Na última semana, o Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, informou ao Jornal Correio Brasiliense que o Governo Federal está preparando um programa para vender agens aéreas por R$200. O projeto, que ainda está em desenvolvimento, visa beneficiar aposentados, funcionários públicos e estudantes.
Segundo França, o “Voa, Brasil” busca ocupar a ociosidade dos espaços em voos, uma vez que, as companhias brasileiras operam com 78% a 80% de vagas ocupadas, deixando 20% delas vazias. Até o momento, o objetivo é criar um acordo com as três companhias aéreas do país: Azul, Latam e Gol.
Classes beneficiadas
Em entrevista a CNN, Márcio França esclareceu que os estudantes que terão o ao programa serão os usuários do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
Caso estejam dentro dos requisitos necessários, poderão comprar duas agens por ano no valor de R$200 cada e parcelar em até 12 vezes através de financiamento das instituições que ficarão responsáveis pelo pagamento às companhias (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil).
Além dos estudantes, também serão beneficiados aposentados e pensionistas da previdência social, e servidores públicos dos três níveis de governo – municipal, estadual e federal – com salários de até R$ 6,8 mil. “Não era justo fazer essa agem para os executivos que tem condição de pagar preços maiores”, disse o ministro.
O ministério esclareceu que o Governo Federal não entrará com subsídio, mas sim com a organização, uma vez que as agens serão vendidas nos próprios sites das companhias aéreas, onde será exibida a opção “Voa, Brasil”.
Companhias aéreas
Até o momento, Gol e Azul aceitaram a ideia e estão em contato com o Ministério de Portos e Aeroportos. Por meio de notas, ambas companhias afirmaram que estão dispostas a contribuírem com o projeto. “A Gol nasceu com o propósito de democratizar a aviação no Brasil”, afirmou a companhia citada.
De acordo com a Azul, a empresa vê com bons olhos a iniciativa apresentada para incentivar as classes beneficiadas a utilizarem o transporte aéreo.
Márcio França informou que a Latam ainda não se manifestou, mas acredita em uma resposta positiva por parte da companhia.
Lançamento
O Ministério de Portos e Aeroportos informou que a intenção é vender esses bilhetes mais baratos fora da alta temporada, em dois períodos: de fevereiro a junho, e de agosto a novembro, quando tradicionalmente acontece uma ociosidade média de 21% nos voos domésticos.
O Governo Federal pretende lançar o programa ainda em 2023, no segundo semestre.
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