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Quando se a pela fase de transição entre a infância e a adolescência, naturalmente amos por momentos difíceis e confusos, mas durante essa fase conturbada ninguém espera a notícia da morte de seu melhor amigo. Quando uma das pessoas mais importantes da sua vida é assassinada, o que poderia ser feito? Esse é o pontapé inicial de “A Mágica Mortal”, primeiro livro juvenil do autor nacional Raphael Montes.
“A Mágica Mortal” é a primeira tentativa do autor no universo de livros juvenis. Conhecidos por títulos como “Bom dia, Verônica”, em coautoria com Ilana Casoy que gerou um seriado para o streaming. Conhecido pelos temas sensíveis e adultos tratados em seus livros mais adultos, nesse novo cenário, o autor escolheu explorar temas comuns à juventude, com um toque de mistério e investigação e se apresenta brilhantemente para esse novo público.
O mistério
O Livro acompanha a trajetória dos amigos do esquadrão zero, Pedro, pipa e as gêmeas Miloca e Analu, que resolvem se juntar para resolver o mistério da morte de seu amigo Zero, assassinado em um parque de diversões em condições estranhas. Com a morte do amigo, Pedro acredita que há um assassino em série à solta e que ele fará outras vítimas, a única pista do jovem adolescente são testemunhas que relataram um homem vestido de mágico e uma carta de baralho encontrada na cena do crime. Agora os amigos se juntam para descobrir se a hipótese de Pedro é real ou se há mais por trás da morte prematura de Zero.
Se engana quem pensa que por se tratar de um livro juvenil o autor pegaria totalmente leve com o leitor, o primeiro capítulo do livro narra a morte de Zero, claro muito menos detalhada do que é comum se fazer no gênero, mas mesmo assim aflitiva e impactante. O leitor consegue se colocar facilmente no lugar daquela criança assustada com toda a situação que a cerca. Esta é a maneira perfeita para iniciar o livro, a morte de Zero reforça todo o estereótipo e frases feitas que já ouvimos dos pais na infância, principalmente o não converse com estranhos.
Os personagens
O livro utiliza a mágica como um elemento de mistério, como já é comum aos praticantes e nos apresenta os truques por trás de todo número realizado por mágicos. Colocando o papel do assassino principal para esse personagem, o livro brinca com as concepções infantis de deslumbramento pela arte do ilusionismo, já que, o protagonista Pedro utilizará todo seu amor e conhecimento sobre esse mundo para pegar esse mágico assassino e honrar a memória de seu amigo. Pedro é o protagonista, ou seja, nosso narrador durante toda leitura, as confusões da adolescência e o mistério do mágico são muito bem interligados, e podemos reconhecer um pouco de nós mesmos no protagonista, seus medos e suas inseguranças, e a vontade de provar que pode, sim, resolver esse caso.
Os outros membros do esquadrão zero devem se juntar a Pedro para desvendar o mistério do aclimato de seu amigo, e nessa união eles devem usar seus talentos para colaborar com a investigação. Pipa, é o amigo medroso e representa o lado cauteloso dos amigos, mas apesar disso é o personagem com uma grande importância para o desenvolvimento da trama, apesar de ficar um pouco de lado em alguns pontos da narrativa.
As gêmeas Analu e Miloca são o cérebro do time em muitos momentos, elas são responsáveis por desvendar a maioria das pistas. E também que menina nunca quis ser uma detetive super inteligente e que resolve muitos assassinatos, a relação entre as irmãs também é um ponto forte do livro, já que ambas se apoiam em tudo e às vezes até trocam de lugar.
O mágico Nico também merece um destaque especial, o personagem é o esteriótipo do atrapalhado de bom coração, e muito importante para a solução do mistério central da trama, sempre colocado como um zero a esquerda, Nico sofre com a inveja de outro colega mágico que o considera uma fraude. Mas é o responsável por incentivar Pedro a continuar gostando de mágica. O clássico personagem em que você se apega e tem um espaço no seu coração, durante a trama ele ganha um grande desenvolvimento e sua relação com Pedro deixa os leitores esperançosos.
Lançado pela editora no ano de 2023,o livro foi uma baita estreia para o autor, e um bom meio de explorar e trazer novos leitores para o gênero do ministério no Brasil. Apesar de ser uma boa estreia, a história ainda possui lacunas que não foram muito exploradas, principalmente se olharmos para os personagens secundários que compõem a trama, muitos tinham fôlego para serem aprofundados e criarem um laço e uma identificação maior com o público alvo. A exemplo das gêmeas, que poderiam ter sido individualmente abordadas com mais frequência, a individualidade das duas é mostrada, mas não aprofundada, outro ponto negativo do livro está final, apesar de surpreendente ou uma ideia corrida, como se o vilão já tivesse sido pego e aquele é só um epílogo.