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Quando trata-se de jornalismo esportivo, associa-se quase sempre a homens no comando de programações desse nicho. O fato de, historicamente, haver pouca presença feminina no ramo da comunicação esportiva, faz com que as mulheres ainda enfrentem inúmeras dificuldades para se estabelecerem e obterem destaque nessa área. São constrangimentos e preconceitos que estão enraizados culturalmente, e acabam fortalecendo barreiras para a inserção e permanência da presença feminina nesse ramo.
Desafios
Assim como em diversos outros setores, no jornalismo esportivo as mulheres são constantemente colocadas como inferiores. Elas têm de lidar com a constante necessidade de provar que merecem ocupar as posições que historicamente contavam com uma figura masculina. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, Mariana Becker, repórter brasileira na Fórmula 1, falou sobre as dificuldades que enfrentou no começo como uma mulher em um ambiente majoritariamente masculino.
“Quando eu comecei, realmente tinha pouquíssima mulher. O Brasil ainda não tinha experimentado ter uma mulher falando de Fórmula 1, então foi um ambiente bastante espinhoso. Não foi fácil. Eu tive que me provar muito para conseguir abrir espaço e, enfim, ter um certo respeito em relação ao que eu estava fazendo”, diz.
Assédio
Esse cenário de dificuldades fica pior quando trata-se também dos inúmeros casos de assédio sofrido por essas profissionais. Uma pesquisa realizada pela jornalista Renata Cardoso Nassar, revelou que 86,65% das profissionais já sofreram preconceito no jornalismo esportivo, sendo 38,46% relatos de assédio como o principal constrangimento. Em fevereiro de 2024, a repórter Gisele Kumpel denunciou um assédio sofrido por parte do mascote do Internacional durante um jogo.
"Infelizmente o Grenal acabou com BO para mim. Assédio sexual por parte do mascote do Internacional. Mais um dia de mulheres que querem fazer o seu trabalho no futebol e sofrem por isso com idiotas que são criminosos. Vou até o fim para que nenhuma outra mulher tenha que ar por isso".
São constantes ataques em espaços esportivos, comentários ofensivos nas redes sociais e até nas redações por parte de colegas de trabalho. Isso revela o preconceito enraizado na sociedade, por parte de quem ainda acha que o meio esportivo é exclusivo para homens.
Em 2018 foi lançada a campanha #DeixaElaTrabalhar. O movimento foi uma iniciativa de 52 jornalistas do ramo esportivo, com o objetivo de denunciar o assédio moral e sexual sofrido por elas no ambiente da comunicação esportiva. Em um vídeo produzido, as jornalistas diziam: "só queremos trabalhar em paz. O esporte também é um lugar nosso. Respeite nossa voz e nossas escolhas". Anos após a campanha, verifica-se que muita coisa ainda não mudou. O preconceito e a violência contra as mulheres que buscam construir uma carreira no jornalismo esportivo ainda persistem.
Apesar das barreiras, elas ainda resistem. São mulheres que ao conseguirem espaço em um ambiente em sua maioria masculino, lutam e confrontam diariamente a cultura de preconceitos. Todos os dias, elas ainda precisam pedir por espaço, respeito e igualdade, mas mostram que estão sim preparadas e são capazes de realizarem o jornalismo esportivo com maestria. Mulheres que continuam a luta de outras que vieram antes e abrem caminhos para muitas outras que ainda virão.
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