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“Feios”, longa metragem baseado no primeiro livro da saga criada por Scott Westerfeld, estreia na Netflix.
Esse é o primeiro filme que adapta a tetralogia de livros do escritor estadunidense Scott Westerfeld (1963-): “Feios” (2005/2010), “Perfeitos” (2005/2010), “Especiais” (2006/2011) e “Extras” (2006/2012). Todos publicados no Brasil pelo selo1 Galera, do Grupo Editorial Record, especialmente criado para o público jovem. Grupo o qual Westerfeld está acostumado a criar instigantes obras de ficção científica. Também são dele, a trilogia Leviatã (Os Primeiros dias, 2008/ Beemote, 2013/Golias: A revelação, 2014) e Impostores Vol. 1 (2019).
Dirigido pelo produtor e diretor norte-americano de 56 anos Joseph McGinty Nichol, mais conhecido como McG (As Panteras Detonando, 2003/O Exterminador do Futuro: A Salvação, 2009/A Babá: Rainha da Morte, 2020), a “visão torta de mundo” em Feios se estabelece a partir da imposição de padrões da perfeição estética. Base, em tese, e recheada de polêmica, de uma sociedade igualitária e portanto sem conflitos de quaisquer espécie. Embora não haja grandes surpresas na narrativa, revelar mais pode estragar as associações e reflexões de quem tiver interesse em assistir.
Joey King (1999-), que ganhou reconhecimento pela trilogia de filmes A Barraca do Beijo (2018, 2020 e 2021), interpreta a jovem adolescente Tally; a protagonista da trama que, prestes a completar 16 anos e se submeter a um procedimento (aparentemente apenas uma espécie de rito de agem para a vida adulta) de melhoramento estético, a questionar a sua vida e a comunidade em que vive quando conhece outros jovens que escolhem um caminho diferente. E aqui, Brianne Tju (Shay), Keith Powers (David), Chase Stokes (Peris) e Laverne Cox (Dr. Cable) fecham o núcleo principal, também com ótimas interpretações, neste primeiro ato da saga.
Produções culturais que apresentam uma visão distópica2 do mundo costumam nos oferecer importantes reflexões para a vida. A cima de tudo, a indicação de que caminhos não seguir. Quando o tema abordado é algo popular e contemporâneo então, a conexão do público é certa. É o caso do filme Feios (Uglies, o título original em inglês).
Top 10 em filmes desde que estreiou no último dia 13 de setembro, e Top 1 atualmente na Netflix Brasil, a produção, contudo, não vem sendo bem avaliada em alguns dos principais sites especializados. No IMDb3 e no Rotten Tomatoes, duas influente fontes internacionais de informação sobre cinema e televisão, a notas são medianas e baixas. Tanto pelos críticos quanto pelo público. Assim, a posição no Top 10 pode ser apenas um sinal de curiosidade, ou uma particularidade da realidade brasileira. E é aí que, por si só, independente da nota dada ao filme, estabelece-se a sua relevância.
O Brasil disputa o páreo com os Estados Unidos pela liderança nas cirurgias plásticas. Já esteve em primeiro lugar. Os dados são da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (International Society of Aesthetic Plastic Surgery - ISAPS). Em outras palavras, somos um povo intensamente conectado com a autoimagem. O que reflete na (ou é consequência da) super valorização do corpo e a busca de sua perfeição estética. Neste contexto, há um elevado número de procedimentos, muito dos quais realizados de forma abusiva e desnecessária. Outros até mesmo de modo clandestino e por não profissionais. Resultados: insatisfações, deformidades e até óbitos.
Feios, apesar de simplório e ter “um ar de Saga Crepúsculo4”, cutuca e faz pensar. Afinal, basear-se no aprimoramento genético e perfeição estética como meio de obter estabilidade e igualdade tem cheiro de alheamento, tolhimento da liberdade e criatividade. Próprias de regimes… Um filme para questionarmos quais os valores são essenciais para o desenvolvimento equilibrado e perpetuação da nossa e demais espécies no planeta. Vale ignora as notas e conferir.
Notas:
1. O selo de uma editora é um nome comercial sob o qual publica-se uma obra. Uma editora pode ter vários selos, com nomes diferentes, como marcas para comercializar trabalhos direcionados a diversos públicos alvo/segmentos demográficos de leitores.
2. Distópica(o) é um adjetivo que deriva do termo Distopia; que pode ser entendido, a grosso modo, como um lugar ou estado imaginário no qual se vive em condições de opressão, desespero ou privação. Seu contrário é a utopia.
3. IMDB é a sigla para Internet Movie Database, que em português significa "Base de Dados de Filmes na Internet”.
4. A Saga Crepúsculo (ou The Twilight Saga no original em inglês) é composta por cinco filmes do gêneros fantasia e romance. Foram lançados entre 2008 e 2012 pela Summit Entertainment e são baseados nos quatro romances da série Twilight, da autora norte-americana Stephenie Meyer. Os filmes são estrelados por Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner e grand elenco.
Referências:
Feios. IMDb. [s.d]. < https://www.imdb.com/title/tt13186604/?ref_=tt_urv >. o em: 20 set. 2024.
Feios. Rotten Tomatoes. [s.d]. < https://www.rottentomatoes.com/m/uglies >. o em: 20 set. 2024.
FONTANIVE, Stéfani. Número de cirurgias plásticas cresce a cada ano e suscita debates sobre a autoimagem na sociedade de consumo. Reportagens. UFRGS Jornal da Universidade. 9 fev. 2023. Disponível em: < https://www.ufrgs.br/jornal/numero-de-cirurgias-plasticas-cresce-a-cada-ano-e-suscita-debates-sobre-a-autoimagem-na-sociedade-de-consumo/ >. o em: 20 set. 2024.
GARCIA, Mariana. Mamas, rinoplastia e lipo: Brasil está entre países que mais fazem cirurgias plásticas; veja lista e ranking. Saúde. G1. 3 jul. 2022. Disponível em: < https://g1.globo.com/saude/noticia/2022/07/03/mamas-rinoplastia-e-lipo-brasil-esta-entre-paises-que-mais-fazem-cirurgias-plasticas-veja-lista-e-ranking.ghtml >. o em: 20 set. 2024.
McG. Feios. [filme]. Netflix. Brasil, 2024, 1h 42min, som, cor.
Scott Westerfeld. Grupo Editorial Record. [s.d]. < https://www.record.com.br/?s=Scott+Westerfeld&post_type=product&dgwt_wcas=1 >. o em: 20 set. 2024.