Paulo Octavio
06/08/2024 21h21 - Atualizado em 06/08/2024 às 21h21
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Priscila comemora na frente da Cata Coll após falha da zaga adversária no primeiro gol. Foto: Getty Images
"Confiamos muito e estamos na final. Criaram um monstro, deixaram o Brasil chegar". Com esse sentimento descrito por Kerolin, o Brasil conseguiu reagir após uma fase de grupos em que flertou com a eliminação precoce e garantiu uma medalha no futebol feminino das Olimpíadas de 2024. Após uma grande vitória sobre a Espanha, atual campeã do mundo, por 4 a 2, as brasileiras decidirão a final contra os EUA. Priscila, Adriana, Kerolin e Gabi Portilho marcaram para a seleção, enquanto Paralluelo fez dois gols para as espanholas.
Parece obra do destino, pois as outras duas finais que o Brasil disputou até hoje foram justamente contra os EUA. em 2004 e 2008. O jogo final será no Parque dos Príncipes, no sábado, ao meio-dia (Brasília).
Marta cumpriu os dois jogos de suspensão pela expulsão no jogo contra a Espanha e está apta para a final. No entanto, o técnico Arthur Elias não confirmou as relacionadas para decisão e disse que vai esperar os próximos dias para fazer suas escolhas. Porém já se sabe que Tamires e Antonia foram cortadas devido a lesões.
Em meio a essas dificuldades, Duda Sampaio destacou o empenho do grupo. "Todo mundo sonha em estar num momento como esse. É parabenizar muito o grupo. A gente se fechou, falou que ia conseguir e conseguiu. Muitas meninas machucadas, cansadas. Mas foi uma final a cada jogo. Sabíamos que na Olimpíada seria assim, e hoje não foi diferente", afirmou à TV Globo.
Kerolin endossou essas palavras e elogiou o técnico. "Entramos com um plano e confiamos plenamente no Arthur. Arthur, você é incrível, você é diferente! Só posso parabenizar as meninas, que entraram com muita garra. Era uma guerra, muito emocional, mais do que qualquer outra coisa", declarou à Globo.
1º TEMPO
O primeiro tempo foi de sonho para o Brasil. Logo no começo, Priscila jogou no corpo no chute da Cata Coll; a bola bateu em Paredes e entrou. O gol, uma falha da zaga adversária, deixou a seleção mais confortável. Assim, a equipe teve mais oportunidades de atacar e perdeu algumas boas chances. Ludmilla tinha Portilho livre, mas chutou fraco em cima da goleira. Priscila também perdeu uma chance clara frente a Cata Coll. Por outro lado, a defesa sólida segurou as adversárias, e a goleira Lorena trabalhou apenas uma vez.
No final do primeiro tempo, Yasmin fez o cruzamento, a bola ou por toda a zaga, e Gabi Portilho acertou um chute preciso no canto. O gol deixou "o desastre em suspense" para os espanhóis, segundo o jornal Marca.
2º TEMPO
A técnica espanhola fez mudanças, colocando Oihane e Athenea, mas a alteração não surtiu efeito. O Brasil continuou insinuante e atento aos erros das adversárias. Após um recuo errado, Ludmilla tentou aproveitar, mas chegou atrasada. Mais tarde, Ludmilla obrigou a goleira a fazer uma grande defesa com um chute de fora da área. Após o escanteio, Jennifer perdeu uma excelente chance.
Apesar da instabilidade, a Espanha começou a encontrar espaços. Hermoso teve um espaço para um chute que foi defendido por Lorena. Putellas também acertou a trave.
Mesmo com a instabilidade, o Brasil marcou o terceiro gol. A jogada começou com Priscila, que serviu Adriana. Ela acertou a trave, e no rebote, Gabi devolveu para Adriana marcar.
A vantagem deixou a seleção confortável, mas um vacilo permitiu que a Espanha descontasse com Paralluelo após um escanteio. A preocupação com os longos acréscimos e a pressão da Fúria foi grande. No entanto, em nova saída errada, Kerolin recuperou a bola e marcou entre as pernas de Cata Coll. Esse lance garantiu a vitória e a vaga na final. A Espanha ainda conseguiu descontar novamente com Paralluelo, mas não teve tempo para reagir.
PRÓXIMOS JOGOS
O Brasil enfrentará os EUA no sábado, ao meio-dia (Brasília), no Parque dos Príncipes. A Espanha disputará a medalha de bronze contra a Alemanha na sexta-feira, às 10h, em Lyon.
