Talvez nada traduza a alma do brasileiro como o carnaval, é perceptível a alegria, energia que emana do povo brasileiro durante os quatro dias de folias espalhada por todo país.
A tradicional folia consegue misturar uma grande diversidade cultural com sua criatividade sem limites, a convivência plural de raças, idades e classes sociais, explodindo nas ruas, praças e avenidas, seja no eixo Rio-São Paulo com os desfiles das escolas de sambas, seja em Salvador atrás dos trios elétricos ou em Recife, no tradicional bloco do galo da madrugada.
O carnaval expõe a potencialidade enorme que nós brasileiros temos nas mãos. Um povo criativo e alegre que mesmo diante de uma das maiores crises de sua história, solta a voz celebrando sua vida, tradições e memórias.
O carnaval é uma festa pagã que teve início no Brasil entre o século XVI e XVII e se popularizou no século XIX com as marchinhas tendo destaque para Chiquinha Gonzaga, como sua música “Ô abre alas”. O samba somente surgiu por volta da década de 1910, com a música “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, tornando-se, ao longo do tempo, o legítimo representante musical do Carnaval.
Aqui no Brasil, o carnaval é a festa da alegria que mistura ironia com críticas sociais e política, anunciando uma utopia possível de um país feliz e democrático, sem preconceitos e intolerâncias.
A paixão pela folia excede as fronteiras do Brasil e o país fica repleto de turista durante todo período de festa, fazendo que o carnaval gere em torno de R$ 8 bilhões para a economia do país.
O carnaval é muito mais do que só uma festa, é uma das manifestações populares mais democráticas, que permite a participação de vários setores da sociedade. Neste período o povo exprime emoções, incentiva fantasias, extravasa sentimentos de felicidade. Através da música revela alegria, felicidade e sonhos.
