datePublished": "2024-12-09T21:12:15-03:00", "dateModified": "2024-12-09T21:12:15-03:00", "author": { "@type": "Person", "name": "labdicasjornalismo.informativocarioca.com", "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Lab Dicas Jornalismo", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/images/ck/files/lab600.jpg", "width": 600, "height": 600 } } } ] }
Uma mulher de fios dourados e olhos esbugalhados surge, na tela, como um sopro ensolarado — repentino, mas que, de algum modo, não deixa de ser encantador. Meio às escondidas, como uma criança num pique-esconde, ela nos encara de canto de olho. “Então é você”, uma voz masculina, subitamente, se faz presente. A mulher, por um momento, parece não entender. “O rosto da minha última mulher”, ele continua e, como resposta, recebe dela um riso sincero. Uma paisagem campesina toma a cena, às pressas, mas a loira misteriosa logo retorna à nossa vista. “Você percebeu que o sol está aqui">Itália, segundo Rorwacher
O tempo que avança, imponente, arrebatando casas e trilhos é o mesmo que aprisiona o povoado de La Chimera, numa terra que ainda finca raízes nas glórias do ado: No casarão de paredes descascadas, Flora (Rossellini), mãe de Beniamina, recusa-se a velar, na memória, a filha caçula. Arthur, que vive rodeado de “coisas que muitos olhos já viram”, agarra-se na esperança de reencontrar sua amada — nesta vida e em todas as outras. Já seus companheiros de escavação, os tumbarollis, almejam, de achado em achado, mudar de destino.
Italia, em contrapartida, representa uma parte esperançosa e vivaz que fora soterrada por Arthur e seu vilarejo bucólico. Frente às durezas de uma vida clandestina, ela — que carrega o nome de uma pátria que não é a sua — se destaca em meio às paisagens pálidas, seja pelo seu jeito único de dançar, seja pela forma que vê e experimenta a vida. A personagem de Carol Duarte é como o sol, que Beniamina tanto sinalizava nos primeiros minutos do longa-metragem: segue por aí, abrilhantando aqueles que a rodeiam e devolvendo vida a lugares — visíveis e invisíveis — que, há muito, foram abandonados.